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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um resumo das principais doenças e sintomas, da atualidade e também tabela de nutrientes na alimentação, exercícios, tudo para uma vida saudável e tranqüila. Nas últimas páginas temos o dicionário de termos, duvidas digite Crtl – L para consulta de termos.

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Calorias despendidas pela atividade física



Apresentamos as diversas tabelas de gastos calóricos importantes para a compreensão dos assuntos relativos à obesidade e à perda de peso:

1 - Gastos de calorias diárias

Apresentamos na tabela abaixo os gastos de calorias, por homens e mulheres, por dia, considerando o peso.

HOMENS

Peso corporal Levemente ativo Moderadamente ativo Muito ativo Intensamente ativo

50 2.100 2.300 2.700 3.100

55 2.310 2.530 2.970 3.410

60 2.520 2.760 3.240 3.720

65 2.700 3.000 3.500 4.000

70 2.940 3.220 3.780 4.340

75 3.150 3.450 4.040 4.650

80 3.360 3.680 4.320 4.960

MULHERES

Peso corporal Levemente ativo Moderadamente ativo Muito ativo Intensamente ativo

40 1.440 1.600 1.880 2.200

45 1.620 1.800 2.120 2.480

50 1.800 2.000 2.350 2.750

55 2.000 2.200 2.600 3.000

60 2.100 2.400 2.820 3.300

65 2.340 2.600 3.055 3.575

70 2.520 2.800 3.290 3.850



2 - Gastos de calorias nas diversas atividades esportivas, de ginástica e de entretenimento.

As calorias apresentadas na tabela abaixo referem-se às despendidas, nos referidos exercícios, por minuto. Para saber a quantidade de calorias despendida em seu exercício, é só multiplicar o valor de 1 minuto pelo total de minutos para efetuar o exercício.

Modalidade Calorias por minuto Modalidade Calorias por minuto

Mergulho tipo apnéia 17,9 Squash 7.8

Caminhar moderado 3.6 Equitação 6.9

Caminhar acelerado 6.4 Golfe 4.1

Corrida 12km/hora 15,0 Basquete 7.1

Squash 13,7 Beisebol 4.8

Futebol 10,4 Boliche 6.9

Ginástica Aeróbica 8,6 Boxe 15.0

Ginástica Localizada 8,0 Canoagem 11.1

Tênis 8,0 Capoeira 13.0

Dança Social 6,3 Dançar moderado 4.3

Tênis de Mesa 6,0 Dançar vigoroso 5.9

Futebol 8.5 Equitação 6.9

Natação 5,0 Handebol 7.8

Passear de Bicicleta 4,5 Esquiar na neve 9.9

Voleibol 3,7 Esqui aquático 7.4

Hidroginástica 11.1 Jogar peteca 5.3

Ginástica aeróbica 13.6 Pingue-pongue 3.9

Ginástica localizada 14.5 Pular corda 11.1

Musculação academia 15.0 Alongamento 3.3



3 - Gastos de calorias nas atividades do dia-a-dia.



Média de calorias gastas por uma pessoa de 70 kg, por minuto.

Atividade Calorias por minuto Atividade Calorias por minuto

Arrumar cama 3.9 Carpintaria 3.9

Consertar carros 4.3 Cortar grama (manual) 4.7

Cozinhar 3.9 Descer escadas 6.9

Dormir 1.2 Escrever sentado 1.8

Espanar pó 2.7 Jardinagem 3.7

Lavar janela 4.3 Ler sentado 1.2

Lavar o quintal 4.7 Pintar parede 3.6

Subir escadas 18.0 Tomar banho 3.2





Principais nutrientes dos alimentos

OS NUTRIENTES

Os nutrientes para os seres humanos são cerca de 40 substâncias presentes nos alimentos, absorvidas no aparelho digestivo, e degradadas para, de novo, formarem outras substâncias essenciais para o organismo. Essas novas substâncias serão empregadas de dois modos: 1 - como energéticos (fornecendo energia para as diversas reações químicas) e, 2 - como componentes plásticos (substâncias orgânicas que fazem parte dos constituintes do organismo). No caso de não terem esses dois destinos, poderão ser armazenadas.

Alguns nutrientes são essenciais, já que eles não podem ser sintetizados pelo organismo sendo, pois, indispensáveis no alimento.

Entre as substâncias essenciais temos: vitaminas, minerais, alguns aminoácidos, alguns ácidos graxos e alguns carboidratos.

Entre as não-essenciais, temos aquelas que o corpo pode sintetizar de outros compostos, apesar de que também podem derivar da dieta.



Os nutrientes são divididos em macronutrientes e micronutrientes.



Os macronutrientes são os que formam o corpo da dieta e, além de fornecerem energia, fornecem as substâncias essenciais para o funcionamento do organismo.

Os principais macronutrientes são: carboidratos (glicose), gorduras e óleos (estão incluidos os ácidos graxos), proteínas (aminoácidos), macrominerais e água. As gorduras fornecem 9 kcal/g, as proteinas e os carboidratos 4 kcal/g e o alcool (etanol), que não é considerado nutriente, 7 kcal/g.



É nas gorduras, proteínas e carboidratos que o organismo vai buscar energia para executar três grupos de atividades: metabolismo basal (energia para manter as inúmeras reações importantes para as funções vitais), efeito térmico dos alimentos (energia para a digestão, absorção e utilização dos nutrientes) e atividade física (energia para a realização de toda a atividade física).

O consumo de energia pelos citados processos corresponde às seguintes proporções em relação ao gasto total: metabolismo basal - 60%, efeito térmico dos alimentos - 10% e atividade física - 30%.



Os micronutrientes são as vitaminas e vários sais minerais.



Outras substâncias da dieta, além dos macro e micronutrientes, são também importantes para o organismo: substâncias preservativas, emulsificantes, antioxidantes, estabilizadores; fornecedoras de odor, sabor, cor; e muitas outras. Mas, queremos destacar as fibras, pertencentes ao grupo dos carboidratos, que apesar de não serem nutrientes para os seres humanos, são de imensa importância na alimentação.

Carboidratos:

Comentaremos esse grupo de substâncias considerando, em primeiro lugar, os carboidratos que são substâncias nutrientes e, depois, as fibras dietéticas que são carboidratos sem atividade nutriente para os seres humanos, mas, como dissemos, imprescindíveis para o funcionamentos do organismo.



1 - Os carboidratos, segundo o Professor Feltre (ver Links e bibliografia) são compostos de função mista do tipo poliálcool-aldeído ou poliálcool-cetona e outros compostos que, por hidrólise, dão uma, ou as duas, dessas substâncias.



Os carboidratos (também conhecidos por sacarídios, glicídios, hidratos de carbono e açúcares), são os principais produtores de energia para as reações químicas. Esta é a mais importante função dos carboidratos, sendo a glicose o principal substrato para essa finalidade. Para ter glicose disponivel quando precisar de energia, além da glicose absorvida no intestino, o organismo animal a mantém armazenada em forma de glicogênio. Já os vegetais, armazenam a glicose em forma de amido.



A insulina, hormônio sintetizado pelo pâncreas, estimula a captação da glicose pelas células (onde vai servir para produção de energia) ou estimula o armazenamento, na forma de glicogênio, nas células hepáticas e musculares. Nesse momento, os níveis de glicose caem no sangue (hipoglicemia).

Com essa ação da insulina, há o estímulo, também no pâncreas, de produção do hormônio glucagon que possui ação oposta à insulina, ou seja, estimula a elevação do nível da glicose no sangue.

Se esses hormônios agirem de modo equilibrado, o nível normal de glicose no sangue (glicemia) será de 70-110 mg/dl.



2 - As fibras dietéticas são as partes das plantas comestíveis que não sofrem digestão após a ingestão pelo homem.

Por não serem digeridas, não são absorvidas e, por esta razão, não são consideradas nutrientes. Apesar de não serem nutrientes, são de suma importância para a saúde como veremos adiante.



Os componentes das fibras dietéticas de importância para o homem são: celulose, hemicelulose, lignina, pectinas, gomas, mucilagens, ceras e outros.



As fibras podem ser divididas em 2 grupos: solúveis e insolúveis em água.

• As solúveis são pectina, gomas e certas hemiceluloses, encontradas em:legumes, cenoura, quiabo, maçã, pera, ameixa, laranja, feijão, frutas, aveia, cevada e vegetais.

Têm ação laxativa, aumentam a massa fecal ao formar um bolo colóide em contato com a água e junto ao alimento. Retardam o esvaziamento gástrico. Diminuem a absorção do colesterol e da glicose e reduzem as concentrações do colesterol e trilglicerídios no sangue (particularmente a pectina).

• As insolúveis são celulose, hemicelulose e lignina, encontradas no farelo de trigo, grãos integrais e verduras. Têm como ação acelerar o trânsito intestinal.



Ao se iniciar a ingestão de fibras dietéticas, deve-se observar o seguinte:

Ingerir cerca de 20-30 g de fibras ao dia.

Repartir em 2 ou três porções.

Começar com pequena quantidade e aumentar aos poucos.

Ingerir, tanto fibras solúveis quanto insolúveis. Ingerindo apenas fibras insolúveis, poderá haver desconforto e dor abdominal.

Ingerir muita água para evitar obstáculo no trânsito fecal por ressecamento.

Quando os alimentos que contêm fibra (citados acima) não forem consumidos, poderão ser usados produtos comerciais como farelo de trigo, flóculos de aveia e grãos de cereais (gergelim, girassol, linho/linhaça, etc.).

Lipídios:

O professor Ricardo Feltre (ver Links e bibliografia no MENU) diz; "O termo lipídio não indica uma determinada função orgânica; de um modo bastante amplo, o termo lipídio engloba um grande número de substâncias gordurosas existentes nos reinos vegetal e animal (do grego lipos, gordura). Na prática, os lipídios são substâncias untuosas ao tato, deixam mancha translúcida sobre o papel ("mancha de gordura"), são insolúveis em água e solúveis nos solventes orgânicos (éter, clorofórmio, benzeno, etc.)."



O grupo dos lipídios é composto de diversas substâncias com diferentes estruturas e propriedadades. Nele estão incluidas: vitaminas lipídio-solúveis, hormônios esteróides, prostaglandinas, ácidos graxos, gorduras (triacilgliceróis), glicerofosfolipídios, esfingolipídios e derivados desses compostos.



As gorduras (triacilgliceróis), usadas para armazenar energia, são derivadas de três fontes : da dieta, da síntese, particularmente no fígado, e do depósito nas células gordurosas. Elas são constituidas de ácidos graxos e glicerol. As gorduras são sólidas em temperatura natural, já os óleos, são líquidos. As gorduras (sólidas) são ricas em ácidos graxos saturados; quando são ricas em ácidos graxos insaturados adquirem a consistência de óleo.

Quando as gorduras são digeridas (degradadas) elas originam ácido graxo e glicerol.



Os ácidos graxos são raramente encontrados livres no corpo. Alguns ácidos graxos são essenciais, ou seja, não são fabricados polo organismo. São eles: linoleico, araquidônico, linolênico, eicosapentaenóico e docosahexaenóico.

Os ácidos graxos essenciais são requeridos pelo organismo em cerca de 6-10% da gordura ingerida (equivalente a 5-10 g/dia).

Eles podem ser fornecidos na dieta da seguinte maneira:

Os ácidos linoleico e linolênico pelos óleos vegetais.

Os ácidos eicosapentaenóico e docosahexaenóico pelos óleos de peixes marinhos, apesar de que podem ser, parcialmente, sintetizados a partir do linolênico.

O ácido araquidônico pode ser fabricado pelo corpo a partir do ácido linoleico.



Os ácidos graxos podem ser saturados (sem ligação dupla no carbono) ou insaturados (com ligação dupla no carbono).

Todos os ácidos graxos essenciais são poli-insaturados, mas nem todos os poli-insaturados são essenciais.

Os mais comuns ácidos graxos saturados são os ácidos palmítico e esteárico. Já os insaturados são os ácidos oleico, palmitoleico, linoleico e linolênico.



Proteínas:

As proteínas são macromoléculas decorrentes da união de muitos aminoácidos. Enquanto as proteínas simples são constituídas apenas de aminoácidos, as proteínas complexas estão ligadas a outras substâncias denominadas grupos prostéticos. Como exemplo de grupos prostéticos temos: glicídios, lipídios, ácido fosfórico, ácido nuclêico, clorofila, hemoglobina.



Feltre cita as seguintes funções da proteínas no organismo:

• proteínas estruturais: importantes na formação de componentes do organismo como o colágeno (dos ossos, tendões e cartilagem), queratina (das unhas , cabelos, etc.).

• proteínas de transporte: a hemoglobina que transporta oxigênio, através do sangue, graças ao ferro nela contido.

• proteínas reguladoras: importantes no controle e regulação de funções orgânicas. Como exemplo temos as enzimas e os hormônios.

• proteínas protetoras: como é o caso dos anticorpos que defendem o organismos de elementos estranhos e nocivos.

• proteínas de contração: como a actina e a miosina imprescindíveis à contração muscular.

• proteínas das membranas celulares: proteínas encravadas na membrana lipídica das células e funcionam como receptores de outras substâncias, facilitam a passagem de substâncias para o interior da célula ou transmitem sinais de fora para dentro das células.

• proteínas de armazenamento: como é o caso da ferritina que armazena ferro na medula óssea.

Sais minerais:

É grande a variedade de sais minerais que o organismo necessita para inúmeras funções de importância. Para ação dessas substâncias, o organismo emprega sempre pequenas quantidades e, por esta razão são denominados elementos traços.

Como minerais essenciais destacamos: ferro, iodo, flúor, zinco, cromo, selênio, manganês, molibdênio e cobre. Quase todos esses minerais são incorporados às enzimas ou hormônios nas reações do organismo.

O flúor se associa ao cálcio para formar o fluoreto de cálcio, sal importante para a matriz dos ossos e dos dentes.



Todos esses elementos são abundantes no solo e chegam ao organismo através da ingestão de vegetais ou de animais que, logicamente, o adquiriram consumindo vegetais.



Com a variada ingestão de vegetais, legumes, cereais, frutas e de outros alimentos, requisito obrigatório em uma alimentação sadia, a deficiência de sais minerais é rara, com exceção do ferro e do zinco.



Vitaminas:

As vitaminas constituem um grupo de substâncias orgânicas, que agem em pequenas quantidades e que funcionam como cofatores em diversas reações catalizadas pelas enzimas.



As vitaminas chegam ao organismo pela dieta alimentar, do mesmo modo que os sais minerais.

O organismo pode sintetizar algumas vitaminas mas, também desse modo, vai necessitar de elementos trazidos pela dieta.



Costuma-se dividir as vitaminas em:

• Hidrossolúveis - tiamina (vit. B1), riboflavina (vit. B2), niacina (vit. B3), piridoxina (vit. B6), ácido pantotênico (vit. B5), ácido fólico, cobalamina (vit. B12), biotina (vit. H), ácido ascórbico (vit. C).

As vitaminas hidrossolúveis são armazenadas até uma quantidade limitada nos tecidos, sendo o excesso eliminado pela urina.

• Lipossolúveis - vit. A, vit. D, vit. E e vit. K.

As vitaminas lipossolúveis são absorvidas no intestino com o auxílio de sais biliares. O organismo tem a capacidade de armazenar mais a vitamina lipossolúvel do que a hidrossolúvel.

Algumas vitaminas lipossolúveis, como a A e a D, quando ingeridas em excesso podem acarretar sérios problemas ao organismo, especialmente no sistema nervoso.





CUIDADO COM OS RINS



Insuficiência renal

A finalidade dos rins no nosso organismo é, além de filtrar todo o sangue, retirando deste as substâncias tóxicas, regular a quantidade de água (líquido) nele presente, retirando o excesso. Este excesso de líquido mais as substâncias tóxicas, formam a urina, que é armazenada na bexiga até existir a vontade de urinar (micção).

Existe também nos rins uma parte endócrina, que produz alguns hormônios, como a renina (que controla a pressão arterial), a eritropoetina (que estimula a produção dos glóbulos vermelhos do sangue) e o calcitriol (que participa do controle do metabolismo ósseo).

Quando os rins não funcionam direito, de forma aguda (rápida) ou crônica (lentamente), as substâncias tóxicas começam a se acumular e a fazer mal ao nosso organismo, bem como o líquido que começa a se depositar sob a pele, criando um inchaço (edema). As substâncias tóxicas são formadas a partir das proteínas da nossa dieta, e delas vai "sobrar" a uréia, desta derivando o termo uremia. Os minerais (sais minerais) como sódio, potássio, cálcio e fósforo são importantes ao funcionamento normal de nosso organismo e sua quantidade tem que ser constante, com os rins regulando e removendo o excesso. O excesso de sódio (sal) faz com que o corpo retenha líquidos, formando ou piorando o edema (inchaço). O potássio em excesso prejudica a função do coração e dos músculos e por último o cálcio e o fósforo, que afetam os ossos.

Quando isto acontece, existe a necessidade de se retirar do organismo tais substâncias pela hemodiálise (diálise), que é uma "filtragem" do sangue, se utilizando de substâncias que, através de membranas, removem deste os produtos tóxicos de nosso metabolismo. Uma vez filtrado, o sangue é devolvido praticamente sem impurezas, proporcionando uma qualidade de vida melhor ao renal crônico. Mesmo muito desenvolvida hoje, a diálise não repõe os hormônios, que devem ser tomados (comprimidos e injeção) conforme a necessidade determinada por exames de sangue. No transplante renal bem sucedido, o novo rim repõe naturalmente, através de sua atividade secretora (endócrina), os hormônios acima citados.

1. Insuficiência Renal Aguda (IRA)

Pode-se definir a IRA como uma súbita diminuição da função renal a níveis (medidos pela creatinina e uréia) incompatíveis com a vida, se não for tratada. Na grande maioria dos casos, a anúria (ausência de produção de urina) ou oligúria (pouca produção de urina) estão presentes.

Existe um número enorme de situações que podem resultar em IRA, sendo classificadas em pré-renal (fatores presentes antes do rim), renal (fatores renais ou parenquimatosos) e pós-renal (fatores presentes após o rim).

Os fatores pré-renais são aqueles que, quando eliminados, devolvem ao rim sua função normal, como por exemplo ocorre nas situações de hipotensão (pressão baixa), onde existe menor fluxo sangüíneo no rim. Corrigida(s) a(s) causa(s) da hipotensão, existe recuperação da função renal. Nas situações de IRA pós renal, a palavra chave é obstrução, na maioria das vezes, obstrução à eliminação da urina (prostatismo obstrutivo, cálculo urinário obstrutivo, tumor obstruindo as vias urinárias, etc.). A exemplo da pré-renal, uma vez restabelecido o fluxo urinário (mesmo por meio de sondas ou cateteres), a função renal volta ao normal.

Quanto às causas parenquimatosas (renais), indicam um mal funcionamento dos néfrons (unidades que filtram a urina) e podem ter uma grande variedade de causas, como glomérulonefrite aguda, pielonefrite aguda, lúpus eritematoso disseminado, poliartrite nodosa, amiloidose, nefropatia tóxica, etc.

