CONTADOR DE VISITA

quarta-feira, 22 de junho de 2011

GRUPO HACKER INVADE SITES DO GOVERNO.

GRUPO HACKER INVADE SITES DO GOVERNO.
http://www.youtube.com/watch?v=sH-u0q-DR1A
mais uma fonte :
http://www.youtube.com/watch?v=nqJZ0tJcWZk

O grupo brasileiro autodenominado LulzSecBrazil, vinculado ao grupo internacional LulzSec ("rindo da segurança", em tradução livre), assumiu no Twitter, na madrugada desta quarta-feira, ter tirado do ar os sites da Presidência da República (www.presidencia.gov.br) e do governo federal (www.brasil.gov.br


http://www.youtube.com/watch?v=5OK4zvTjr00

Se vivêssemos isolados, a espécie humana não teria chegado até aqui.

A UNIAO FAZ A FORCA SOZINHOS NAO SOMOS NADA MAS JUNTOS FAZEMOS A DIFERENCA.

Se você acha que é forte sozinho, é melhor pensar de novo Eu tenho estado por perto, tenho estado por toda a parte então me ouça meu amigo.

Me dê ouvidos, deixe-me tentar explicar, eu vejo o que você pensa..Mas uma corrente nunca é mais forte que seu elo mais fraco.

Não tenha medo, juntos nós podemos fazer uma mudança Nos unamos para formar uma corrente indestrutível. Você e eu pertencemos Juntos somos fortes Somente a luta remanesce. Quando você está caído, se sentindo fraco e confuso - não se alarme Porque estarei lá pra te levantar - somos irmãos unidos Firmes permanecem juntos na neve, no vento e na chuva Os milhões de pessoas que formaram a corrente indestrutível

Grupo de hackers vaza supostos dados de Dilma e Kassab.

Divulgação das informações ocorre no dia seguinte ao maior ataque a sites sofrido pelo governo brasileiro.

Um hacker brasileiro afirmou, nesta quinta-feira (23), ter conseguido roubar dados do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e da presidente Dilma Rousseff. As supostas informações - números de CPF, do PIS e celulares e e-mails pessoais - foram repassadas ao braço brasileiro do grupo hacker LulzSec, o mesmo responsável pelo ataque a páginas do governo federal na quarta-feira, e publicadas online pelo Twitter.
O Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), órgão responsável pela segurança da rede governamental, afirmou que nenhuma informação foi roubada no ataque de quarta e a procedência dos dados ainda é desconhecida. O gabinete da Presidência não confirmou a veracidade de nenhuma informação, mas a prefeitura de São Paulo disse que alguns dos dados divulgados do prefeito Kassab são, sim, verdadeiros.

Em sua conta de Twitter, Kassab escreveu que é “lamentável a ação de hackers que invadem a privacidade e causam problemas às pessoas". O governo federal negou a violação dos sistemas nacionais e disse que a responsabilidade pela segurança de todos os dados é do Serpro.

Além das informações sobre os dois governantes, o LulzSec publicou também uma lista de e-mails dos dirigentes da Petrobras. A lista vem com o endereço para o acesso remoto à conta e com a suposta senha de cada usuário. Também teria sido vazado um arquivo com dados sigilosos do Ministério dos Esportes, além de logins e senhas para uma área fechada do site do ministério.

Por volta do meio-dia desta quinta, o Ministério dos Esportes invalidou todos os logins e senhas de sua área restrita. Em sua conta no Twitter, o LulzSec do Brasil disse: “Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) tira www.esportes.gov.br porque o brasil nao pode ver os orcamentos? Ops Secretos!”

O Serpro, Governo Federal, Ministério dos Transportes e Petrobras estão investigando o suposto ataque hacker.

Uma hora depois, outro tweet: “nossa unidade brasileira está fazendo progressos. Parabéns, irmãos do LulzSecBrazil”.