Tem grande importância clínica pela gravidade e pelo número de casos, as IRA conseqüentes a transfusões sangüíneas incompatíveis, septicemia (infecção generalizada) e pós-cirurgia (por exemplo, transplante). A necrose tubular aguda ou mais corretamente, nefropatia tubulointersticial aguda, requer muitas vezes a diálise, até diagnóstico ou reversão do quadro.

Durante os primeiros dias de IRA, os sintomas geralmente são da doença básica (que ocasionou a IRA), somando-se a eles talvez letargia (lentidão) e náuseas. A urina pode estar alterada em termos de odor e cor. No exame de urina encontramos proteína, hemátias (sangue), cilindros hemáticos (de sangue), glicose , etc., demonstrando uma clara perda de seletividade na filtração do sangue, o que implica em deixar no organismo, substâncias nocivas ao nosso organismo, como o potássio, uréia (uremia), água em excesso, etc.



2. Insuficiência Renal Crônica (IRC)

Geralmente é resultante de doença primária do rim. Qualquer doença ou má-formação renal bilateral pode resultar em IRC, mesmo as doença inicialmente não renais, como uma uropatia obstrutiva (por exemplo, prostatismo). Assim, ao contrário da IRA, a IRC só pode ser originada por fatores renais e não pré ou pós-renais.

No homem, as causas mais freqüentes são devidas ao depósito de imunocomplexos nos túbulos dos néfrons (glomerulonefrites ou nefrites crônicas) que "entopem" tais túbulos, onde se dá a filtração (depuração) do sangue.

A IRC é uma doença evolutiva, caracterizada por uma diminuição da habilidade dos rins em controlar os fluídos do organismo, levando ao excesso de água (edema generalizado ou anasarca), dos níveis de potássio (hipercalemia leva a convulsões, coma, arritmias). Este frágil equilíbrio entre o normal e o tóxico, pode ser rapidamente quebrado por uma dieta inadequada, como a ingestão excessiva de sal, proteínas e até mesmo de água, que aumentam a necessidade de "trabalho" do rim e assim pioram o quadro geral.

O termo "falência renal" é dirigido aos rins sem qualquer função, sendo também utilizado o termo "exclusão funcional", existindo nestes casos uma severa alteração dos fluídos corporais, requerendo diálise. Tais alterações vão repercutir em todo organismo, mais intensamente nos ossos (desmineralização), tireóide (hiperparatireoidismo secundário à IRC), músculos (câimbras), olhos (retinopatias), pele (cor amarelo palha pelos pigmentos ou urocromos), aparelho digestivo (úlcera gástrica ou duodenal), etc.



Altas concentrações de potássio

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A hipercaliemia (valor elevado de potássio sanguíneo) é uma concentração de potássio no sangue superior a 5 miliequivalentes (mEq) por litro de sangue.

Em geral, a concentração elevada de potássio no sangue é mais perigosa do que a baixa. Uma concentração superior a 5,5 mEq por litro de sangue começa por afectar o sistema de condução eléctrica do coração. Se o nível no sangue continuar a aumentar, o ritmo cardíaco torna-se anormal e o coração pode deixar de bater.

A hipercaliemia verifica-se em geral quando os rins não excretam potássio suficiente. É provável que a causa mais frequente de hipercaliemia ligeira seja o uso de medicamentos que evitam a sua excreção através dos rins, como o triamterene, a espironolactona e os inibidores do enzima conversor da angiotensina.

A hipercaliemia também pode ser provocada pela doença de Addison, na qual as glândulas supra-renais não produzem quantidades suficientes das hormonas que estimulam os rins para excretar potássio. (Ver secção 13, capítulo 146) A doença de Addison é uma causa cada vez mais frequente de hipercaliemia, devido ao aumento de pessoas com SIDA que apresentam problemas nas suas glândulas supra-renais.

Uma insuficiência renal, parcial ou completa, pode causar uma hipercaliemia grave. Por isso, os indivíduos com função renal deficiente devem evitar os alimentos com alto conteúdo de potássio.

A hipercaliemia também pode verificar-se quando uma grande quantidade de potássio sai repentinamente do interior das células; isso pode acontecer quando se destrói uma grande quantidade de tecido muscular (como num esmagamento) e em casos de queimaduras graves ou de sobredose de cocaína crack. A chegada rápida de potássio ao sangue pode ultrapassar a capacidade dos rins para o excretar e pode causar uma hipercaliemia potencialmente mortal.

Sintomas

A hipercaliemia ligeira provoca poucos ou nenhum sintoma. Em geral, diagnostica-se pela primeira vez quando se fazem análises de sangue ou quando se notam alterações num electrocardiograma. Em alguns casos, podem-se manifestar sintomas como um batimento cardíaco irregular, que pode ser percebido como palpitações.

Tratamento

O tratamento imediato é essencial quando a concentração de potássio no sangue aumenta acima de 5 mEq por litro, num indivíduo com mau funcionamento renal, ou acima de 6 mEq por litro, numa pessoa com funcionamento renal normal.

Pode-se eliminar o potássio do corpo através do aparelho digestivo, dos rins ou por meio da diálise. Também se pode eliminar induzindo diarreia ou com a ingestão de um preparado que contenha uma resina que absorve o potássio.

Essa resina não é absorvida pelo aparelho digestivo, de maneira que o potássio sai do corpo juntamente com as fezes.

Quando os rins funcionam bem, pode-se administrar um diurético para aumentar a excreção.

Quando for necessário um tratamento ainda mais rápido, administra-se uma solução endovenosa que contenha cálcio, glicose ou insulina. O cálcio contribui para proteger o coração contra os efeitos do excesso de potássio, mas esta protecção dura apenas alguns minutos.

A glicose e a insulina conduzem o potássio desde o sangue até ao interior das células, fazendo desse modo descer a sua concentração no sangue. Quando estas medidas não surtem efeito ou em caso de disfunção renal, pode ser necessária a diálise.

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Fontes de potássio

Suplementos de potássio.

Substituto do sal (cloreto de potássio).

Bananas.

Tomates.

Laranjas.

Melões.

Batatas e batata-doce.

Espinafres, nabo-verde, couve-galega verde, couve comum e outros vegetais de folhas verdes.

Amaioria das ervilhas e dos feijões.





Altas concentrações de sódio

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A hipernatremia (valor elevado do sódio no sangue) é uma concentração de sódio no sangue superior a 145 miliequivalentes (mEq) por litro de sangue.

Na hipernatremia, o corpo contém muito pouca água em relação à quantidade de sódio. A concentração de sódio no sangue aumenta até atingir valores anormalmente altos quando a perda de água excede a perda de sódio (quando se bebe pouca água).

Uma concentração elevada de sódio no sangue significa que o indivíduo não sente sede quando deve ou então tem sede, mas não pode conseguir água suficiente para beber. A hipernatremia observa-se também em pessoas com um funcionamento renal anormal ou então nas que apresentam diarreia, vómitos, febre ou transpiração excessiva.

A hipernatremia é mais frequente entre as pessoas de idade avançada. Em geral, a sensação de sede percebe-se mais lentamente e com menos intensidade nestas pessoas do que nos jovens. Os idosos que estão acamados ou que sofrem de demência podem ser incapazes de conseguir a água para beber, embora percebam a sensação de sede. Além disso, numa idade avançada, os rins são menos capazes de concentrar a urina, de modo que estas pessoas também não podem reter a água com a mesma eficácia.

Os idosos que tomam diuréticos, forçando os rins a excretar mais água, correm particularmente o risco de hipernatremia, sobretudo quando faz calor ou adoecem e não bebem a quantidade suficiente. A hipernatremia é sempre grave e especialmente em pessoas de idade avançada. Quase metade dos indivíduos hospitalizados por esta afecção morrem. Muitos dos pacientes sofrem de doenças de base graves que permitem o desenvolvimento da hipernatremia; daí que o índice de mortalidade seja tão elevado.

A hipernatremia também pode ser consequência de uma excessiva excreção de água por parte dos rins, como acontece na diabetes insípida. Em caso de diabetes insípida, a hipófise segrega uma quantidade insuficiente de hormona antidiurética (a hormona antidiurética faz com que os rins retenham água), ou então os rins não respondem à hormona de um modo adequado. (Ver secção 13, capítulo 144) Apesar da perda excessiva de água por parte dos rins, as pessoas com diabetes insípida raramente desenvolvem hipernatremia, desde que sempre que sintam sede normal tenham acesso à água.

Sintomas

Como na hiponatremia, os sintomas principais da hipernatremia são resultado de uma disfunção do cérebro. A hipernatremia grave ocasiona confusão, contracções musculares, convulsões, coma e finalmente a morte.

Tratamento

A hipernatremia trata-se repondo a falta de água. Em todos os casos, excepto os mais leves, administra-se líquido por via endovenosa. Efectuam-se repetidas análises ao sangue para determinar se a quantidade fornecida foi suficiente. Corrigir o quadro com demasiada rapidez pode causar lesões cerebrais permanentes, pelo que a concentração de sódio no sangue deve reduzir-se muito lentamente.

Podem efectuar-se provas adicionais de urina para determinar a razão pela qual a concentração de sódio é elevada. Uma vez identificada a causa de base, o tratamento pode tornar-se mais específico. Por exemplo, se uma pessoa tem diabetes insípida, pode administrar-se hormona antidiurética (vasopressina).

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Causas principais de concentrações elevadas de sódio

Traumatismo cranioencefálico ou neurocirurgia sobre a hipófise.

Alterações de outros electrólitos (concentrações elevadas de cálcio e baixas de potássio) .

Uso de medicamentos como o lítio, a demeclociclina ou os diuréticos.

Perdas excessivas de água (diarreia, vómitos, febre, suor excessivo).

Drepanocitose.

Diabetes insípida.

Acesso limitado à água (especialmente em combinação com qualquer das outras causas).





TABELA COMPARATIVA

POTÁSSIO/SÓDIO DE ALIMENTOS COM ALTO TEOR DE POTÁSSIO

ALIMENTO POTÁSSIO

(MG/100G)

Melancia 100

Maçã crua 110

Ovo inteiro sem sal 129

Pêra crua 130

Abacaxi cru 146

Pepino 160

Milho verde cozido 165

Beterraba cozida sem sal 167

Uva passa 168

Ameixa crua 170

Vagem verde cozida 172

Alface 175

Laranja inteira ou suco 200

Pêssego 202

Pão integral sem sal 230

Batata doce 244

Brócoli congelado 244

Atum em água 279

Damasco cru 281

Batata cozida sem sal 285

Couve-flor crua 295

Morango 300

Galinha, carne escura sem sal 321

Cenoura crua 340

Trigo sem sal 348

Banana 370

Carne (vaca) magra, crua, s/sal 370

Cogumelo fresco 414

Galinha, carne branca sem sal 441

Tomate 500

Abacate 604

Agrião 606

Figo seco 640

Tâmara natural, madura 648

Rabanete 694

Amendoim torrado sem sal 701

Salmão assado ou cozido 704

Nozes 715

Amêndoa crua 773

Damasco desidratado 979





ALIMENTO SÓDIO

(MG/100G)

Nozes 1

Abacaxi cru 1

Ameixa crua 1

Banana 1

Damasco cru 1

Laranja inteira ou suco 1

Maçã crua 1

Melancia 1

Morango 1

Pêssego 1

Tâmara natural, madura 1

Vagem verde cozida 1

Pêra crua 2

Batata cozida sem sal 2

Salmão assado ou cozido 2

Tomate 3

Trigo sem sal 3

Amêndoa crua 4

Abacate 4

Amendoim torrado sem sal 5

Pepino 6

Rabanete 8

Alface 9

Batata doce 12

Brócoli congelado 13

Couve-flor crua 13

Agrião 14

Cogumelo fresco 15

Milho verde cozido 15

Damasco desidratado 26

Uva passa 27

Pão integral sem sal 30

Figo seco 34

Atum em água 41

Beterraba cozida sem sal 46

Cenoura crua 47

Carne (vaca) magra, crua, s/sal 60

Galinha, carne branca sem sal 64

Galinha, carne escura sem sal 86

Ovo inteiro sem sal 122





Pressão arterial



Definição:

A hipertensão arterial é o aumento desproporcionado dos níveis da pressão em relação, principalmente, à idade. A pressão arterial normal num adulto alcança um valor máximo de 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e mínimo de 90 mmHg. Valores maiores indicam hipertensão (pressão alta).

A incidência de pressão alta é observada em relação a:

Idade e Sexo: A pressão alta é mais comum nos homens do que nas mulheres, e em pessoas de idade mais avançada do que nos jovens.

Genética: Pessoas com antecedentes familiares de hipertensão têm maior predisposição a sofrer da mesma.

Estresse.

Excesso de peso (obesidade).

Causas

As causas que provocam a pressão alta são muitas e variadas. Na maioria dos casos, a causa é desconhecida ou não está bem definida. Entre as causas conhecidas estão as doenças dos rins, das glândulas (endócrinas), do sistema nervoso, o abuso de certos medicamentos e a gravidez.

Sintomas

Na primeira fase a hipertensão arterial não apresenta sintomas, mas, à medida que os anos vão passando, eles começam a aparecer. Os mais comuns são: dor de cabeça, falta de ar, enjôos, visão turva que pode estar acompanhada de zumbidos, debilidade, sangramento pelo nariz, palpitações e até desmaios.

A importância da pressão alta não está nos sintomas, mas nas graves complicações que podem provocar um enfarte agudo de miocárdio, ou um derrame cerebral e até a morte de forma instantânea.

Tratamento e prevenção

A melhor forma de prevenir a doença é mediante um controle periódico (tirar a pressão), não abusar das comidas com sal, caminhar e evitar o fumo e o café, que aumentam a pressão arterial. Em resumo, tentar modificar o estilo de vida.

Os tratamentos são destinados a manter a pressão arterial dentro dos limites normais, por um lado insistindo nas formas acima descritas de prevenção, e por outro, mediante medicamentos que, por diferentes ações, mantêm a pressão dentro dos limites normais. Os fármacos mais receitados são os diuréticos, os betabloqueadores e os vasodilatadores.

Como ocorre a pressão arterial máxima e mínima?

A intensidade da pressão arterial é estabelecida no chamado centro circulatório situado numa parte do cérebro e adapta-se a cada situação através de mensagens enviadas aos centros nervosos. A pressão arterial ajusta-se através de alterações na intensidade e freqüência do ritmo cardíaco (pulsações) e no diâmetro dos vasos circulatórios.

Este último efeito ocorre através de músculos finíssimos situados nas paredes dos vasos sanguíneos.

A pressão arterial altera-se ciclicamente no curso da atividade cardíaca.

Atinge o seu valor máximo (pressão sangüínea sistólica), durante a “expulsão” do sangue (sístole) e o seu mínimo (pressão arterial diastólica), quando o coração termina o “período de repouso” (diástole).

Para evitar certas doenças, estes valores devem manter-se entre limites normais específicos.

Quais são os valores considerados normais?

A pressão arterial é considerada elevada se em repouso a pressão diastólica for superior a 90 mm/Hg e/ou a pressão arterial sistólica for superior a 140 mm/Hg.

Se este for o caso você deve procurar imediatamente um médico.

O prolongamento destes níveis de pressão arterial podem fazer perigar a sua saúde, pois causam o progressivo deterioramento dos vasos sangüíneos do organismo.

Deve também consultar o seu médico se os valores da pressão arterial sistólica estiverem entre 140 mm/Hg e 160 mm/Hg, e/ou os valores da pressão diastólica estiverem entre 90mm/Hg e 95 mm/Hg. Deverá também proceder regularmente a medições de auto-controle.

Se os valores forem demasiados baixos, isto é, se a pressão sistólica for inferior a 105 mm/Hg e/ou a diastólica inferior a 60 mm/Hg, deverá também fazer uma visita ao médico cardiologista.

Nível Pressão arterial sistólica Pressão arterial diastólica Ação a tomar

Hipotensão inferior a 100 inferior a 60 check-up médico

Valores normais entre 100 e 140 entre 60 e 90 auto-medição

Hipertensão limite entre 140 e 160 entre 90 e 100 check-up médico

Hipertensão moderada entre 160 e 180 entre 100 e 110 consultar o médico

Hipertensão grave superior a 180 superior a 110 consultar o médico com urgência

Hipertensão sistólica específica superior a 140 inferior a 90 consultar o médico

Informações adicionais:

• Se a maioria dos valores é normal em repouso, mas excepcionalmente elevada em condições de esforço físico ou psicológico, é possível que estejamos em presença de uma situação de hipertensão lábil ou instável. Se você suspeitar que esse pode ser o seu caso, consulte o seu médico;

• Valores de pressão arterial diastólica superiores a 120 mm/Hg, provenientes de uma medição correta, requerem tratamento médico imediato.

O que fazer quando os registros obtidos são freqüentemente muito elevados ou muito baixos?

1) Contate seu médico;

2) A presença de valores da pressão arterial elevados, (diversas formas de hipertensão), conduz a médio e longo prazo, a elevados riscos para a saúde. Estes riscos dizem em particular respeito às artérias, mediante o seu endurecimento causado por depósitos nas paredes vasculares (arteriosclerose). Como resultado, o fornecimento do sangue a órgãos vitais é insuficiente (coração, cérebro, músculos). Por outro lado, o coração, quando os valores da pressão permanecem superiores aos níveis normais por um longo período de tempo, pode sofrer danos estruturais;

3) As causas da hipertensão são múltiplas: deve diferenciar-se hipertensão primária comum (essencial) da hipertensão secundária. Este último grupo pode ser circunscrito a disfunções orgânicas específicas. Você deve sempre consultar o seu médico para obter informações sobre as possíveis origens dos seus valores elevados;

4) Há certas medidas que podem ser tomadas, não só para reduzir a pressão arterial comprovada pelo médico, mas que podem também ser adotadas para a sua prevenção. Estas medidas dizem respeito ao seu modo de vida.

A) Hábitos alimentares:

• Tente manter um peso equilibrado para a sua idade. Livre-se do excesso de peso;

• Evite o consumo excessivo de sal;

• Evite os alimentos gordos.

B) Doenças anteriores:

Siga cuidadosamente as instruções do médico para o tratamento de doenças tais como:

• Diabetes (diabetes mellitus);

• Disfunções do metabolismo;

• Gota.

C) Consumo de substâncias nocivas:

• Deixe de fumar;

• Modere o consumo de bebidas alcoólicas;

• Reduza o consumo de cafeína (café).

D) Forma física:

• Pratique esportes regularmente - após ter feito um check-up médico;

• Escolha esportes que requeiram resistência física e não força;

• Não se esforce até atingir o seu limite da forma física;

• Se sofre de alguma doença e/ou tem mais de 40 anos, antes de iniciar qualquer atividade desportiva, você deve consultar o médico, que lhe recomendará o tipo de esporte adequado ao seu caso, e a intensidade com que o deve praticar.





COMPONENTES DO SISTEMA IMUNITÁRIO

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O sistema imunitário é composto por células e substâncias solúveis. As células mais importantes do sistema imunitário são os glóbulos brancos. Os macrófagos, neutrófilos e linfócitos são tipos diferentes de glóbulos brancos. As substâncias solúveis são moléculas que não fazem parte das células, mas que se dissolvem num líquido como o plasma. (Ver secção 14, capítulo 152) As substâncias solúveis mais importantes são os anticorpos, as proteínas do sistema do complemento e as citocinas. Algumas substâncias solúveis actuam como mensageiros para atrair e activar outras células. O complexo major de histocompatibilidade (MHC, major histocompatibility complex) é a base do sistema imunitário e ajuda a identificar o que é próprio e o que é estranho.

Macrófagos

Os macrófagos são grandes glóbulos brancos que ingerem micróbios, antigénios e outras substâncias. Um antigénio é qualquer substância que pode estimular uma resposta imune. As bactérias, os vírus, as proteínas, os hidratos de carbono, as células cancerosas e as toxinas podem actuar como antigénios.

O citoplasma dos macrófagos contém grânulos ou massas envoltos por uma membrana e que consistem em variadas substâncias químicas e enzimas. Estas permitem que o macrófago digira o micróbio que tiver ingerido e, em regra, o destrua.

Sistema linfático: defesa contra a infecção

O sistema linfático é uma rede de gânglios linfáticos ligados entre si por vasos linfáticos. Os gânglios linfáticos contêm uma malha de tecido à qual os linfócitos estão estreitamente ligados. Esta rede de linfócitos filtra, ataca e destrói organismos prejudiciais que causam infecções. Os gânglios linfáticos costumam agrupar-se em zonas em que os vasos linfáticos se ramificam, como o pescoço, as axilas e as virilhas.

A linfa, um líquido rico em glóbulos brancos, flui pelos vasos linfáticos. A linfa contribui para que a água, as proteínas e outras substâncias dos tecidos corporais regressem à corrente sanguínea. Todas as substâncias absorvidas pela linfa passam pelo menos por um gânglio linfático e o seu correspondente filtro formado por uma rede de linfócitos.

Outros órgãos e tecidos corporais (o timo, o fígado, o baço, o apêndice, a medula óssea e pequenas aglomerações de tecido linfático como as amígdalas na garganta e as placas de Peyer no intestino delgado) fazem também parte do sistema linfático. Estes tecidos também ajudam o corpo a combater as infecções.


Os macrófagos não se encontram no sangue; na realidade, localizam-se em zonas estratégicas onde os órgãos do corpo contactam com a corrente sanguínea ou com o mundo exterior. Por exemplo, os macrófagos encontram-se onde os pulmões recebem o ar exterior e onde as células do fígado se ligam aos vasos sanguíneos. As células semelhantes do sangue recebem o nome de monócitos.

Neutrófilos

Como os macrófagos, os neutrófilos são grandes glóbulos brancos que absorvem micróbios e outros antigénios e possuem grânulos que contêm enzimas cuja finalidade é destruir os antigénios ingeridos. Todavia, diferentemente dos macrófagos, os neutrófilos circulam no sangue; necessitam de um estímulo específico para abandonar este e entrar nos tecidos.

Os macrófagos e os neutrófilos costumam trabalhar juntos. Os macrófagos iniciam uma resposta imunitária e enviam sinais para mobilizar os neutrófilos, com a finalidade de que se juntem a eles no sector com problemas. Quando os neutrófilos chegam, digerem os invasores e assim os destroem. A acumulação de neutrófilos e a morte e digestão dos micróbios formam o pus.

Linfócitos

Os linfócitos, as principais células do sistema linfático, são relativamente pequenos quando comparados com os macrófagos e os neutrófilos. Ao contrário dos neutrófilos, que não vivem mais de 7 a 10 dias, os linfócitos podem viver durante anos ou décadas. A maioria dos linfócitos divide-se em três categorias principais:

• Os linfócitos B derivam de uma célula (célula mãe ou precursora) da medula óssea e amadurecem até se converterem em células plasmáticas, que segregam anticorpos.

• Os linfócitos T formam-se quando as células mães ou precursoras migram da medula óssea para o timo, uma glândula onde se dividem e amadurecem. Os linfócitos T aprendem a distinguir o próprio do estranho no timo. Os linfócitos T maduros abandonam o timo e entram no sistema linfático, onde funcionam como parte do sistema imunitário de vigilância.

• As células NK (natural killer, assassinas naturais), que são ligeiramente maiores que os linfócitos T e B, recebem este nome porque matam certos micróbios e células cancerosas. O adjectivo «natural» indica que, quando se formam, já estão preparadas para matar diversos tipos de células, em lugar de requerer a maturação e o processo educativo que os linfócitos B e T por seu lado necessitam. As células NK também produzem algumas citocinas, substâncias mensageiras que regulam certas funções dos linfócitos T, dos linfócitos B e dos macrófagos.

Alguns glóbulos brancos que combatem as infecções




Anticorpos

Quando são estimulados por um antigénio, os linfócitos B amadurecem até se converterem em células que formam anticorpos. Os anticorpos são proteínas que interagem com o antigénio que inicialmente estimula os linfócitos B. Os anticorpos também recebem o nome de imunoglobulinas.

Cada molécula de anticorpo tem uma parte idêntica que se liga a um antigénio específico e outra parte cuja estrutura determina a classe do anticorpo. Existem cinco classes de anticorpos: IgM, IgG, IgA, IgE e IgD.

• A IgM (imunoglobulina M) é o anticorpo que é produzido face à primeira exposição a um antigénio. Por exemplo, quando uma criança recebe a primeira vacina antitetânica, os anticorpos antitétano formam-se 10 a 14 dias mais tarde (resposta primária de anticorpos). A IgM abunda no sangue, mas normalmente não está presente nos órgãos nem nos tecidos.

• A IgG, o tipo de anticorpo mais frequente, só se produz depois de várias exposições a um antigénio. Por exemplo, depois de receber uma segunda dose de vacina antitetânica (de reforço), uma criança produz anticorpos IgG num lapso de tempo de 5 a 7 dias. Esta resposta secundária de anticorpos é mais rápida e abundante do que a resposta primária. A IgG encontra-se tanto no sangue como nos tecidos. É o único anticorpo que se transmite da mãe para o feto através da placenta. A IgG da mãe protege o feto e o recém-nascido até que o sistema imunitário do bebé possa produzir os seus próprios anticorpos.

• A IgA é o anticorpo que desempenha um papel importante na defesa do corpo quando se verifica uma invasão de microrganismos através de uma membrana mucosa (superfícies revestidas, como o nariz, os olhos, os pulmões e os intestinos). A IgA encontra-se no sangue e em algumas secreções como as do tubo gastrointestinal e do nariz, dos olhos, dos pulmões e do leite materno.

• A IgE é o anticorpo que produz reacções alérgicas agudas (imediatas). Neste aspecto, a IgA é o único tipo de anticorpo que aparentemente faz mais mal que bem. Contudo, pode ser importante no momento de combater infecções parasitárias, muito frequentes nos países em vias de desenvolvimento.

• A IgD é um anticorpo presente em concentrações muito pequenas no sangue que circula pelo corpo. Ainda não está muito bem compreendida a sua função.

Estrutura básica em Y dos anticorpos

Todas as moléculas dos anticorpos têm uma estrutura básica em forma de Y na qual vários elementos se unem através de estruturas químicas chamadas pontes dissulfídicas. Uma molécula de anticorpo divide-se em regiões variáveis e constantes. A região variável determina a que antigénio se unirá o anticorpo. A região constante determina a classe de anticorpo (IgG,IgM,IgD,IgE ou IgA).


Sistema do complemento

O sistema do complemento engloba mais de 18 proteínas. Essas proteínas actuam em cadeia, isto é, uma activa a seguinte. O sistema do complemento pode ser activado por meio de duas vias diferentes. Uma delas, chamada de via alternativa, é activada por certos produtos microbianos ou antigénios. A outra via, chamada clássica, é activada por anticorpos específicos ligados aos seus antigénios (complexos imunes). O sistema do complemento destrói substâncias estranhas, directamente ou em conjunção com outros componentes do sistema imunitário.

Citocinas

As citocinas comportam-se como os mensageiros do sistema imunitário. São segregadas por células do sistema imunitário em resposta a uma estimulação.

As citocinas amplificam (ou estimulam) alguns aspectos do sistema imunitário e inibem (ou suprimem) outros. Foram identificadas já muitas citocinas, no entanto a lista continua a crescer.

Algumas citocinas podem ser injectadas como parte do tratamento para certas doenças. Por exemplo, o interferão alfa é eficaz no tratamento de certos cancros, como a tricoleucemia. Outra citocina, o interferão beta, pode ajudar a tratar a esclerose múltipla. Uma terceira citocina, a chamada interleucina-2, pode ser útil no tratamento do melanoma maligno e do cancro do rim, apesar de o seu uso ter efeitos adversos. Existe ainda outra citocina, chamada factor estimulante das colónias de granulócitos, que estimula a produção de neutrófilos e pode ser utilizada em doentes com cancro que têm uma pequena quantidade de neutrófilos em virtude da quimioterapia.

Complexo major de histocompatibilidade (MHC)

Todas as células têm à sua superfície moléculas que são únicas para cada pessoa determinada. São referidas com a designação de moléculas do complexo major de histocompatibilidade. O corpo pode, através delas, distinguir o que é próprio do que é estranho. Toda a célula que apresente moléculas idênticas do complexo major de histocompatibilidade é ignorada, ao passo que toda aquela que apresentar moléculas não idênticas às do complexo major de histocompatibilidade é rejeitada.

Existem dois tipos de moléculas do complexo major de histocompatibilidade (também chamadas antigénios leucocitários humanos ou HLA): as da classe I e as da classe II. As moléculas do complexo major de histocompatibilidade da classe I estão presentes em todas as células do corpo com excepção dos glóbulos vermelhos. As moléculas do complexo major de histocompatibilidade da classe II estão apenas presentes nas superfícies dos macrófagos e nos linfócitos B e T que tiverem sido estimulados por um antigénio. As moléculas do complexo major de histocompatibilidade das classes I e II de cada pessoa são únicas. Apesar de os gémeos idênticos terem idênticas moléculas de histocompatibilidade, existe uma fraca probabilidade (uma em quatro) de que os gémeos não idênticos tenham moléculas idênticas, enquanto é extraordinariamente baixa para duas pessoas que não sejam filhas dos mesmos pais.

As células do sistema imunitário aprendem a diferenciar o próprio do estranho na glândula do timo. Quando o sistema imunitário se começa a desenvolver no feto, as células mães ou precursoras migram para o timo, onde se dividem até se converterem em linfócitos T. Enquanto a glândula do timo se desenvolve, qualquer linfócito T que reaja face às moléculas do complexo major de histocompatibilidade do timo é eliminado. A todo o linfócito T que tolere o complexo major de histocompatibilidade do timo e aprenda a cooperar com as células que expressam as moléculas únicas do complexo major de histocompatibilidade do corpo é-lhe permitido amadurecer e abandonar o timo.

O resultado é que os linfócitos T maduros toleram as células e os órgãos do corpo e podem cooperar com as outras células do corpo quando elas são chamadas a defender este último. Se os linfócitos T não tolerassem as moléculas do complexo major de histocompatibilidade do corpo, atacá-lo-iam. No entanto, por vezes os linfócitos T perdem a capacidade de diferenciar o próprio do estranho e, como consequência, desenvolvem-se as doenças auto-imunes como o lupus eritematoso sistémico (lúpus) ou a esclerose múltipla. (Ver secção 16, capítulo 167)

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Terminologia do sistema imunitário

Anticorpo: uma proteína, fabricada por linfócitos B, que reage perante um antigénio específico; também é chamado de imunoglobulina.

Antigénio: qualquer molécula capaz de estimular uma resposta imune.

Antigénios de leucócitos humanos: um sinónimo do complexo major de histocompatibilidade humana.

Célula: a mais pequena unidade de tecido viva, composta por um núcleo e um citoplasma e rodeada por uma membrana. O núcleo contém ADN e o citoplasma possui estruturas (organelos) que levam a cabo as funções da célula.

Célula NK (natural killer, assassina natural): um tipo de linfócito que pode matar certos micróbios e células cancerosas.

Citocinas: proteínas solúveis, segregadas por células do sistema imunitário, que actuam como mensageiros para ajudar a regular a resposta imune.

Complemento: um grupo de proteínas que ajuda a atacar antigénios.

Complexo major de histocompatibilidade (MHC): um grupo de moléculas importantes que ajuda o corpo a distinguir o que é próprio e o que é estranho.

Endocitose: o processo pelo qual uma célula engloba (ingere) certos antigénios.

Histocompatibilidade: literalmente significa tecido compatível. Utilizada para determinar se um tecido ou órgão transplantado (por exemplo, a medula óssea ou um rim) será aceite pelo receptor. A histocompatibilidade é determinada pelas moléculas do complexo major de histocompatibilidade.

Imunoglobulina: um sinónimo de anticorpo.

Interleucina: um tipo de citocina que actua sobre várias células.

Leucócito: glóbulo branco. Os linfócitos e os neutrófilos, entre outros, são leucócitos.

Linfócito: a célula principal do sistema linfático. Classificam-se em linfócitos B (que produzem anticorpos) e linfócitos T (que ajudam o corpo a distinguir o próprio do alheio).

Macrófago: uma célula grande que absorve (ingere) micróbios uma vez que o sistema imunitário os tenha assinalado para que sejam destruídos.

Molécula: um grupo (agregado) de átomos quimicamente combinados para formar uma única substância química.

Neutrófilo: um grande glóbulo branco (leucócito) que ingere antigénios e outras substâncias.

Péptido: dois ou mais aminoácidos quimicamente unidos para formar uma molécula única.

Proteína: um grande número de aminoácidos quimicamente unidos numa cadeia. As proteínas são péptidos de grande dimensão.

Quimiotaxia: um processo de atracção e recrutamento de células em que estas se deslocam atraídas por uma concentração elevada de uma substância química determinada.

Receptor: uma molécula da superfície celular ou do citoplasma que encaixa noutra molécula como uma chave na sua fechadura.

Resposta imune: a resposta perante um antigénio produzida por componentes do sistema imunitário, quer sejam células ou anticorpos.



Doenças devidas a imunodeficiência

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As afecções devidas a imunodeficiência são um conjunto de doenças diversas nas quais o sistema imunitário não funciona de forma adequada e, como consequência, as infecções são mais habituais, recidivam com maior frequência, são em geral mais graves e duram mais do que o habitual.

As infecções frequentes e graves (tenham elas lugar num recém-nascido, numa criança ou num adulto) que não respondem imediatamente aos antibióticos sugerem a existência de um problema do sistema imunitário. Alguns problemas do sistema imunitário derivam também para cancros raros ou infecções inabituais por vírus, fungos ou bactérias.

Causas

A imunodeficiência pode estar presente desde o nascimento (imunodeficiência congénita) ou pode desenvolver-se com a passagem dos anos. As perturbações por imunodeficiência presentes desde a altura do nascimento costumam ser hereditárias. Apesar de não serem muito frequentes, conhecem-se mais de 70 doenças hereditárias distintas por imunodeficiência. Em algumas delas, o número de glóbulos brancos diminui; noutras, o número é normal, mas os glóbulos brancos funcionam mal. Num terceiro grupo, os glóbulos brancos não se encontram afectados, porém outros componentes do sistema imunitário são anormais ou faltam.

A imunodeficiência que se verifica numa idade mais avançada (imunodeficiência adquirida) costuma ser causada por uma doença. A imunodeficiência adquirida é muito mais frequente do que a imunodeficiência congénita. Algumas doenças causam apenas uma ligeira deterioração do sistema imunitário, ao passo que outras podem destruir a capacidade do corpo para combater a infecção. A infecção causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), que desemboca na síndroma de imunodeficiência adquirida (SIDA) é muito conhecida. (Ver secção 17, capítulo 187) O vírus ataca e destrói os glóbulos brancos que normalmente combatem as infecções virais e fúngicas. Contudo, muitas e diversas afecções podem enfraquecer o sistema imunitário. Na realidade, quase toda a doença grave prolongada afecta em certa medida o sistema imunitário.

Os indivíduos que sofrem de problemas no baço têm um certo grau de imunodeficiência. O baço não só ajuda a capturar e destruir bactérias e outros organismos que penetram na corrente sanguínea, como é também um dos centros do corpo humano onde se fabricam anticorpos. O sistema imunitário fica afectado quando o baço é extraído ou quando ele é destruído por uma doença, como a drepanocitose. As pessoas que não possuem baço, especialmente se forem crianças, são particularmente susceptíveis a certas infecções bacterianas, como as causadas por Haemophilus influenzae, Escherichia coli e Streptococcus. Às crianças que não têm baço deveriam ser administradas vacinas antipneumocócicas e meningocócicas, para além das vacinas que habitualmente são aplicadas na infância. As crianças pequenas que não têm baço tomam continuamente antibióticos durante pelo menos os cinco primeiros anos da sua vida. Todo o indivíduo afectado por uma deficiência no baço deveria tomar antibióticos ao primeiro sinal de uma infecção com febre.

A desnutrição também pode afectar gravemente o sistema imunitário. A desnutrição pode implicar uma deficiência de todos os nutrientes, ou apenas de proteínas e de certas vitaminas e minerais (especialmente vitamina A, ferro e zinco). Quando a desnutrição resulta num peso corporal 80 % inferior ao peso ideal, o sistema imunitário é afectado. Quando o peso se reduz a menos de 70 % do ideal, o sistema imunitário fica em regra gravemente afectado. As infecções, que são frequentes nas pessoas com sistemas imunitários debilitados, suprimem o apetite e aumentam as exigências metabólicas do corpo, o que desencadeia um círculo vicioso de desnutrição cada vez mais grave.

Até que ponto o sistema imunitário fica afectado dependerá do grau e da duração da desnutrição e da presença ou ausência de uma doença subjacente, como o cancro. Quando se recupera um bom estado de nutrição, o sistema imunitário volta rapidamente à normalidade.

Sintomas

Num ano, a maioria das crianças saudáveis contraem, em média, seis ou mais infecções pouco importantes na árvore respiratória, em particular quando estão em contacto com outras crianças. Por contraste, as crianças com imunidade deficiente contraem infecções bacterianas graves que persistem, recidivam ou criam complicações. Por exemplo, essas crianças costumam apresentar infecções dos seios, infecções crónicas do ouvido e bronquite crónica a seguir a qualquer dor de garganta ou constipação.

A pele e as membranas mucosas que revestem a boca, os olhos e os órgãos genitais são susceptíveis de se infectar. Uma infecção fúngica da boca, juntamente com feridas na boca (úlceras) e inflamação das gengivas, podem ser o primeiro sinal de uma imunidade debilitada. A inflamação ocular (conjuntivite), a perda de cabelo, o eczema grave e a presença de zonas de grandes capilares quebrados por debaixo da pele são sinais de uma possível perturbação por imunodeficiência. As infecções do tracto gastrointestinal podem causar diarreia, grande quantidade de gases e perda de peso.

Diagnóstico

De início pode revelar-se difícil diagnosticar um problema hereditário do sistema imunitário. Quando repetidas vezes se verificam infecções graves ou raras, quer em crianças quer em adultos, o médico pode suspeitar de que se trata de uma doença por imunodeficiência. Como as afecções por imunodeficiência nas crianças pequenas costumam ser hereditárias, a presença de infecções recorrentes noutras crianças da família é uma chave importante. As infecções por agentes comuns que normalmente não fariam adoecer as pessoas, como o Pneumocystis ou o citomegalovírus, sugerem um problema do sistema imunitário.