Segundo a assessora de comunicação do Planalto, Ivonete Motta, houve de fato uma tentativa de invasão dos servidores governamentais, mas a situação foi rapidamente controlada pelo Serpro (Serviço de Processamento de Dados). Segundo ela, não houve invasão per se dos sites, e eles teriam ficado fora do ar por causa de um congestionamento das redes causado pelo próprio Serpro como medida de segurança.

“O Serpro (Serviço de Processamento de Dados) detectou nesta madrugada, entre 0h30 e 3h, uma tentativa de ataque de robôs eletrônicos aos sites Presidência da República; Portal Brasil e Receita Federal. O sistema de segurança do Serpro, onde estes portais estão hospedados, bloqueou todas as ação dos hackers”, diz nota oficial divulgada no Blog do Planalto.
O governo garante que nenhuma informação foi vazada ou acessada, e que todos os dados contidos nesses sites estão absolutamente seguros.

Na última segunda-feira, um adolescente de 19 anos foi preso em Essex, na região metropolitana de Londres acusado de ser um dos membros da cúpula do LulzSec. Ryan Cleary foi detido em sua residência, mas o próprio grupo hacker já afirmou, em sua página oficial, que ele não tem nenhuma ligação com o coletivo e que as pistas que levaram ao nome do jovem foram planejadamente plantadas.


“A Polícia britânica está claramente tão desesperada para nos pegar que eles acabaram prendendo alguém que, na melhor das hipóteses, tem uma associação ínfima com a gente. Que pena”, afirma uma nota do LulzSec..


O vídeo, http://www.youtube.com/watch?v=pcHVe4Iqg7A  divulgado pelo grupo de hackers denominado LulzSecBrazil, exibe uma mensagem que incita os usuários de internet a participarem dos ataques a sites ligados ao governo brasileiro.


O mesmo grupo assumiu, por meio de sua página, a autoria dos ataques aos sites da Presidência da República e do Ministério dos Esportes.

Na tarde desta quinta-feira, em um chat frequentado por simpatizantes do grupo, muitos usuários conversavam sobre ataques ao site do Senado, que ficou fora do ar por alguns minutos durante o dia.

O GRUPO DE HACKERS LULZSEC (LULZ SECURITY) chamou a atenção mundial pela primeira vez há dois meses, com a invasão da rede on-line do PlayStation, da Sony, e o vazamento dos dados de milhões de usuários. O game, de alcance global, passou dias fora do ar.

Na semana passada, o grupo assumiu um ataque ao site da CIA. Anteontem, o FBI invadiu e confiscou equipamentos de um servidor de internet no Estado de Virgínia, parte de uma investigação dos membros do LulzSec realizada junto com a própria CIA e agências europeias, segundo o "New York Times". Um membro do LulzSec foi preso no Reino Unido.

O nome Lulz vem de LOL ("laugh out loud", rir alto), uma gíria de internet usada, em geral, após brincadeiras on-line e pegadinhas.

Anterior e mais conhecido, o grupo Anonymous nasceu como coletivo hacker há cerca de três anos.

A exemplo do LulzSec, começou com brincadeiras on-line, até realizar uma série de ataques em defesa do WikiLeaks, em dezembro do ano passado.

Conseguiu afetar a operação de sites globais como Visa, MasterCard e PayPal, por terem suspendido contas da organização de Julian Assange, que expôs segredos americanos.

NÓS SOMOS ANÔNIMOS.

http://www.youtube.com/watch?v=MOy6Z8EYD_U

Nós somos a Voz daqueles que não tem voz na Sociedade;
Nós somos a Força dos que não tem mais forças para Lutar;
Nós somos o Poder do Povo;
Nós somos o Temor daqueles que propagam a Corrupção;
Nós Somos a Revolução das Idéias;
Nós Somos a Liberdade daqueles que são oprimidos.
Nós somos o Ideal daqueles que Almejam um MUNDO MELHOR.