Nas crianças maiores e nos adultos, o médico revê a história clínica para determinar se um medicamento, a exposição a alguma substância tóxica, uma cirurgia precedente (como uma amigdalectomia ou adenoidectomia) ou outra qualquer perturbação, poderão ter sido a causa. A história sexual também é importante, já que a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), uma causa frequente de disfunção imunitária nos adultos, costuma ser contraída através de contacto sexual. Os recém-nascidos podem ser infectados pelo VIH se a sua mãe também o estiver; as crianças de mais idade podem infectar-se se forem objecto de abusos sexuais.

O tipo de infecção indica ao médico qual é o tipo de imunodeficiência que afecta o indivíduo. Por exemplo, quando as infecções são causadas por certas bactérias como o Streptococcus, é provável que o problema radique no facto de os linfócitos B não produzirem suficientes anticorpos. As infecções graves causadas por vírus, fungos e organismos raros como o Pneumocystis geralmente derivam de problemas com os linfócitos T. As infecções pelas bactérias Staphylococcus e Escherichia coli costumam indicar que os glóbulos brancos fagocíticos (células que matam e ingerem microrganismos invasores) não se deslocam correctamente ou então não podem destruir os gérmenes invasores. As infecções causadas pela bactéria Neisseria costumam indicar problemas no sistema do complemento, um grupo de proteínas do sangue que ajudam o corpo a eliminar a infecção.

A idade em que os problemas começam também é importante. As infecções nos bebés com menos de 6 meses de idade indicam usualmente anomalias nos linfócitos T; as infecções nas crianças de idade superior indicam em regra que existem problemas com a produção de anticorpos e linfócitos B. A imunodeficiência que se inicia na idade adulta raramente é hereditária; uma causa muito mais provável será a SIDA ou outras afecções como a diabetes, a desnutrição, a insuficiência renal ou o cancro.

Para definir a natureza exacta da doença por imunodeficiência é necessário efectuar análises laboratoriais, geralmente do sangue. Em primeiro lugar o médico determina o número total de glóbulos brancos e o número de certos tipos específicos de glóbulos brancos. Os glóbulos brancos são examinados ao microscópio para detectar anomalias no seu aspecto. Verificam-se as concentrações de anticorpos (imunoglobulinas), bem como o número de glóbulos vermelhos e de plaquetas. Podem também quantificar-se os níveis de complemento.

Se algum destes resultados é anormal, efectuam-se provas adicionais. Por exemplo, se o número de linfócitos (um tipo de glóbulo branco) está baixo, o médico pode quantificar as concentrações de linfócitos T e de linfócitos B. As análises laboratoriais podem mesmo determinar que tipo de linfócito T ou B está afectado. Na SIDA, por exemplo, o número de linfócitos CD4 é menor em comparação com o número de linfócitos CD8.

Outra análise de laboratório ajuda a determinar se os glóbulos brancos estão a funcionar com normalidade, medindo a sua capacidade para crescer e dividir-se como resposta a certos estímulos químicos chamados mitogénios. É também possível analisar a sua capacidade para destruir células e organismos estranhos.

A função dos linfócitos T pode ser analisada através de uma prova cutânea em que se verifica a capacidade de reacção do organismo perante substâncias estranhas. Nesta prova injectam-se debaixo da pele pequenas quantidades de proteína provenientes de agentes infecciosos comuns como as leveduras. Normalmente o corpo reage enviando linfócitos T para a zona, que se inflama ligeiramente, se ruboriza e ganha maior temperatura. Esta prova não se efectua antes de a criança ter 2 anos de idade.

Prevenção e tratamento

Algumas das doenças que enfraquecem o sistema imunitário com a passagem dos anos podem ser evitadas ou então receber tratamento. Por exemplo, o controlo rígido das concentrações de açúcar no sangue dos diabéticos ajuda a melhorar a capacidade de os glóbulos brancos prevenirem as infecções. Se um determinado tumor receber o tratamento adequado, provavelmente recuperar-se-á o funcionamento do sistema imunitário. A prática do sexo com medidas de segurança evita a propagação do VIH (o vírus que provoca a SIDA). O cuidado na dieta pode evitar as perturbações imunitárias que resultam da desnutrição.

As pessoas que sofrem de doenças por imunodeficiência deveriam manter uma alimentação excelente, ter uma boa higiene pessoal, evitar comer alimentos meio crus e estar em contacto com pessoas afectadas de doenças infecciosas. Algumas pessoas só devem beber água mineral. Devem evitar fumar, inalar o fumo de cigarros de outras pessoas e consumir drogas ilegais. O rigoroso cuidado dentário ajuda a evitar infecções na boca. Vacinam-se os indivíduos que são capazes de produzir anticorpos, mas às pessoas com deficiência de linfócitos B ou linfócitos T só se lhes administram vacinas de bactérias ou vírus mortos e não vacinas vivas (como a vacina oral contra a poliomielite, a vacina contra o sarampo, a papeira e a rubéola e a vacina do BCG).

Face ao primeiro sinal de infecção administram-se antibióticos. Uma infecção que se agrava rapidamente necessita de atenção médica imediata. Algumas pessoas, em especial as afectadas pela síndroma de Wiskott-Aldrich e as desprovidas de baço, tomam antibióticos de forma preventiva como medida profiláctica antes que surjam infecções. Para evitar a pneumonia é habitual administrar-se trimetoprim-sulfametoxazol.

Os fármacos que estimulam o sistema imunitário, como o levamisol, o inosiplex e as hormonas tímicas, não deram bons resultados no tratamento de pessoas com glóbulos brancos escassos ou de funcionamento deficiente. As baixas concentrações de anticorpos podem ser aumentadas mediante infusões ou injecções de imunoglobulinas, geralmente administradas uma vez por mês. As injecções de interferão gama são úteis no tratamento da doença granulomatosa crónica.

Alguns procedimentos experimentais, como um transplante de células tímicas fetais ou de células hepáticas fetais, deram ocasionalmente bom resultado, em particular em indivíduos afectados pela anomalia de DiGeorge. Na doença de imunodeficiência combinada grave com deficiência da adenosina-desaminase é por vezes possível efectuar uma reposição de enzimas. A terapia genética promete dar bons resultados nesta e em algumas outras afecções congénitas por imunodeficiência nas quais o defeito congénito tenha sido identificado.

O transplante de medula óssea consegue, em certos casos, corrigir um defeito congénito grave do sistema imunitário. Este procedimento permanece habitualmente reservado às perturbações mais graves, como a imunodeficiência combinada grave.

A maioria das pessoas com glóbulos brancos anormais não recebe transfusões sanguíneas, a menos que o sangue do dador tenha antes sido irradiado, dado que os glóbulos brancos do sangue do dador podem atacar os do sangue do receptor, criando assim uma afecção grave que pode chegar a ser mortal (doença do enxerto versus hospedeiro). (Ver secção 14, capítulo 153)

Os indivíduos pertencentes a famílias portadoras de genes de imunodeficiências hereditárias devem procurar aconselhamento profissional para evitar ter filhos com a mesma alteração. A agamaglobulinemia, a síndroma de Wiskott-Aldrich, a doença de imunodeficiência combinada grave e a doença granulomatosa crónica são algumas dessas afecções que podem ser diagnosticadas no feto retirando uma amostra do líquido amniótico ou do sangue fetal. Para várias destas doenças, os pais ou irmãos podem ser submetidos a análises para determinar se são portadores do gene defeituoso.

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Algumas causas de imunodeficiência adquirida

Doenças hereditárias e metabólicas

• Diabetes

• Síndroma de Down

• Insuficiência renal

• Desnutrição

• Anemia drepanocítica

Substâncias químicas e tratamentos que inibem o sistema imunitário

• Quimioterapia contra o cancro

• Corticosteróides

• Medicamentos imunossupressores

• Radioterapia

Infecções

• Varicela

• Infecção por citomegalovírus

• Rubéola (rubéola congénita)

• Infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (SIDA)

• Mononucleose infecciosa

• Sarampo

• Infecção bacteriana grave

• Infecção fúngica grave

• Tuberculose grave

Doenças do sangue e cancro

• Agranulocitose

• Todos os tumores malignos

• Anemia aplásica

• Histiocitose

• Leucemia

• Linfoma

• Mielofibrose

• Mieloma

Cirurgia e traumas

• Queimaduras

• Extirpação do baço

Outras causas

• Cirrose alcoólica

• Hepatite crónica

• Envelhecimento normal

• Sarcoidose

• Lupus eritematoso sistémico



Sinais de infecção crónica

• Aspecto pálido e magro.

• Erupção cutânea.

• Pústulas.

• Eczema.

• Rotura de vasos sanguíneos.

• Perda de cabelo.

• Manchas de cor púrpura.

• Ruborização do revestimento do olho (conjuntivite).

• Tumefacção dos gânglios linfáticos, como os do pescoço, das axilas e da virilha.

• Tímpanos cicatrizados e perfurados.

• Fossas nasais com crostas (por congestão nasal).

• Fígado e baço aumentados.

• Nos bebés, vermelhidão à volta do ânus causada pela diarreia crónica.







O DIABETES

O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.

A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.) Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.

A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.

Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.



Sintomas

Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:

• Vontade de urinar diversas vezes;

• Fome freqüente;

• Sede constante;

• Perda de peso;

• Fraqueza;

• Fadiga;

• Nervosismo;

• Mudanças de humor;

• Náusea;

• Vômito

Diabetes Tipo 2

Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.

Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência insulínica".

O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.

Principais Sintomas:

• Infecções freqüentes;

• Alteração visual (visão embaçada);

• Dificuldade na cicatrização de feridas;

• Formigamento nos pés;

• Furunculose.



Sinais e Sintomas

Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:

• Muita sede;

• Vontade de urinar diversas vezes;

• Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o habitual);

• Fome exagerada;

• Visão embaçada;

• Infecções repetidas na pele ou mucosas;

• Machucados que demoram a cicatrizar;

• Fadiga (cansaço inexplicável);

• Dores nas pernas por causa da má circulação.

Em alguns casos não há sintomas. Isto ocorre com maior freqüência no diabetes tipo 2. Neste caso, a pessoa pode passar muitos meses, às vezes anos, para descobrir a doença. Os sintomas muitas vezes são vagos, como formigamento nas mãos e pés. Portanto, é importante pesquisar diabetes em todas as pessoas com mais de 40 anos de idade.



Hipoglicemia

Características Gerais

Hipoglicemia significa baixo nível de glicose no sangue. Quando a glicemia está abaixo de 60 mg%, com grandes variações de pessoa a pessoa, podem ocorrer sintomas de uma reação hipoglicêmica: sensação de fome aguda, dificuldade para raciocinar, sensação de fraqueza com um cansaço muito grande, sudorese exagerada, tremores finos ou grosseiros de extremidades, bocejamento, sonolência, visão dupla, confusão que pode caminhar para a perda total da consciência, ou seja, coma.



É importante que os amigos e parentes da pessoa com diabetes saibam que ela está em uso de insulina ou de hipoglicemiante oral. Assim, já poderão fazer o diagnóstico de hipoglicemia.



Causas que favorecem o aparecimento da hipoglicemia



* Erro no uso da medicação, principalmente, insulina;

* Atraso em se alimentar;

* Muito exercício sem automonitorização



O que fazer?



Oferecer balas, açúcar ou líquidos com duas colheres de sopa de açúcar em meio copo do líquido. Se ela estiver em coma ou se recusar a colaborar, coloque um lenço entre as arcadas dentárias e introduza colheres de café com açúcar entre a bochecha e a gengiva, massageando-a por fora. Caso seja necessário, aplicar uma injeção de 1 mg de Glucagon subcutâneo, igual à aplicação de insulina; a consciência retorna aproximadamente em cinco minutos, permitindo um lanche repositor.



Nas pessoas portadoras de diabetes que apresentam hipoglicemias sem percepção, o uso apenas de insulinas de ação rápida e ultra-rápida (por provocarem a queda da glicemia rapidamente) libera grande quantidade de hormônios contra-reguladores (cortisol, adrenalina, hormônio do crescimento) e pode ajudar na percepção precoce da hipoglicemia, antes do embotamento da consciência.





Importante



Algumas pessoas com diabetes costumam manter suas glicemias mais elevadas para evitar as hipoglicemias. Porém, a glicemia alta leva, com o correr do tempo, a complicações degenerativas importantes. Portanto, o melhor é perder o medo das hipoglicemias, monitorando-se adequadamente a cada suspeita de estar hipoglicêmico.



Diferenças entre hipoglicemia e hiperglicemia

Sintomas Hiperglicemia

(alta de açúcar) Hipoglicemia

(baixa de açúcar)

Início Lento Súbito (minutos)

Sede Muita Inalterada

Urina Muita quantidade Inalterada

Fome Muita Muita ou normal

Perda de peso Freqüente Não

Pele Seca Normal ou úmida

Mucosa da Boca Seca Normal

Suores Ausentes Freqüentes e frios

Tremores Ausentes Freqüentes

Fraqueza Presente Sim ou não

Cansaço Presente Presente

Glicose no sangue Superior a 200 mg% 40 a 60 mg% ou menos

Hálito cetônico Presente ou ausente Ausente





Hiperglicemia

Características Gerais

Hiperglicemia é o aumento da glicose no sangue. A SBD considera que valores acima de 126 mg em jejum são suspeitos de diabetes. Valores acima de 200 mg em qualquer ocasião fazem o diagnóstico.



As pessoas com diabetes que fazem monitorização da glicose rotineiramente podem detectar aumentos da glicemia, sem, entretanto, apresentar quaisquer sintomas de hiperglicemia.



Sempre que possível deve-se pesquisar a glicose no sangue. Isto pode ser feito nas seguintes ocasiões:

• Em jejum e antes das principais refeições (almoço e jantar);

• Em jejum e 2 horas após as principais refeições;

• Até duas horas após as refeições (glicemia pós-prandial).

É considerada glicemia pós-prandial exames realizados dentro do intervalo de duas horas após as refeições. A interpretação destes resultados deve ser feita pelo médico.



Causas que podem favorecer o aparecimento da hiperglicemia:



* Diabetes mellitus primária ou secundária a outras doenças;

* Muita comida, sem nenhuma restrição;

* Pouco exercício;

* Síndrome Metabólica.



Sintomas:



Muita sede, muita urina, muita fome com emagrecimento, cansaço, pele seca, dor de cabeça, podendo evoluir para náuseas, vômitos, sonolência, dificuldades para respirar e hálito de maçã.



O que fazer?



Caso você detecte um valor elevado de glicose no sangue, procure um médico ou um serviço de saúde para um diagnóstico e tratamento.

Adoçantes

Você sabe a diferença entre ciclamato, sacarina e aspartame? Pode afirmar exatamente o que são edulcorantes? Conhece os edulcorantes calóricos e os não calóricos? Fique por dentro do assunto e saiba como utilizar os adoçantes sem prejudicar o sabor dos alimentos e, principalmente, a sua saúde.

Os adoçantes dietéticos são, em sua maioria, compostos a partir de substâncias não calóricas, naturais ou sintéticas, conhecidas como edulcorantes. Estes são mais doces que o açúcar branco e responsáveis pelo sabor dos adoçantes de mesa.

Dentro das dosagens permitidas, essas substâncias ainda são uma opção bem mais saudável para o paciente diabético do que o açúcar. Suas particularidades começam na classificação em dois grupos principais: as calóricas e as não calóricas.

As substâncias calóricas (ou edulcorantes calóricos) são mais utilizadas para diluir ou dar textura ao adoçante ou ao alimento dietético, do que propriamente adoçar o produto.

É bom saber que o consumo excessivo de produtos contendo edulcorantes calóricos pode provocar elevação na taxa glicêmica ou diarréia. Por isso, pegue leve e fique atento à fórmula do que vai consumir. A frutose e o sorbitol, edulcorantes mais utilizados, podem ser consumidos desde que estejam dentro da dieta prescrita pelo nutricionista.

Mas o paciente precisa estar bem compensado e saber que eles vão trazer mais calorias às suas refeições .É um erro comum pensar que esses alimentos podem ser comidos à vontade, só porque são dietéticos.

Aliás, comer compulsivamente produtos diet ou se exceder nas doses dos adoçantes, além de elevar a glicose, prejudica o paladar. Isto porque a maioria provoca um gosto residual amargo após certa quantidade.

A cada dia as indústrias estão encontrando mais alternativas para o paciente desfrutar do paladar dos alimentos sem precisar sair da dieta. Mas é importante conhecer o que se está levando para casa. Não basta apenas saber as características dos edulcorantes. É fundamental se habituar a ler o rótulo dos produtos, tentando identificar cada ingrediente.

Com a nova legislação sobre diets e lights, esta tarefa ficou ainda mais fácil, já que as empresas são obrigadas a incluir na embalagem todos os itens, sem exceção. Outra dica importante é observar se vem escrito: "isento de açúcar" ou "indicado para diabéticos", além do registro do Ministério da Saúde.

A Organização Mundial de Saúde também estabelece uma quantidade diária adequada para o consumo destes produtos. O cálculo é simples, basta multiplicar seu peso pela IDA (Ingestão Diária Aceitável) de cada substância.

Edulcorantes não calóricos

• Ciclamato

• Sacarina

• Acesulfame-k

• Steviosídeo

• Sucralose

• Aspartame (a exceção à regra: apesar de calórico, na dosagem recomendada tem calorias desprezíveis, por causa do seu poder de adoçamento).

É importante lembrar, no entanto, que os edulcorantes não calóricos podem possuir algumas calorias, apesar de praticamente despresíveis.

Edulcorantes calóricos

• Sorbitol (presente na ameixa, cereja, maçã e pêssego)

• Manitol (presente nos vegetais)

• Xilitol.

• Lactose (açúcar do leite)

• Frutose (açúcar das frutas)

• Malto dextrina (extraída do milho).





Você sabe o que é Sarcopenia?

Músculos, Ingestão Protéica e Envelhecimento - O envelhecimento natural é associado com o declínio da massa muscular e a conseqüente perda de força e potência muscular, há também queda da capacidade aeróbia, de habilidades físicas funcionais e mudanças no sistema endócrino. Há ainda redução de ingestão e síntese protéicas (responsável pela formação de músculos).



Com a idade aumenta a necessidade de ingestão de proteína por um provável declínio da habilidade do músculo do idoso usar e manter os aminoácidos (AAs) provenientes da dieta, apesar de haver uma mínima alteração na extração de energia dos alimentos com o envelhecimento.



As mudanças na composição corporal do idoso têm importantes implicações epidemiológicas em larga escala. Isso porque, a perda de peso tem nesse grupo um efeito prejudicial na saúde e na condição física equivalente ao ganho de peso!



A desnutrição é um dos fatores que contribuem para essas perdas podendo ser reduzida pelo aumento da ingestão protéica, calórica ou ambos já que eles têm um estado nutricional inadequado. Entretanto, tentativas de ganho de massa muscular e de força com suplementos convencionais ou dietas hiperprotéicas foram sem sucesso.



A redução da atividade física com o envelhecimento também afeta a massa muscular. A manutenção desse fator mais o aumento da ingestão de proteínas pode exercer relativa influência, mas não necessariamente cessar tais perdas em idosos.



A Sarcopenia - A Sarcopenia pode ser definida como sendo um problema multifatorial caracterizado pela perda de massa muscular com o envelhecimento. Há assim um aumento da fadiga que pode ocasionar dependência funcional e morbidade. Ela é o denominador comum do processo de envelhecimento responsável pelo declínio do desempenho físico com redução da capacidade de ativação das fibras musculares e decréscimo da tensão de algumas fibras específicas.



A Sarcopenia aumenta ainda a susceptibilidade a quedas que podem resultar em lesões e perda da independência. Não há um consenso se ela deveria ser vista apenas como um processo normal do envelhecimento ou então como uma doença apenas quando induz a disfunções. Mas é um fato que ela está também relacionada com processos como queda da taxa metabólica basal, mudanças nas necessidades nutricionais (homeostase de glicose e metabolismo lipídico), função imune, osteoporose e qualidade de vida.

Sabe-se já que os músculos não são afetados da mesma maneira pelo processo, pois depende do grupo muscular. O decréscimo na massa muscular é maior nos membros inferiores e nas fibras brancas (as de contração rápida). Mas ainda é inconclusivo se é maior em mulheres ou em homens. Por sua vez, algo a se preocupar é que a mensuração subestima as perdas por superestimar a massa muscular. Ou seja, a perda pode ser ainda maior do que o considerado atualmente.



Suplementação e Treinamento - O treinamento de força induz em idosos aumentos na testosterona livre assim como induz a um aumento na retenção e ganho de massa muscular. Há também um decréscimo de cortisol no repouso. Porém, essas mudanças tendem a acontecer somente na primeira fase do treinamento não sendo conclusivo em fases mais avançadas.



Um Suplemento Nutricional ou uma Intervenção Nutricional poderiam ser utilizados no tratamento da Sarcopenia estimulando o anabolismo muscular mais eficientemente que o alimento ou que um suplemento protéico convencional, pois foi demonstrado que os AAs estimulam a síntese muscular em idosos. Porém é ainda desconhecido se todos ou se qualquer AA é realmente necessário para se alcançar este efeito.



Um cuidado a ser tomado é para evitar que o idoso, que é suplementado, não reduza a ingestão habitual de alimentos mantendo o total calórico consumido para que a suplementação não seja um substituto alimentar e sim um suplemento.



Há evidências recentes que a presença de carboidrato (CHO) em suplementos para idosos não seria benéfico porque prejudicaria a resposta anabólica se comparado aos AAs isolados. A presença de CHO nos suplementos utilizados em pesquisas anteriores pode explicar a ineficácia das intervenções nutricionais.



A essa incapacidade do sistema endócrino dos idosos se comparado ao dos jovens indicaria uma plasticidade perdida ou alterada com o envelhecimento do organismo.



Os AAs essenciais demonstraram-se responsáveis primários na estimulação do anabolismo protéico em idosos enquanto os demais não provaram nenhum estímulo adicional significante. Assim, supõe-se que o suplemento eficaz deveria conter AAs essenciais e NÃO conter CHO aumentando-se assim a eficiência no tratamento da Sarcopenia.



Para terminar temos que a ingestão de proteína rapidamente após o exercício é muito importante, pois o tempo pós-exercício para esta ingestão parece ser importante na taxa de hipertrofia muscular. Sendo assim, a biodisponibilidade de AAs no plasma parece ser o maior regulador da síntese e da oxidação de proteína nos idosos.

Em idosos uma proteína de rápida digestão-absorção induz a uma maior retenção protéica pós-refeição se comparada a uma de lenta digestão-absorção. Como conclusão teríamos que em idosos a whey protein acabaria sendo melhor aproveitada do que a suplementação por caseína podendo assim ser mais benéfica inibindo a perda protéica.





O que é osteoporose?

Osteoporose é a doença óssea metabólica mais freqüente, sendo a fratura a sua manifestação clínica. É definida patologicamente como "diminuição absoluta da quantidade de osso e desestruturação da sua microarquitetura levando a um estado de fragilidade em que podem ocorrer fraturas após traumas mínimos". É considerada um grave problema de saúde pública, sendo uma das mais importantes doenças associadas com o envelhecimento.

A fratura de femur é a consequência mais dramática da osteoporose. Cerca de 15% a 20% dos pacientes com fratura de quadril morrem devido à fratura ou suas complicações durante a cirurgia, ou mais tarde por embolia ou problemas cardiopulmonares em um período de 3 meses e 1/3 do total de fraturados morrerão em 6 meses. Os restantes, em sua maioria, ficam com graus variáveis de incapacidade.

Em aproximadamente 20% dos casos pode ser identificada uma doença da qual a osteoporose é secundária e nos 80% restantes os pacientes são portadores de osteoporose da pós-menopausa ou osteoporose senil.

Como se desenvolve a osteoporose?

O remodelamento ósseo é um processo contínuo de retirada de osso para o sangue e formação de osso novo, ocupando 20 a 30% do esqueleto a cada momento. Através do remodelamento, o tecido ósseo substitui células velhas por novas (o que ocorre em todos tecidos) e o organismo pode dispor de elementos importantes que são armazenados nos ossos, como o cálcio.

Os osteoclastos são as células responsáveis pela reabsorção durante o remodelamento.

No início de cada ciclo de remodelamento os osteoclastos escavam o osso, formando lacunas na sua superfície e cavidades no seu interior. Após cerca de duas semanas os osteoclastos são deslocados pelos osteoblastos que em um período aproximado de três meses preenchem a área absorvida com osso novo.

Até aproximadamente 30 anos de idade a quantidade de osso reabsorvido e reposto é igual. A partir daí, inicia-se um lento balanço negativo que vai provocar, ao final de cada ativação das unidades de remodelamento, discreta perda de massa óssea. Inicia-se, portanto, um lento processo de perda de massa óssea relacionada com a idade - osteoporose senil - no qual, ao longo de suas vidas, as mulheres perderão cerca de 35% de osso cortical (fêmur, por exemplo) e 50% de osso trabecular (vértebras), enquanto os homens perderão 2/3 desta quantidade.

Além desta fase lenta de perda de massa óssea, as mulheres têm um período transitório de perda rápida de osso no qual a queda de estrógenos circulantes, que ocorre desde a pré-menopausa, desempenha papel importante. O período transitório de perda rápida pode se manter por 4 a 8 anos, nos quais a perda óssea chega até a 2% ao ano. O osso trabecular é metabolicamente mais ativo e mais responsivo às alterações do funcionamento do organismo o que pode explicar porque, neste tipo de osso, a perda óssea inicia-se, em ambos sexos, na terceira década e a massa total de osso declina 6 a 8% a cada 10 anos. Também a resposta à queda estrogênica é mais intensa, havendo grande aceleração do remodelamento ósseo e perda de 5 a 10% de massa óssea ao ano em 40% das mulheres - osteoporose da pós-menopausa.

Observam-se, portanto, dois padrões distintos de alterações no funcionamento das unidades de remodelamento que levarão à osteoporose. Um é lento e dependente da idade - osteoporose senil - e relacionado com defeito na formação óssea; os osteoclastos produzem lacunas de profundidade normal ou até menores, mas os osteoblastos são incapazes de preenchê-las completamente.

Já as modificações que ocorrem com a queda de estrógenos levam a um remodelamento onde há maior número de osteoclastos e cada um produz uma cavidade mais profunda; também há aumento da atividade dos osteoblastos que tentam corrigir o defeito mas não conseguem, caracterizando o remodelamento acelerado onde a atividade de reabsorção é maior e, no final de cada ciclo, haverá um declínio significativo de massa óssea - osteoporose da pós-menopausa.

Fatores de risco para osteoporose

A massa óssea do adulto - pico de massa óssea - reflete o acúmulo de tecido ósseo ocorrido durante o crescimento. Parece chegar ao limite máximo ao redor dos 17 anos de idade, podendo estender-se até ao redor dos 30 anos.

Predispõem à osteoporose fatores que induzem a um baixo pico de massa óssea e aqueles que são responsáveis por perda excessiva ou baixa produção.





Genéticos

Raça branca ou asiática

História familiar

Baixa estatura

Massa muscular pouco desenvolvida



Estilo de vida

Baixa ingesta de cálcio

Sedentarismo

Exercício excessivo levando a amenorréia (ausência de menstruação)

Pouca exposição solar

Nuliparidade

Tabagismo (*)

Alcoolismo (*)

Dieta vegetariana (*)

Alta ingesta de proteínas permanentemente (*)

Alta ingesta de cafeína permanentemente (*)

(*) Associado com os outros fatores



Ginecológicos

Menopausa precoce sem reposição hormonal

Primeira menstruação tardia

Retirada cirúrgica de ovários sem reposição hormonal

Ligadura das trompas (+)

Retirada cirúrgica parcial do útero (+)

(+) Risco de diminuição da função ovariana por insuficiência vascular.

Manifestações clínicas

Os sintomas são secundários às fraturas. Quando ocorre nas vértebras, a dor pode ser de dois tipos. Uma é aguda, localizada, intensa, mantendo a paciente imobilizada e relacionada com fratura em andamento. Em situações de dor aguda, inicialmente ela pode ser mal localizada, espasmódica e com irradiação anterior ou para bacia e membros inferiores. A fratura vertebral pode ainda não ser observável com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. A paciente se mantém em repouso absoluto nos primeiros dias. Mesmo sem tratamento, a dor diminue lentamente e desaparece após duas a seis semanas, dependendo da gravidade da fratura. Quando a deformidade vertebral residual é grave, pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta aparecer tardiamente.

Também ocorrendo com freqüência, a dor pode ser de longa duração e localizada mais difusamente. Nestes casos, ocorreram microfraturas que levam a deformidades vertebrais e anormalidades posturais e conseqüentes complicações degenerativas em articulações e sobrecarga em músculos, tendões e ligamentos.

Nova fratura vertebral é comum, repetindo-se o quadro clínico. Nas pacientes com dor persistente, esta se localiza em região dorsal baixa e/ou lombar e, freqüentemente, também referida a nádegas e coxas. Nesta etapa da evolução da doença as pacientes já terão sua altura diminuida em alguns centímetros às custas das compressões dos corpos vertebrais e do achatamento das vértebras dorsais.

Tratamento-Drogas utilizadas

As drogas utilizadas no tratamento da osteoporose atuam diminuindo a reabsorção óssea ou aumentando sua formação.

Agentes anti-reabsortivos

Não há consenso se estas drogas somente estabilizam ou aumentam discretamente a massa óssea ou se produzem ganhos significativos. O acompanhamento dos tratamentos tem mostrado aumento da densidade óssea e diminuição do número de fraturas mas o ganho de massa óssea pode não superar o limiar de fratura, principalmente se forem iniciados tardiamente.

Estrógeno

A Reunião de Consenso do III Simpósio Internacional sobre Osteoporose, em 1990, estabeleceu que estrógenos são o tratamento de escolha na osteoporose da posmenopausa. A fase acelerada de perda óssea que ocorre em 40% das mulheres logo após a menopausa é responsável por 30% a 50% de todo osso perdido ao longo de suas vidas. Portanto, o tratamento deve ser iniciado precocemente a fim de prevenir a queda inicial de massa óssea. Com esta conduta, consegue-se diminuir em 50% a incidência de fraturas. A reposição hormonal deve ser mantida pelo menos 5 a 8 anos, correspondendo ao período do climaterio em que o remodelamento ósseo é mais acelerado. Após a suspensão do tratamento, mesmo que seja com menor intensidade, retornam os ciclos de remodelamento com balanço negativo, sendo prudente, se não houver contra-indicação, a permanência da hormonioterapia de reposição por 20 anos ou mais.

Quando a osteoporose está estabelecida, os resultados são menos eficazes mas ainda positivos. Não há idade limite para se iniciar reposição hormonal. A rigor, se houver densidade óssea abaixo de um desvio padrão para a idade, o tratamento deve ser indicado pelo menos para mulheres até 75 anos de idade (ver adiante: terapêutica combinada). Entretanto, nestes casos, outras drogas anti-reabsortivas podem estar melhor indicadas.

Controvérsias a respeito de contra-indicações e para-efeitos de estrógenos permanecem. Recomendamos a toda paciente que pretende usar hormônios indispensável aconselhamento e acompanhamento com ginecologista.

Os defensores do uso de estrógenos afirmam:





A maior incidência de câncer de endométrio é eliminada com o uso de progestágenos.



Não está estabelecido que estrógenos provocam câncer de mama e seu uso não se acompanha de maior mortalidade. Ao contrário, as tomadoras de estrógenos estão indiretamente protegidas porque fazem acompanhamento médico adequado. Mesmo assim, história familiar de câncer de mama é contra-indicação ao uso de estrógenos.



Quanto às doenças cardiovasculares, o uso de estrógenos diminue os níveis de colesterol total e LDL e aumenta HDL; alem disto, atua diretamente em estruturas da parede vascular produzindo um efeito anti-trombótico. Progestágenos tem efeito contrário mas adequando-se doses menores conseguem-se bons resultados.

Calcitonina e Bisfosfonatos

Inibem a atividade dos osteoclastos. Têm as mesmas indicações e resultados que os estrógenos e ação analgésica que torna atraente seu uso em fraturas por osteoporose. É uma alternativa para as mulheres que não podem ou não querem usar estrógenos.

As calcitoninas de salmão são as mais resistentes a degradação no homem e, por isto, são as mais potentes. Porém, o uso de calcitonina tem se restringido aos pacientes que não toleram bisfosfonatos e também aos episódios de fratura. Sempre que for prescrito calcitonina deve-se acrescentar pelo menos uma tomada de cálcio suplementar 1 a 2 horas após. Densitometrias de controle não antes de 1 ano e os novos marcadores bioquímicos são indispensáveis nestes casos.

Há formas distintas de bisfosfonatos com potência e tempo de ação diferentes que são utilizados para outras doenças ósseas. Etidronato é o mais antigo bisfosfonato usado em osteoporose e, mais recentemente, foram lançados o alendronato e o residronato. São altamente eficazes.

Os bisfosfonatos devem ser administrados longe de refeições e é necessária suplementação de cálcio.

Cálcio

A quantidade de cálcio alimentar necessária para manter a massa óssea é desconhecida. Propõe-se que adolescentes recebam 1200 a 1500mg/dia, homens 800 mg, mulheres na premenopausa 1000 mg, mulheres na posmenopausa 1500 mg, mulheres grávidas e em período de lactação devem receber 1200 a 1400 mg/dia e idosos 1200 a 1600 mg/dia.

O pico de massa óssea atingido na idade adulta tem um componente genético importante mas, certamente, deficiência de injesta e aumento de oferta interferem em alguma proporção. Trabalhos que estudaram a influência do cálcio no ganho de massa óssea em osteoporose da posmenopausa e senil estabeleceram em 1200 a 1500 mg a quantidade a ser administrada por dia.

Pode haver suplementação alimentar e é importante o uso noturno, principalmente em idosos, devido ao jejum prolongado. Um copo grande de leite, um copo de yogurt ou um pedaço grosso de queijo tem 300 mg de cálcio.

Vitamina D3

O uso de vitamina D3 nos idosos é indispensável para aumentar a absorção intestinal de cálcio e estimular o remodelamento ósseo. Recomenda-se o uso de 800 U de vitamina D3 ou 0,50 ug de calcitriol ou alfacalcidol.

Estimulantes da formação óssea





Fluoreto de sódio

Fluoreto de sódio é um potente estimulador da atividade osteoblástica. Vários estudos mostram aumento da densidade do osso trabecular mas, aparentemente, sem reduzir o número de fraturas. São muito pouco utilizados, limitando-se às situações em que precisamos estimular o osteoblasto. (Ver terapêutica combinada).



Paratohormônio (PTH) intermitente em doses baixas

O efeito positivo sobre aumento da densidade óssea com o uso de PTH em doses baixas intermitentes tem sido citado na imprensa leiga. Ainda está sendo usado somente em pesquisa. À semelhança do que ocorre com fluoreto, parece que, dependendo da dose e tempo de uso, PTH pode aumentar a osteoporose. Enquanto estas questões não estiverem resolvidas o PTH não poderá ser usado rotineiramente no tratamento da osteoporose.



Exercícios e prevenção de quedas

Em uma extensa revisão, concluiu-se que exercícios de carga são úteis como coadjuvantes ao tratamento, em qualquer idade. Eles devem ser mantidos regularmente pois sedentarismo leva à perda do que se ganha com exercícios prévios. Os indivíduos não-osteoporóticos também devem ser estimulados a praticar exercícios tais como caminhar e correr. A manutenção de musculatura potente e a destreza que a prática de exercícios e esportes mantém são importantes para a prevenção de quedas. Os idosos devem ser aconselhados a evitar calçados com solado de couro, escadas sem corrimão, levantar-se rapidamente, tapetes soltos, assoalho encerado e tantos outros fatores de risco para quedas.

Terapêutica combinada

A racionalização desta proposta é ativar, deprimir, liberar, repetir. Parece ser o esquema que mais se adequa ao tratamento da osteoporose senil. Inicialmente, é dado um medicamento que estimule a formação e, após, outro que diminua a reabsorção óssea. Um período livre, teoricamente, permite às áreas de remodelamento aumentarem a fabricação de osso. Vários esquemas tem sido testados. Parece sensata a associação fluoreto de sódio/cálcio como estimulantes dos osteoblastos e calcitonina ou bisfosfonatos como depressores da atividade dos osteoclastos. A dose de fluoreto de sódio recomendada é 30 a 40 mg ao dia durante 2 a 3 meses e a oferta de cálcio diária ao redor de 1500 mg, sempre com uma tomada à noite. O cálcio deve ser mantido mesmo após a suspensão do flúor. Devido à intolerância que os pacientes idosos podem apresentar, a associação medicamento/leite ou yogurt é boa alternativa. Vitamina D3 800 U ou 0,50ug de calcitriol ou alfacalcidol são indispensáveis em idosos. Quando disponível, PTH deverá ser o estimulante de escolha.

Conduta na Mulher na Perimenopausa

Não se dispõe de terapêutica que reestruture a microarquitetura do osso. Portanto, prevenção é a conduta prioritária no manejo de osteoporose da posmenopausa e senil.

Se a paciente iniciar reposição hormonal para tratamento de fogachos, atrofia vaginal, prevenção ou controle de dislipidemia ou, simplesmente, por decisão pessoal, já estará prevenindo ou tratando osteoporose. Nestes casos, densitometria óssea não é indispensável desde que haja intenção de manter o tratamento por tempo prolongado. Porém, se a hormonioterapia for suspensa por algum motivo, a paciente deve ser alertada e sugerida densitometria óssea e dosagem dos marcadores ósseos.

Não havendo outras indicações para estrogenioterapia, as medidas da densidade óssea e dos marcadores ósseos devem ser exames de rotina pois permitem detectar-se precocemente estados de osteopenia e remodelamento ósseo acelerado (excesso de saída de massa óssea) que, se bem conduzidos, terão grande chance de não evoluirem com futuras fraturas.

Sempre que houver marcador de reabsorção aumentado (N-teplopeptídeos ou D-piridinolina) está indicado tratamento, mesmo com densitometria normal.

Se a densidade óssea estiver diminuída mais do que um desvio padrão da média normal, deve ser iniciado tratamento de reposição hormonal ou outra alternativa se a paciente não quiser ou houver contra-indicação.

Se a densidade óssea estiver ao redor de um desvio padrão abaixo do normal e os marcadores estiverem normais o tratamento não é mandatório e a densitometria deve ser repetida entre 1 a 2 anos. A presença de fatores de risco antecipa a data do re-exame mas não parece lógico antes de 1 ano.

A terceira possibilidade é densidade óssea e marcadores ósseos normais. Neste caso, não há necessidade de hormônios e a densitometria não precisa ser repetida antes de 2 anos. Não há protocolos rigorosos nesse sentido mas é prudente não manter-se mais do que 3 anos sem controle.





















OBESIDADE

A Obesidade é a doença crônica mais comum no mundo Ocidental.

A causa é mista: genética, psíquica e comportamental.

Existem alterações em alguns genes que comandam a sensação de fome e saciedade.

Acredita-se que exista uma alteração genética que cause a obesidade.

Também sabemos que todo obeso tem uma alteração psíquica que o induz a superalimentação de forma compulsiva. Todo paciente obeso tem perfil compulsivo.

Criamos nossos filhos com medo de que freqüentem as ruas por seqüestros, atropelamentos, etc., e, desde cedo as crianças são acostumadas a ter prazer sentadas no sofá assistindo TV, jogando videogames ou brincando no computador.

Assim as crianças estão sendo estimuladas a levarem uma vida totalmente sedentária.

Outro erro familiar ocorre quando adultos comem e, geralmente alimentos inadequados, na frente das crianças, sugestionando-as a fazerem o mesmo.

Não é mais prático oferecer a criança um fast food do que uma refeição? Seus filhos não gostam do McDonalds?

Somos vítimas do marketing promovido pelas fábricas de guloseimas, onde embalagens coloridas e propagandas tentadoras nos induzem a compulsão. Sempre caímos, também, na armadilha dos crocantes: Você consegue parar de comer batatas fritas Pringles ou chocolates Bis enquanto houver unidades à vista?

A conseqüência da ingestão de calorias ser maior do que o gasto é a Obesidade.

Por esses motivos dizemos que “O Mundo está engordando” a largos passos.

Nos Estados Unidos 50% da população é obesa e, 25% das crianças são obesas.

O país está passando por um mutirão de emagrecimento nacional chamado Shape up América, numa tentativa de controlar essa Epidemia que não respeita raça, idade, sexo ou classe social.

Até os países muito pobres também estão tendo problemas de obesidade, pois o excesso de carboidrato, que é o alimento mais barato do mundo atualmente, engorda e muito.

Concluindo, entendemos que a origem da obesidade tem sua porção genética e psicológica que independe de nossa vontade, mas também tem a parte comportamental onde o erro é de nossa responsabilidade: má orientação alimentar familiar e falta de atividade física.

Classificação

A classificação dos obesos é feita baseada no Índice de Massa Corporal (IMC).

Esse cálculo matemático é feito dividindo-se o peso do paciente (em quilos) pelo quadrado da sua altura (em metros). Por exemplo: Um paciente que pese 132 Kg e tenha 1,77 m de altura terá um IMC de: 132 / (1,77)2 = 42,13 Kg/m2.

Uma pessoa IMC até 25 é considerada normal. Com o IMC acima desse valor a pessoa é considerada obesa.

Obviamente esse critério tem significado para pessoas musculosas, onde o excesso de peso é constituído de proteínas musculares. Por esse motivo o IMC não é muito fidedigno.

Existe um método muito preciso para avaliar a percentagem exata de água , gordura e massa sem gordura. É a bioimpedância. Entende-se que perder peso é interessante quando essa perda for às custas de gordura. Os “diuréticos, laxantes e a sauna” diminuem o IMC porque diminuem a quantidade de água do organismo, mas não diminuem a percentagem de gordura pela bioimpedância. Logo, esses recursos não auxiliam, verdadeiramente, nenhuma dieta.

Um paciente com IMC entre 25 e 30 é classificado como indivíduo com excesso de peso.

Já o paciente com IMC entre 30 e 35 é classificado como Obeso Tipo I.

Um IMC entre 35 e 40 situa o Obeso Tipo II.

Quando o IMC ultrapassa 40 classificamos o paciente como Obeso Mórbido.

Nos Estados Unidos existem 4 milhões de pessoas com obesidade mórbida, e no Brasil existe 1milhão de obesos mórbidos.

Quanto ao tipo de distribuição da gordura podemos classificar o obeso em:

a) Maçã (Andróide ou Tipo Masculino) A gordura fica centralizada no abdômen.

Esse tipo de obeso tem maior risco de vida

b) Pêra (Ginecóide ou Tipo Feminino) A gordura fica predominante no quadril.

Esse tipo de obeso tem mais dificuldade em se locomover

Conseqüências

A Obesidade é causadora direta de várias outras doenças chamadas Comorbidades.

As Comorbidades mais freqüentes são: Hipertensão Arterial, Diabetes Tipo II, Coronariopatias (angina e infarto cardíaco), Insuficiência Cardíaca, Artropatias (principalmente por sobrecarga de peso nos joelhos), Psicopatias, Apnéia do sono (parada respiratória fatal durante o sono), Esofagite de Refluxo, Hipercolesterolemia (aumento do colesterol), e outras.

Acredita-se que essas doenças tenham tanta relação com a obesidade que mesmo em pacientes pouco obesos o tratamento delas passa obrigatoriamente por uma perda máxima de peso.

Sabe-se que 90% dos obesos tem pelo menos 1 comorbidade e que 30% deles tem 3 ou mais comorbidades.

A diabete tipo II antigamente era típica de adultos obesos, agora, surge também em crianças.

Acredita-se que a causa dessa mudança seja o excesso de peso infantil.

Hoje se sabe que a diabete tipo II é causada pelo excesso de peso. O paciente que é “diabético tipo II” tem tanto prejuízo em tantos órgãos que seria injusto observarmos pacificamente a obesidade nesse grupo.

A orientação atual é: Caso o paciente não apresente resposta rápida e adequada ao tratamento clínico deve ser induzido ao tratamento cirúrgico, mesmo com Índice de Massa Corporal abaixo de 35. Essa conduta pode reduzir em muito a mortalidade dos pacientes diabéticos do tipo II obesos.

Alguns especialistas até dizem que “O tratamento do diabético tipo II obeso é cirúrgico”.

Um famoso trabalho sueco acompanhou pacientes diabético tipo II obesos por 8 anos após a cirurgia e concluiu que a melhora foi grande logo após a cirurgia e que essa melhora persistiu por todo o período estudado (os 8 anos).

A hipertensão arterial ocorre freqüentemente no obeso. Estima-se que 75% dos hipertensos são obesos. Esse alto grau de correlação sugere, fortemente, que a obesidade seja uma grande causadora de hipertensão arterial. Dessa forma, o melhor tratamento para o obeso hipertenso é emagrecer.

O infarto cardíaco nas mulheres está muito relacionado à obesidade . A maioria das mulheres que enfartam são obesas.

Os distúrbios de sono do obeso causam acidentes de automóveis com freqüência 7 vezes maior que entre motoristas não obesos.

Existe também uma correlação entre obesidade e alguns tipos de câncer como: mama, ovário e intestino.

Por essas comorbidades o paciente obeso tem uma sobrevida reduzida (mortalidade em idade precoce). O obeso mórbido tem risco de morte 12 vezes maior que um indivíduo com o peso normal. A maioria não sobrevive aos 60 anos. Nos Estados Unidos ocorrem 300.000 mortes por ano devidas a obesidade. Além disso, a qualidade de vida dos obesos é afetada devido às limitações físicas, sociais, profissionais, etc..

Acreditamos que a obesidade causa prejuízo médico, psicológico, social e econômico.

O governo americano estima um gasto de US$ 35 bilhões por ano com a obesidade.

Em cada 10 brasileiros 4 estão acima do peso.

No Brasil há 1 milhão de obesos mórbidos e morrem 80.000 obesos por ano, devido as comorbidades.

Tratamento Clínico

O tratamento da obesidade deve ser sempre clínico e orientado por um endocrinologista.

É baseado em reeducação alimentar, incentivo a atividades físicas, apoio psicológico e freqüentemente conta com apoio de medicamentos como:

a) Antidepressivos: Pois algumas vezes a depressão pode causar a fome compulsiva.

b) Hipofagiantes: Diminuem a fome se dividem em 2 subtipos:

b1) Anorexígenos: Diminuem o apetite.

b2) Sacietogenos: Aumentam a sensação de saciedade.

c) Excretores: Promovem a excreção da gordura ingerida na alimentação.

O tratamento clínico da obesidade tem caráter eterno, pois a tendência para engordar é também eterna nessas pessoas.

Os endocrinologistas recomendam algumas “dicas universais”:

a) Comer as coisas certas com freqüência e fazer várias refeiçõezinhas por dia.

A filosofia por traz dessa dica é nunca passar fome, pois a fome provoca a diminuição da serotonina, isso provoca uma alteração psíquica, chamada de “binge” pelos americanos, que, por sua vez provoca uma “compulsão enlouquecida” que faz o paciente assaltar a geladeira inteira, pondo a perder o sucesso da dieta.

b) As fórmulas mágicas, com diuréticos e laxantes, além de não darem resultado satisfatório, podem causar danos à saúde. O único caminho para emagrecer é a “reeducação alimentar com prática de atividade física regular”.

c) Nunca encha o estômago. O estomago é uma bolsa distensível. Conserve-o sempre pequeno.

d) Coma com calma, mastigando bem os alimentos, pois após 20 minutos de mastigação lenta a fome terá passado. Inicie a refeição com saladas para conseguir um pouco de saciedade antes do prato quente.

e) Beba muita água durante o dia, pelo menos de 6 a 8 copos.

f) Evite as gorduras saturadas de origem animal, como as carnes vermelhas, queijos amarelos, leite, ovos, manteiga. Elas aumentam o nível de colesterol ruim (LDL). Essa gordura tende a depositar-se na região abdominal.

Prefira as gorduras poliinsaturadas, como peixes, amendoim, óleo de soja e milho, ou as monoinsaturadas, como azeite de oliva e óleo de girassol e canola. Estas, sem exagero, aumentam o colesterol bom (HDL).

g) Não adianta fazer uma dieta frenética por 2 meses para emagrecer rapidamente 10 quilos pois em pouco tempo você recuperará esses quilos. Está provado que 85% dos pacientes que fazem dietas frenéticas recuperam o peso em 2 anos. Além disso, essas dietas fazem mal a saúde pois o paciente fica privado de certos elementos (conforme a dieta utilizada).

O ideal é aceitar uma reeducação alimentar e adotá-la por toda a vida, ingerindo uma dieta balanceada e variada, comendo todos os tipos de proteína, gorduras certas e os carboidratos em quantidade adequada, acompanhada de atividade física e tratamento psicológico.

Lembre-se que do total de calorias consumidas por uma pessoa 60% deve vir dos Carboidratos, 30% das gorduras e 10% das proteínas.



Alimentos ricos em nutrientes para pessoas extremamente debilitadas, anemia, hiv, câncer, etc... ajuda a aumentar o sistema imunológico e prevenir doenças.



GELEIA REAL

Regeneração celular

Foi comprovado cientificamente que o envelhecimento humano inicia-se no sistema nervoso central denominado mesencéfalo. A geléia real contem substancias que atuam nesta região desacelerando o processo de degeneração celular e retardando o envelhecimento. A ação conjugal de todos os elementos nela encontrados combate outros fatores secundários no processo de envelhecimento, como radicais livres e o stress, regenerando as células e contribuindo para o bom funcionamento de todos os órgãos do corpo e para um perfeito equilíbrio orgânico.

Ação Anticancerígena

O acido 10- hidroxidecenioco possui ação anticancerígena comprovada, auxiliando na prevenção e combate ao câncer. Esta substancia e bastante eficaz como cicatrizante possuindo também propriedades antibióticas. Em casos de queimaduras e outras lesões da pele podemos aplicar a geléia real diariamente no local proporcionado resultados mais rápidos e eficaz

Fertilidade e distúrbio sexual

A geléia real contem as principais substancias formadoras de semens ( zinco e aminoácidos) . Apresenta bons resultados no tratamento de impotência sexual. Atual na regularização dos ciclos hormonais feminino, diminuindo os sintomas da menopausa e normalizando os ciclos menstruais.

Vigor físico

Aumenta a reserva de nutriente no organismo, elevando seu desempenho nas atividades físicas diária. Diminui o stress e a fadiga, proporcionado maior disposição física rapidez de raciocínio.

Função orgânica

Auxilia na regularização das funções do sistema nervoso, cardiovascular, aparelho digestivo e respiratório fígado e rins.

Tratamento de pele

Renova as células cansadas da pele sendo indicadas no tratamento de prevenção a acnes, espinhas, rugas, e linhas de expressão. Pode se aplicada como mascara facial, deixando agir por 60 minutos ou em repouso durante a noite. Estimula o crescimento dos cabelos, vitalizado toda estrutura capilar e auxiliando a formação da queratina.

Uso pediátrico

Complementa a alimentação, contribuindo para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Normalizando o apetite auxiliando o tratamento de raquitismo, anemia e crianças com crescimento insuficiente.

Outros benefícios

Regulariza seu metabolismo energético. Auxiliando o tratamento de ulceras, diabetes, pos operatório de câncer e outras doenças degenerativas.

Macronutrientes: kcal 137/ unidades 70% proteínas 12% carboidrato 11% lipídeos 5 %

Vitaminas Minerais Aminoácidos (% em 100 g)

Tiamina (b1)..0,59 mg

Riboflavina (b2) 1,10 mg

Acido pantotêrico (b5)..8,44 mg

Piridoxina (b6)..0,60 mg

Cianocolobalamina (B12)..0,60 mg

Biotina (h)........0,11 mg Acido fólico...........0,84mg

Colina .........0,14mg

Niacina(pp)...4,82mg

Inositol ......20,60mg

A,C,D e E são encontradas em pequenas quantidades Cálcio 11,20mg

Ferro 6,20mg

Zinco 7,60mg

Fósforo 40,00mg

Potássio 801,00mg

Magnésio 85,40 mg Cobre 1,40 mg

Magnésio 0,20mg

Sodio104,00mg

Possui também, cilício ,cloro, alumínio, cobalto Lisina ...0,91%

Glicina 0,38%

Histina 0,28%

Alanina 0,39%

Argenina 0,72%

Cistina 0,12%

Ac. arpartico 2,10%

Treonina...... 0,52%

metionina .......0,22%

Serina ......0,68%

Isoleucina.0,55%

Ac Glutanio..........1,14%

leucina.............0,94%

Prolina ............0,53%

Tirozina...........0,29%

Fenilalanina....0,53%

Triptofano.......0,19%

A Geléia Real fornece em media 4 kcal/dia, não afetando a quantidade de calorias em dietas e regim





QUINOA: CONHEÇA ESTE NOVO ALIMENTO





Você já ouviu falar neste poderoso e mais novo alimento? Consumida pelos incas, há mais de 8 mil anos, era o alimento principal do povo das montanhas. Aqui no Brasil há pouco tempo fala-se sobre este alimento. Devido ao seu alto valor nutritivo, muitos já conhecem este grão que pode trazer muitos benefícios à saúde.







A Quinoa, ou Quinua Real, como também é conhecida, é um grão originário da Bolívia e com alto poder nutritivo. Pra você ter uma idéia, este grão possui proteína de alta qualidade, baixo teor de colesterol, além das grandes quantidades de vitaminas e minerais presentes. O sabor é leve, semelhante à soja e a cada dia conquista espaço na mesa dos brasileiros.

Podemos destacar também a quantidade de fibras presente. As fibras colaboram com o bom trabalho intestinal, ajudam no controle dos níveis de colesterol e glicemia no sangue, entre outras funções importantes para o organismo.


Outra vantagem da quinoa é não ter o glúten em sua composição, dessa forma as pessoas com intolerância ao glúten, a chamada doença celíaca, também podem desfrutar deste alimento.



Aqui no Brasil é uma novidade, a primeira colheita das sementes da quinoa foi feita em 2002, este processo foi acompanhado pelo pesquisador Carlos Spehar da Embrapa Cerrador (Planaltina/DF). A grande parte da quinoa consumida aqui ainda é importada, por este motivo o produto é mais caro.



Atualmente, agrônomos, engenheiros de alimentos e outros profissionais pesquisam cada vez mais sobre a quinoa, além de descobrir os benefícios nutricionais, também é analisada a forma de plantio para que seja possível a adaptação ao solo brasileiro.



De que forma consumir?



Este maravilhoso alimento pode ser aproveitado desde as folhas, que podem ser preparadas refogadas, assim como preparamos a couve-mineira, o espinafre, etc, até os botões das flores que podem ser consumidos como brócolis. O grão, que é a forma de mais fácil aquisição, pode ser utilizado de várias maneiras: cozido e temperado como salada, cozido como arroz, utilizado no preparo de sopas, etc.



A farinha é utilizada para preparar mingaus, pães, pudins, massa para panqueca, biscoitos, enfim, basta ter criatividade e aproveitar de diversas formas este alimento.



Onde encontrar?



Você já encontra a quinoa em grãos, farinha e flocos e está disponível em lojas de produtos naturais e alguns supermercados.



Conheça as propriedades nutricionais da quinoa



Em 100g de quinoa:

Calorias (kcal) 335

Carboidratos (g) 68

Proteínas (g) 12

Lipídeos (g) 5 5

Cálcio (mg) 112 112

Fósforo (mg) 286 286

Ferro (mg) 7,50 7,50

Fibras (g) 5,10 5,10

Além destes nutrientes, outros também estão presentes na quinoa, como vitamina B1, B2, B3, C, E, magnésio, potássio, ferro, zinco e manganês.



Como você pode perceber é um alimento bastante nutritivo, mas assim como qualquer outro alimento é importante consumi-lo como parte de uma alimentação saudável e balanceada.





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Complemento Alimentar ,vitaminas ,sais Minerais ,aminoácidos ,alimento saudável para regimes especiais.Sua formula auxilia a combater as deficiências biológicas do organismo ,melhorando o seu desempenho físico e mental ,rica em energia ,que ajuda a combater os radicais livres.

O mais completo Suplemento Alimentar.



Composição :



Vitamina B1- é conhecida como a vitamina da disposição.Proporciona notáveis efeitos benéficos para as funções físicas e mentais.Auxilia o processo de digestão.



Vitamina B2- propicia a formação da pele, unha e cabelo saudáveis.Beneficia a visão e alivia o cansaço dos olhos.Auxilia na metabolização e absorção de carboidratos, gorduras e proteínas, importantes para o oganismo.



Vitamina B6- têm a propriedade de reduzir a frequência de dores musculares noturnas, cimbras, dormência, nas mãos e algumas formas de neurites.Contribui para evitar diversas formas de pertubações nervosa e alguns tipos de afecções da pele.



Vitamina C- por aumentar a capacidade de defesa do organismo tem a propriedade de diminuir a incidência de diversos tipos de infecções bacterianas e viróticas.

Age eficazmente na prevenção e tratamento das gripes e resfriados comuns.Contribui para diminuir os indices de colesterol no sangue e a incidência de coágulos nas veias (agregação plaquetária).Auxilia a evitar a formação de substâncias causadoras do câncer (nitrosaminas).Têm a propriedade de acelerar os processos de cicatrização.



Ácido Glutâmico- serve principalmente de combustível para o cérebro.Têm a capacidade de absorver o excesso de amônia que pode inibir uma alta perfomance cerebral e convertê-la no tampão glutâmica.



Lisina- este aminoácido é vital para a formação de proteínas muito importantes.É necessário para o crescimento, a reparação dos tecidos e a produção de anticorpos, hormônios e enzimas.



Finalidade :



Recomenda-se para os desportistas, pessoas estafadas e em estado de convalescença.



Modo de usar :

Tomar diariamente um frasco dissolvido, em meio copo d´água ,após as refeições .em caso de ser necessário uma recuperação masi rápida ,poderá tomar duas doses diárias ,uma no almoço ,outra no jantar.Um ciclo se completa com 3 caixas podendo ter seu uso em doses de manutenção em dias alternados. Não é quantidade que traz efeitos eficazes ,ma sim a PERMANÊNCIA DO USO INICIAL ,que é muito importante.







História do Cogumelo do Sol



Os cogumelos são fungos conhecidos desde a antiguidade quando o homem já os utilizava como um alimento de elevado valor nutritivo e terapêutico. No entanto, na natureza, existem centenas de espécies diferentes de cogumelos, sendo que alguns são venenosos, outros alucinógenos e também aqueles que possuem propriedades medicinais curativas e até afrodisíacas.

O consumo de cogumelos no Brasil, ainda é muito pequeno em relação ao povos europeu e asiático, onde estima-se ser de 70g por habitante por ano.

Nos últimos anos, o consumo de cogumelos comestíveis vem aumentando e ganhando destaque em virtude do seu sabor refinado, do seu valor nutritivo e, ainda, pelo seu potencial de uso medicinal.

Recentemente, o cogumelo Agaricus blazei, também chamado popularmente de "Cogumelo do Sol", vem sendo relatado como um produto com propriedades medicinais, despertando grande interesse por parte da comunidade médica e científica de instituições no Brasil e em outros países.

O cogumelo do sol é de ocorrência natural das regiões serranas da Mata Atlântica do sul do Estado de São Paulo e, segundo relatos de produtores, a espécie nativa foi coletada inicialmente no Brasil por um agricultor e estudioso (Sr.Furumoto),que cultivou entre as décadas de 60 e 70, quando algumas amostras foram levadas para o Japão com o interesse de se estudar suas propriedades medicinais. Devido às condições climáticas serem favoráveis ao cultivo deste cogumelo, matrizes reproduzidas ainda no Japão foram enviadas de volta ao brasil e, desde então, várias técnicas de produção têm sido adaptadas.

Indicações de uso Cogumelo do Sol

Além de ser indicado como fortalecedor do sistema imunológico, como tônico, o Cogumelo do Sol tem sido estudado por cientistas de todo o mundo devido a sua ação antitumorial. A procura de substâncias ou métodos que aumentem ou potencializem o sistema imunológico do corpo humano, de forma a induzir uma resistência sem causar efeitos colaterais aos organismos, tem sido uma das mais importantes buscas da ciência na cura contra o câncer. Estudos sobre o desenvolvimento de agentes antitumoriais, baseados nesta idéia, têm tido algum processo a partir de polissacarídeos extraídos de cogumelos (Chihara, 1978). Um dos primeiros estudos sobre o potencial de aplicação médica dos cogumelos data de 1959 (Chang & Hayes), quando um possível agente antitumorial descrito como Clvacina foi isolado do cogumelo Calvatia gigantea. Além deste, possuía também uma forte atividade antitumor, o shitake (Lentinus edodes) (Chihara, 1978; Chang & Heyes, 1978, 1989) Estudos realizados no Japão sobre o cogumelo do sol, apontaram para uma possível substância constituída de polissacarídeos de ligação beta glicosídicas associados a determinadas proteínas e dominada de Complexo Glucano-Protéico, evidenciando possuir uma forte atividade antitumorial (Mizuno et al., 1990; Kawagishi et al., 1990; Osaki et al., 1994).



Introdução

O documento mais antigo sobre os cogumelos como agente medicinal vem da Índia, 3000 anos antes de Cristo. Na China os efeitos benéficos de várias espécies de cogumelos foram compiladas no " Shen Nong Ben Cao Jing" uma espécie de matéria médica escrita entre 200 AC e 200 DC.(7-12)

Atribui-se aos cogumelos propriedades antivirais, antibióticas, antiinflamatórias, hipoglicêmicas e antihipertensivas, porém o efeito mais interessante é o antitumoral. Estamos em um momento da historia onde jamais foram tão estudadas as relações entre a diminuição de função do sistema imune e o início do câncer.

Durante a evolução de uma neoplasia maligna, a imunodepressão já existente pode se intensificar em decorrência da própria doença ou pela utilização de terapias agressivas como cirurgias radicais, radioterapia e quimioterapia, atualmente usadas com sucesso relativo dentre o escasso arsenal terapêutico existente. Esta íntima correlação entre a deficiência imunológica e a gravidade da doença é demonstrada em clínica através do estudo dos linfócitos T e B, mais especificamente pelas células CD-4, CD-8 e principalmente pelas células "Natural Killer" (CD-56). As células NK apresentam granulações em seu citoplasma, as perforinas, com poder de destruição de células neoplásicas de uma maneira inespecífica. Vários trabalhos têm demonstrado que o maior número destas células melhora significantemente o prognóstico dos portadores de neoplasias malignas.(5-6)

Importantes universidades de vários locais do mundo têm demonstrado a importância do papel do sistema imunológico no controle do câncer. A imunoterapia é considerada uma arma promissora contra as neoplasias quando em associação com os tratamentos convencionais.

O objetivo de nossa pesquisa é determinar se o Agaricus sylvaticus (Cogumelo do Sol) aumenta o número de células NK, em pacientes com câncer.

Pacientes e Métodos

Foram estudados 70 pacientes com neoplasia maligna, 50 deles do sexo feminino, com idade variando de 18 a 78 anos ,com média de 52,8.

Todos os pacientes tiveram o diagnóstico comprovado por exame anátomo-patológico e a imunofenotipagem das células NK foi realizada por citometria de fluxo antes e depois da administração do Agaricus.

Quanto aos tumores primitivos, 48 eram carcinomas(35 de mama e o restante miscelânea); 17 eram adenocarcinomas ( 4 de próstata, 3 de ovário, 3 de útero, 3 de estômago e 1 de pâncreas) ; 2 eram leiomiomas, 1 era seminoma e 1 era o tumor de Ewing.

Dentre os 70 pacientes, 43 ou 61,5% eram portadores de metástases em um ou mais orgãos: gânglios: 11, pulmão: 10, fígado: 8, ossos: 8 e em outros locais. Administrou-se o Agaricus sylvaticus, diariamente, na dose de 1,6g, 4 vezes ao dia. Utilizou-se a infusão a 100oC do pó do cogumelo ou os comprimidos feitos a partir da infusão ou o extrato obtido em temperatura de 138oC.

Resultados

Dos 70 pacientes que usaram o cogumelo, notamos um aumento das células NK em 53 deles ou 75,7%. No início as células NK que eram em média de 183 + / - 111 apresentaram uma elevação de 52% , atingindo valores de 276 +/- 155, em um período de tratamento de 148 +/- 138 dias, resultado altamente significante ( p< 0,02). Notamos este grande aumento das células NK apesar de 43 pacientes (81,1%) estarem recebendo ativamente radioterapia e ou quimioterapia. Em 17 pacientes não houve a resposta esperada. Um deles manteve o mesmo número de células NK e em 16, houve uma queda de 250 +/- 117 para 168 +/- 67, em um período de tratamento de 126 +/- 98 dias. É importante frisar que esta diminuição de 33% , não apresentou estatística significativa e que 10 destes pacientes , isto é 58,8%, estavam sob radioterapia e ou quimioterapia.

Obs: Análise estatística realizada com teste t de studant pareado.

Discussão

Existem pelo menos 10.000 espécies de cogumelos, 700, comestíveis, 50 a 200 com propriedades medicinais e 50 espécies venenosas. Seis gêneros de cogumelos são responsáveis por 90% da produção mundial de 1,5 milhões de toneladas / ano: Agaricus, Lentinula, Pleurotus, Auricularia, Volvariella e Flammulina.(2-3)

Há centenas de anos tem se atribuído propriedades medicinais aos cogumelos, porém existem poucos estudos sobre os seus efeitos biológicos sobre o sistema imune de seres humanos.

No presente trabalho conseguimos demonstrar que o Agaricus sylvaticus possui a propriedade de aumentar o número de células NK em pacientes com câncer e tal efeito biológico foi eficaz em 75% dos pacientes, apesar de mais da metade deles estarem recebendo quimioterapia e ou radioterapia, procedimentos sabidamente imunossupressores das células NK.

As células NK destroem as células tumorais de um modo não específico e a quantidade destas células no tecido tumoral , possui valor prognóstico. Ishigami, mostrou em 146 pacientes com carcinoma gástrico que, aqueles com alto conteúdo de células NK infiltrando o tumor apresentavam sobrevida de 5 anos de 78%, índice significantemente superior ao grupo com baixo número de células NK intratumoral.(6)

Cosiski, mostrou no câncer cervical, que os pacientes com maior número de células NK no sangue periférico apresentavam melhor prognóstico.(5)

Yamagiwa, notou que o maior o número de células NK , aumenta o efeito antitumoral do tratamento convencional.(11)

Tanaka, demonstrou que a IL-18, poderosa citocina imunoestimulante, induz imunidade tumor - específica, mediada pelo aumento do número e da atividade das células NK.(10)

È importante lembrar que as células NK são muito susceptíveis às espécies reativas tóxicas de oxigênio, perdendo a sua capacidade de aderir às células cancerosas e consequentemente perdendo a sua citotoxicidade.(9) O álcool suprime a função lítica das células NK por efeito direto e por liberação de glucocorticóide (4) e a cloroquina reduz a síntese de perforinas, componente primordial dos grânulos citotóxicos.(1)

Após 1960 pesquisadores japoneses iniciaram investigação sistemática sobre qual substância nos cogumelos era capaz de inibir o crescimento de tumores. Um grande número de moléculas bioativas, foram identificadas sendo a classe dos polissacarídeos considerada a mais potente. Verificaram que maioria dos cogumelos com actividade antitumoral apresentavam em sua composição o Beta 1->3 D glucana, polissacaríde que aumenta o número de células NK e aumenta o número e actividade dos linfócitos T e dos macrófagos.(8)

Nosso estudo conseguiu demonstrar que o Agaricus sylvaticus utilizado como suplemento alimentar possui efeito biológico benéfico nos pacientes portadores de neoplasias malignas, aumentando o número de um tipo de células de capital importância no prognóstico do câncer, as células NK.

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília/DF), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Fundação de Apoio à Pesquisa Dalmo Giacometti estarão promovendo, no período de 5 a 8 de Dezembro, no Hotel Nacional, em Brasília, DF, o I Simpósio Internacional sobre Cogumelos na Alimentação, Saúde, Tecnologia e Meio Ambiente (I SICOG). Pela primeira vez na América Latina, especialistas de sete países ( Brasil, China, Vietnam, Austrália, Iraque, Canadá e Argentina) se reunirão para discutir os benefícios dos cogumelos nessas quatro áreas.

O principal objectivo do Simpósio é estimular a população brasileira a utilizar os cogumelos em sua dieta alimentar e na saúde, já que hoje pouco se conhece acerca dos benefícios gerados por esses fungos. Embora os potenciais dos cogumelos como medicamento e alimento sejam conhecidos e utilizados há séculos por tribos indígenas brasileiras, como os Nambikuara, no Mato Grosso, e os Yanomami, na Amazônia, essa cultura não foi transmitida à actual população.

Entre as aproximadamente 45 mil espécies descritas de cogumelos, cerca de dois mil são conhecidas como comestíveis, 25 são cultivadas e aceitas como alimento, e somente 10 têm se tornado populares entre os países consumidores desses fungos. No Brasil, os cogumelos mais conhecidos são o Champignon de Paris (Agaricus bisporus), Cogumelo do Sol ou Himematsutake (Agaricus blazei Murril), Shitake (Lentinula edodes (Berk) Pegler), Shimeji (Pleurotus ostreatus (Jacq:Fr) Kummer) e Cogumelo Ostra (Pleurotus sajor-caju (Fr) Singer).

Além de serem alimentos de alto valor nutritivo, com quantidade de proteínas quase equivalente a da carne e acima de alguns vegetais e frutas, ricos em vitaminas e com baixo teor de gordura e carboidratos, os cogumelos estimulam o sistema imunológico e têm se mostrado importantes aliados no tratamento complementar de doenças que afligem a população mundial, como o câncer, lupus, hepatite, HPV (Vírus do Papiloma Humano) e AIDS, entre outras.

De 1968 até hoje, o consumo anual no Brasil aumentou de 20 para cinco mil toneladas, mas o consumo per capita no país ainda é muito baixo (apenas 30 gramas por ano) contra dois quilos na França e 1,3 kg na Itália. Cerca de 60% da produção nacional são consumidos in natura e os 40% restantes são absorvidos pela indústria de conservas.





Contra-indicações do uso Cogumelo do Sol



Por se tratar de um produto natural o Cogumelo do sol não possui contra-indicações descritas em literatura.







O que é o Kefir

Para se produzir kefir é necessário conseguir primeiro os grãos de Kefir que contém uma variada flora de microorganismos benéfica ao ser humano.

Uma vez obtidos os grãos de Kefir pode-se ter kefir em casa para sempre, basta cultiva-los ou até mesmo guarda-los em condições especiais por longos períodos quando não estiverem sendo consumidos.

O Kefir para nosso consumo é o leite fermentado por algumas horas com grãos de Kefir, podemos ingerir os grãos também, mas normalmente preserva-se os grãos para a produção de mais Kefir.

Devemos ter em mente que o Kefir é diferente do iogurte, yakult, coalhadas caseiras e similares.

Pessoas tem tentado gerar os grãos de Kefir em casa e o máximo que conseguem é uma coalhada.

O Kefir foi criado na antigüidade e até hoje é desenvolvido sob condições particularmente quase impossíveis de serem repetidas na maioria das nossas residências atuais.

Para se gerar os grãos de Kefir "do nada" hoje em dia seria necessário simular um "ambiente" propício para seu surgimento, como foi feito a mais de 4.000 anos atrás, o que seria extremamente complexo e difícil para a maioria de nós, portanto será muito mais econômico e prático ganhar os grãos do que tentar fazer.

O Kefir pode ser refrigerado para consumo, mas não pode ser colocado no congelador, freezer ou submetido a temperaturas abaixo de 0°C (zero grau centígrado) porque perderá microorganismos que perecerão.

No trato gastrointestinal de crianças recém nascidas são naturalmente encontrados diversos microorganismos contidos no Kefir, com o passar do tempo e também porque provavelmente paramos de consumir muito leite, perdemos esses microorganismos, e eles praticamente só podem ser reencontrados no Kefir.

O uso do Kefir como alimento pode trazer benefícios e auxílio no combate a problemas de:

asma, acne, problemas renais, acidez estomacal, problemas circulatórios, colesterol, reumatismo, osteoporose, hepatite, bronquite, catarro, tuberculose, descontrole da produção de bilis, alergias, enxaqueca, males do cólon, úlceras, problemas digestivos, colites, bactérias hostis,

prisão de ventre, diarréia, candidíase, inflamações intestinais, ansiedade, depressão, diversos eczemas.



Composição do Kefir:

O grão de Kefir é um agrupamento gelatinoso polissacarídeo que tem vários microorganismos em simbiose, e sua complexidade ainda não foi completamente decifrada pela ciência.

Basicamente o Kefir contém:

8 leveduras, 2 bactérias acéticas, cerca de 16 lactobacilos, cerca de 9 streptococci/lactococci, ácido fólico, ácido pantotênico, biotina(vitamina B), cálcio, carboidratos, fósforo, gordura, lactase, magnésio, niacina (vitamina B3), potássio, proteínas, pyridoxina (vitamina B6), triptofano, vários outros aminoácidos benéficos, vitamina B12, vitamina K.









Glossário de Nutrição

A

Aleitamento Materno - Conjunto de processos – nutricionais, comportamentais e fisiológicos – envolvidos na ingestão, pela criança, do leite produzido pela própria mãe, seja diretamente no peito ou por extração artificial.

Alimentação – Processo biológico e cultural que se traduz na escolha, preparação e consumo de um ou vários alimentos.

Alimentação complementar adequada e oportuna – Aquela que se inicia como complemento ao aleitamento materno, a partir dos 4-5 meses de vida, com dietas adequadas em quantidade e qualidade (nutrientes e calorias).

Alimentos complementares ou de transição – Aqueles que se oferece à criança em complementação ao leite materno, a partir dos 4-6 meses de vida, e que são preparados de modo a oferecer uma dieta de consistência gradativamente maior, até que ela possa receber a dieta da família, junto com o leite materno. Atualmente está em desuso o termo alimento de desmame para não dar a idéia de que a introdução de outro alimento na dieta da criança implica a suspensão do leite materno.

Alimentos “in natura” – Produtos ofertados e consumidos em seu estado natural, sem sofrer alterações industriais que modifiquem suas propriedades físico-químicas (textura, composição, propriedades organolépticas). As frutas e o leite fresco são bons exemplos de alimentos “in natura”.

Amamentação exclusiva – Uso de leite materno, habitualmente até aos 6 meses de vida, como único alimento da criança, não sendo admitidos chás ou água como exceção.

Anemia – Redução dos níveis de hemoglobina no sangue para valores abaixo dos limites estabelecidos como normais, de acordo com a idade, sexo e condição fisiológica.

Apoio alimentar – Doação pessoal ou institucional de um ou vários alimentos para pessoas desnutridas ou em risco de desnutrição. O mesmo que suplementação alimentar ou, em alguns países, assistência alimentar.

Assistência alimentar – Ver apoio e suplementação alimentares.

Avaliação antropométrica – Uso de medidas – principalmente peso e altura – como critério para avaliar o crescimento físico e, por extensão, o estado nutricional.

B

Baixo peso ao nascer – Os casos de crianças nascidas vivas com menos de 2.500 gramas.

Banco de leite humano – Centro especializado, responsável pela promoção do incentivo ao aleitamento materno e execução das atividades de coleta, processamento, estocagem e controle de qualidade do leite humano extraído artificialmente, para posterior distribuição, sob prescrição de médico ou nutricionista.

Bem-estar nutricional – Estado orgânico em que as funções de consumo e utilização de energia e de nutrientes se fazem de acordo com as necessidades biológicas dos indivíduos.

Biodisponibilidade – O grau de aproveitamento de nutrientes específicos contidos nos alimentos, tomando como referência o conteúdo total – 100% - do princípio nutritivo considerado.

Bócio – Aumento significativo da glândula tireóide, que passe a extrapolar seus limites normais. Ocorre por deficiência de iodo na alimentação.

C

Caráter intersetorial – Aspecto que considera a co-responsabilidade de dois ou mais de dois setores do governo em relação às causas ou às soluções dos problemas de alimentação e nutrição.

Carências nutricionais – Situações em que deficiências gerais ou específicas de energia e nutrientes resultam na instalação de processos orgânicos adversos para a saúde.

Composição dos alimentos – Valor nutritivo dos alimentos, ou seja, o seu conteúdo em substâncias específicas, como vitaminas, minerais e outros princípios.

Controle de doenças coexistentes – Medidas para prevenir e curar a ocorrência de doenças que agravam o estado nutricional.

Crescimento e desenvolvimento – O primeiro termo refere-se ao aumento de medidas corporais, como peso e altura. O segundo aplica-se ao aparecimento e aperfeiçoamento de funções, como a linguagem, a habilidade motora, as funções cognitivas, a maturidade psíquica e outras.

Cretinismo – Retardo mental resultante da ação adversa da deficiência de iodo na maturação do sistema nervoso da criança.

Critério de sanidade dos alimentos – Princípios e normas para assegurar que os alimentos tenham bom valor nutritivo e não apresentem contaminantes físicos, químicos e biológicos prejudiciais à saúde dos consumidores.

Cuidados nutricionais específicos – Ações recomendadas para situações peculiares de riscos nutricionais, como a anemia, o bócio, a hipovitaminose A e outras condições.

D

Deficiência de ferro - Estado orgânico de carência deste micronutriente, que ocorre quando o consumo alimentar de ferro biodisponível é baixo; quando as perdas de sangue são elevadas; há aumento dos requerimentos por processos infecciosos e ou febris; ou ainda quando ocorrem as duas condições, diminuindo o estoque corporal de ferro, podendo resultar no aparecimento de anemia.

Deficiência primária de iodo – É a deficiência de iodo, inicialmente atribuída à baixa ingestão deste micronutriente.

Deficiência de micronutrientes – Estado orgânico de carência de princípios de nutritivos cujas exigências são muito pequenas, medindo-se em miligramas diárias, como a vitaminas A, o ferro, o iodo e o zinco.

Deficiência energética-protéica – Também chamada desnutrição energético – protéica, refere-se ao estado nutricional que ressalta a deficiência de calorias e de proteínas. Ocorre sobretudo em crianças.

Déficit de altura – Atraso do crescimento estatural, quando comparado com os padrões de normalidade por sexo e idade. Pode ser provocado por desnutrição.

Déficit antropométrico – Atraso nas relações peso/idade, peso/altura, altura/idade, tomando como referências tabelas de normalidade, convencionalmente recomendadas. Pode referir-se a outros índices de medidas corporais.

Desmame – Processo que se inicia com a introdução de qualquer alimento na dieta da criança que não seja o leite materno – incluindo os chás e a água – e que termina com a suspensão completa do leite materno.

Desnutrição – Termo genérico usualmente empregado para discriminar deficiências nutritivas, referindo-se principalmente à desnutrição energético – protéica. Ver as definições correspondentes a déficits antropométricos, desnutrição energético-protéica, deficiência de micronutrientes, que seriam casos específicos de desnutrição ou de doenças carenciais.

Desnutrição crônica – Processo carencial de longa duração, expresso, ilustrativamente, no déficit de altura.

Diabetes – Processo de intolerância à glicose, que se traduz, convencionalmente, na elevação do “açúcar” no sangue e sua presença eventual na urina.

Dieta – Genericamente, corresponde aos padrões alimentares dos indivíduos. Especificamente, pode representar uma combinação recomendada de alimentos em determinadas proporções para atender necessidades terapêuticas.

Dislipidemias – Termo que se refere às alterações, quase sempre por excessos, nos teores de lipídeos ou gorduras do sangue, como colesterol e triglicerídeos.

Distúrbios nutricionais – São problemas de saúde decorrentes da má nutrição, ou seja, situações patológicas de etiologia nutricional.

Doenças da nutrição – Terminologia para uma grande variedade de doenças que resultam do baixo consumo, do consumo excessivo ou do desequilíbrio prolongado da ingestão e utilização de princípios nutritivos que devem ser harmonicamente combinados. Várias referências anteriores configuram essas situações: bócio, deficiências nutricionais, desnutrição. Ver também dislipidemias e obesidade.

E

Endemias carenciais – Doenças carenciais, como a anemia ferropriva, a desnutrição energético - protéica e o bócio, que ocorrem com uma frequencia regular e praticamente constante, e prevalência acima dos limites tolerados como “normais”.

Enriquecimento alimentar – Adição de determinados nutrientes – vitaminas, sais minerais ou outros – a alimentos com baixo conteúdo em relação a determinados princípios nutritivos.

Estresse – Estímulos adversos, com diferentes impactos físicos, psíquicos e nutricionais. Tensão.

F

Ferro medicamentoso – Compostos orgânicos ou inorgânicos de ferro usados para tratamento das anemias.

G

Garantia da qualidade dos alimentos – Ver segurança alimentar, vigilância sanitária dos alimentos.

Grupos biológicos – Ver “vigilância nutricional”, “vigilância de irmãos e contatos”, “vulnerabilidade”. Designativo de riscos induzidos por fatores biológicos.

H

Hábitos alimentares saudáveis – Ver práticas alimentares saudáveis, seguranca e qualidade dos alimentos.

Hipovitaminose A – Baixa disponibilidade de vitamina A nos depósitos hepáticos e níveis diminuídos no sangue, apresentando ou não sintomas e sinais de deficiência.

Hospital “Amigo da Criança” - Maternidades que cumprem os “Dez passos para o sucesso do aleitamento materno”, preconizados pela OMS/Unicef.

I

Idiotia – Retardo físico, motor e mental ocasionado pela deficiência grave de iodo no período fetal e nos primeiros meses de vida.

Índice de Pobreza Humana (IPH) – Esse índice é composto pelos indicadores relacionados à esperança de vida, à desnutrição em menores de 5 anos, à alfabetização, ao acesso a serviços de saúde e à água potável.

Iodo dependente – Diz-se dos distúrbios funcionais ou morfológicos – entre os quais o bócio e a idiotia – produzidos pela deficiência de iodo na água, sais e alimentos consumidos.

M

Mcg/dl – Microgramas por decilitro. Medida utilizada em exames laboratoriais.

Medidas profiláticas – Medidas tomadas para a prevenção de doenças ou de agravos nutricionais.

Medidas terapêuticas – Medidas adotadas para corrigir situações patológicas clinicamente instaladas. Ações destinadas à cura de doenças.

Megadoses – Grandes quantidades de um medicamento ou micronutriente administradas de uma só vez, como é o caso da vitamina A.

Micronutrientes – Nutrientes demandados pelo organismo em quantidades muito pequena - miligramas ou microgramas – como iodo, a vitamina A, o zinco e o ferro.

Monitoramento do estado nutricional - O mesmo que vigilância nutricional.

N

Nutrição – Estado fisiológico que resulta do consumo e utilização biológica de energia e nutrientes em nível celular.

O

Obesidade – Aumento exagerado do peso em relação à altura. No sinônimo popular, os gordos correspondem a obesos.

Orientação alimentar – Recomendações para escolha, preparação, conservação doméstica e consumo de alimentos mediante critérios de consideração de seu valor nutritivo e indicações específicas, segundo condições fisiológicas (crescimento, gravidez, lactação), patológicas (obesidades , diabetes, doenças carenciais) ou, ainda, por justificativas socioeconômicas (relação valor nutritivo X custos). Ver, também, práticas alimentares saudáveis.

P

Percentil 10 e percentil 3 da relação peso/idade – O percentil refere-se à posição de um indivíduo em uma dada distribuição de referência. Assim, os percentis 10 e 3, como utilizados no texto, referem-se aos valores de peso apresentados por 10% e 3% das crianças, respectivamente, na distribuição do padrão antropométrico de referência. Dessa forma, uma criança que se encontra com peso igual ou inferior a esse dois limites tem uma possibilidade maior de apresentar uma situação de distúrbio nutricional. Em outras palavras, pode-se afirmar que o percentil 10 ou o percentil 3 da relação peso/idade é a linha de separação entre a normalidade e a possível desnutrição ou retardo de crescimento.

Perigo na cadeia alimentar – Agente biológico, químico ou físico (ou propriedades de um alimento) que pode ter efeitos adversos sobre a saúde.

Práticas alimentares saudáveis - Usos, hábitos e costumes que definem padrões de consumo alimentar de acordo com conhecimentos científicos e técnicas de uma boa alimentação. Ver “orientação alimentar”, “composição dos alimentos” e “bem-estar nutricional”.

Percusores de vitamina A – Substâncias contidas nos alimentos vegetais – carotenos – que, depois de ingeridos, se convertem em vitaminas.

Produtos dietéticos – Bebidas ou alimentos processados, que se destinam a atender determinadas situações de interesse médico ou nutricional: baixo conteúdo calórico, reduzido teor de gorduras, por exemplo.

Produtos farmacêuticos – Usa-se o termo, neste documento, para discriminar preparações farmacológicas à base de nutrientes específicos, como vitaminas, ferro, iodo, zinco, etc., sob a forma de medicamentos.

Propriedade terapêutica – Propriedade que tem determinado alimento ou fármaco – ver ítem anterior – de atuar, curativamente, na correção de desvios ou doenças da nutrição.

R

Riscos nutricionais – Condições caracterizadas por probalidade aumentada de que um determinado problema nutricional possa acontecer, ou já esteja ocorrendo.

Rotulagem nutricional – Componente do rótulo que descreve o conteúdo nutricional do produto.

S

Segurança alimentar – Garantia de que as famílias tenham acesso físico e econômico regular e permanente a conjunto básico de alimentos, em quantidade e qualidade significantes para atender os requisitos para os requerimentos nutricionais.

Segurança alimentar e nutricional – Acrescenta-se, à definição anterior, o conceito de que, além do acesso e consumo, o organismo deve dispor de condições fisiológicas adequadas para o aproveitamento dos alimentos. Ou seja, para uma boa digestão, absorção e metabolismo de nutrientes.

Segurança alimentar dos alimentos – Trata, em vigilância Sanitária, dos atributos referentes à inocuidade dos alimentos e seu valor nutritivo. Ver também práticas alimentares saudáveis.

Sítios sentinelas – Áreas ou comunidades que podem ser acompanhadas mediante a aplicação de um conjunto de indicadores do estado nutricional para expressar, por analogia, a situação provável em contextos socioeconômicos e sanitários semelhantes.

Sobrepeso – Excesso de peso de um indivíduo quando em comparação com tabelas ou padrões de normalidade. A obesidade é um grau bem elevado de sobrepeso.

Suplementação alimentar – Cota adicional de alimentos destinadas a prevenir ou corrigir deficiências nutricionais. Ver apoio alimentar.

T

Tabela de composição químico alimentar – São tabelas que informam o conteúdo dos alimentos em proteínas, gorduras hidratos de carbonos , vitaminas e minerais de interesse da nutrição humana.

Tradições alimentares – Usos e costumes alimentares transmitidos de geração a geração, segundo a cultura tradicional de determinadas etnias ou grupamentos antropologicamente homogêneos.

Transição alimentar – Refere-se a mudanças lentas ou rápidas que ocorrem no padrão alimentar das crianças, na medida em que a alimentação vai sendo substituída por outras produtos, até atingir o padrão alimentar da família. É um período crítico em relação aos riscos nutricionais.

Transição epidemiológica - Mudanças que ocorrem nos perfis de morbimortalidade de uma população, tendo como substrato principal a transição demográfica de que uma pirâmide etária “jovem” para um modelo de população madura ou envelhecida. O fato epidemiológico mais representativo seria a passagem do pólo desnutrição/infecção para o pólo obesidade / doenças crônico-degenerativas.

U

Utilização biológica dos alimentos – Processo que envolve a cadeia digestão/absorção/ metabolismo/excreção ou ressíntese parcial dos alimentos nos organismos vivos. Pode ser adversamente alterado pela ocorrência de doenças, compreendendo um, dois ou até todos os elos da cadeia de utilização biológica.

V

Vigilância alimentar e nutricional – Consiste na coleta e na análise de informações sobre a situação alimentar e nutricional de indivíduos e coletividades, com o propósito de fundamentar medidas destinadas a prevenir ou corrigir problemas detectados ou potenciais. É um requisito essencial para justificar, racionalmente, programas de alimentação e nutrição. Ver ainda: crescimento e desenvolvimento, controle de doenças, cuidados nutricionais específicos.

Vigilância de irmãos e contatos – Recomendação para acompanhar, de forma atenta, dispensando os cuidados necessários (apoio ou suplementação alimentar, avaliação do crescimento, ações básicas de saúde ) a irmãos e mães (considerados “contatos”) de crianças desnutridas de 6 a 23 meses. A desnutrição nessa faixa etária pode ser um indicativo de que mães e irmãos podem ser desnutridos, constituindo grupos de riscos nutricional.

Vigilância nutricional – Parte da vigilância alimentar e nutricional, tratando , como enfoque principal, o estado de nutrição dos grupos biológicos (crianças, gestantes) e sociais ( baixa renda) mais expostos aos problemas da nutrição. Pode incluir, também, situações opostas (homens e mulheres adultos e velhos com sobrepeso, obesidade e suas conseqüências).

Vigilância sanitária dos alimentos – Verificação da aplicação de normas e condutas objetivando assegurar a necessária qualidade dos alimentos. Ver “critério de sanidade dos alimentos”.

Vulnerabilidade – Trata-se de fatores biológicos, ocupacionais ou sociais que aumentam os riscos aos agravos nutricionais.

X

Xeroftalmia – Alterações oculares condicionadas pela deficiência de vitamina A.







AS DOENÇAS MAIS COMUNS APRESENTADAS POR IDOSOS SÃO:



DOENÇAS CARDIOVASCULARES: INFARTO, ANGINA, INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

FATORES DE RISCO: POUCA ATIVIDADE FÍSICA (SEDENTARISMO), FUMO, DIABETES, ALTA TAXA DE GORDURA NO SANGUE (COLESTEROL) E OBESIDADE (GORDURA).

SINTOMAS: FALTA DE AR, DOR NO PEITO, INCHAÇO, PALPITAÇÕES.

PREVENÇÃO: PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA DE FORMA SISTEMÁTICA, NÃO FUMAR E CONTROLAR O PESO, COLESTEROL E A DIABETES.

DERRAMES (ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC)

FATORES DE RISCO: PRESSÃO ALTA (HIPERTENSÃO ARTERIAL), FUMO, SEDENTARISMO, OBESIDADE E COLESTEROL ELEVADO.

SINTOMAS: TONTURA, DESMAIO PARALISIA SÚBITA.

PREVENÇÃO: PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA DE FORMA REGULAR E SISTEMÁTICA, NÃO FUMAR, CONTROLA A PRESSÃO ARTERIAL, PESO E O COLESTEROL



CÂNCER

FATORES DE RISCO: FUMO, EXPOSIÇÃO AO SOL, ALIMENTAÇÃO INADEQUADA, OBESIDADE, CASOS NA FAMÍLIA, ALCOOLISMO.

SINTOMAS: DEPENDE DO TIPO DE CÂNCER, UM DOS SINTOMAS MAIS COMUNS E O EMAGRECIMENTO INEXPLICÁVEL

PREVENÇÃO: CONSULTAR O MÉDICO PELO MENOS UMA VEZ POR ANO PARA FAZER EXAMES PREVENTIVOS, EVITAR EXPOSIÇÃO AO SOL EM EXCESSO E NÃO FUMAR.



PNEUMONIA

FATORES DE RISCO: GRIPE, ENFIZEMA E BRONQUITE ANTERIORES, ALCOOLISMO E IMOBILIZAÇÃO NA CAMA

SINTOMAS: FEBRE, DOR AO RESPIRAR, ESCARRO, TOSSE.

PREVENÇÃO: PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA DE FORMA REGULAR E SISTEMÁTICA, BOA ALIMENTAÇÃO, VACINAÇÃO CONTRA GRIPE E PNEUMONIA.



ENFIZEMA E BRONQUITE CRÔNICA

FATORES DE RISCO: FUMO, CASOS NA FAMÍLIA, POLUIÇÃO EXCESSIVA.

SINTOMAS: TOSSE, FALTA DE AR E ESCARRO.

PREVENÇÃO: PARA DE FUMAR, MANTER A CASA VENTILADA E ABERTA AO SOL

INFECÇÃO URINÁRIA

FATORES DE RISCO: RETENÇÃO URINÁRIA NO HOMEM E NA MULHER A INCONTINÊNCIA URINÁRIA.

SINTOMAS: ARDOR AO URINAR E VONTADE FREQÜENTE DE URINAR.

PREVENÇÃO: CONSULTAR UM MÉDICO E TRATAR A INFECÇÃO E SUA CAUSA.



DIABETES

FATORES DE RISCO: OBESIDADE, SEDENTARISMO, CASOS NA FAMÍLIA

SINTOMAS: MUITA SEDE E AUMENTO NO VOLUME DE URINA.

PREVENÇÃO: CONTROLAR O PESO E A TAXA DE AÇÚCAR NO SANGUE.



OSTEOPOROSE

FATORES DE RISCO: FUMO, SEDENTARISMO, DIETA POBRE EM CÁLCIO, NAS MULHERES O RISCO É 7 VEZES MAIOR.

SINTOMAS: NÃO HÁ SINTOMAS, EM GERAL, É DESCOBERTA PELAS COMPLICAÇÕES (FRATURAS).

PREVENÇÃO: PRATICAR ATIVIDADE FÍSICA DE FORMA REGULAR E SISTEMÁTICA, NÃO FUMAR, COMER ALIMENTOS RICOS EM CÁLCIO



OSTEARTROSE

FATORES DE RISCO: OBESIDADE, TRAUMATISMO, CASOS NA FAMÍLIA.

SINTOMAS: DORES NAS JUNTAS DE SUSTENTAÇÃO (JOELHO, TORNOJELO E COLUNA), E NA MÃOS

PREVENÇÃO: CONTROLAR O PESO E PRATICAR ATIVIDADES FÍSICA ADEQUADA.

NÃO FUJA DO MÉDICO!!!

O MINISTÉRIO DA SAÚDE RECOMENDA QUE OS IDOSOS FAÇAM VISITAS PELO MENOS UMA VEZ POR ANO AO MÉDICO E REALIZE EXAMES E UTILIZEM VACINAS COMO FORMA PREVENTIVA DE IDENTIFICAR E COMBATER AS DOENÇAS EM SUA FASE INICIAL FACILITANDO O TRATAMENTO E A PROTEÇÃO DA SAÚDE.



VACINAS:

TETANO - A CADA 10 ANOS.

GRIPE - ANUALMENTE.

PNEUMONIA - A CADA 05 ANOS.



EXAMES:

AFERIR A PRESSÃO ARTERIAL - ANUALMENTE.

COLETEROL SANGÜÍNEO - ANUALMENTE.

GLICEMIA - ANUALMENTE.

PRESSÃO OCULAR - ANUALMENTE.

URINA - ANUALMENTE.

GINECOLÓGICO (FEMININO) - ANUALMENTE.

PRÓSTATA (MASCULINO) - ANUALMENTE.

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