HACKERS DIZEM BUSCAR INFORMAÇÕES DE GOVERNO E LICITAÇÕES
O grupo de hackers denominado LulzSecBrazil, responsável pelos recentes ataques a sites governamentais, divulgou na noite desta quinta-feira que está trabalhando para obter dados do governo do Ceará, da "máfia das licitações" e "processo seletivo", segundo foi postado no Twitter do grupo.

"Quem estiver abordo de nossa tripulação de um RT que vem fogo.. aquivos do governo do CE e a mafia das licitacoes e processo seletivo!"(sic), publicou o grupo no microblog.

Na tarde de hoje o grupo afirmou que copiou dados protegidos no site do Ministério do Esporte, mostrando supostas diferenças entre contribuições e recebimentos de dinheiro do governo federal em Estados que sediarão jogos da Copa do Mundo, em 2014. Informações sobre endereços de email, telefones, filiação e signo da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, também foram divulgados.

Ainda na noite de hoje o grupo divulgou um vídeo no qual diz que o governo tem tentado controlar a internet, e informa que os grupos hackers Anonymous e LulzSecBrazil se uniram na operação #AntiSec. "Nós encorajamos os ataques aos sites inimigos e encorajamos o uso do termo Antisec em qualquer site ou grupo que apóie a censura. Qualquer informação escondida de nós deve ser trazida à luz", diz trecho do vídeo.

Entenda o caso

Na quarta-feira (22), sites do governo brasileiro saíram do ar por causa de ataques assumidos pelo LulzSecBrazil, o braço brasileiro de um grupo internacional da hackers. Foram alvo os sites da Presidência da República, do governo federal, da Previdência, da Petrobras e da Receita Federal. Na quinta-feira (23), as páginas da Presidência da República, do Senado e do Ministério dos Esportes sofreram com a ação dos hackers. Eles utilizam o chamado DDoS (sigla em inglês para distributed denial-of-service, ataque distribuído de negação de serviço), que usa robôs (máquinas) em várias partes do mundo para sobrecarregar um sistema. O objetivo dessas ações não é invadir o sistema, mas sim tirar o site do ar.



Anonymous - Convocação a todos brasileiros contra a aprovação da "Lei da Mordaça"

http://www.youtube.com/watch?v=EBWjDRnRFjI

Anonymous - Mensagem para o povo brasileiro.

http://www.youtube.com/watch?v=62CpT_reA3k



INVASÃO AO SITE DO GOVERNO INVIABILIZOU 2 MILHÕES DE ACESSOS.

BRASÍLIA – Na tentativa de invasão de hackers aos sites da Presidência da República, do Portal Brasil e da Receita Federal, na madrugada desta quarta-feira (22), foram registrados cerca de 2 bilhões de acessos em um horário em que, normalmente, eles são “praticamente nulos”, disse o diretor superintendente do Serviço de Processamento de Dados (Serpro), Gilberto Paganoto. Segundo ele, esta foi a terceira grande tentativa de invasão este ano, uma a menos que em todo ano passado, mas a maior em volume de acessos.

De acordo com Paganoto, o “impressionante volume de acessos conseguido em tão pouco tempo” levou o Serpro a retirar os sites da Presidência da República e do Portal Brasil do ar entre a 0h40 a 1h40. O da Receita Federal, segundo o diretor do Serpro, permaneceu na rede. No entanto, funcionou com lentidão, causando a impressão de estar inacessível. No auge do ataque, foram verificados 300 mil acessos ao mesmo tempo, o mesmo número de declarações de Imposto de Renda que, segundo a Receita, chegou a ser enviado este ano no período de uma hora nos momentos de pico.

“Dois bilhões de acesso nesse curto período é um volume muito grande não suportável por qualquer provedor de sites na internet, mas sem dano nenhum a informações. São sistemas que, na gíria da informática, chamamos de robôs, colocados em provedores que ficam gerando os acessos”, explicou. O objetivo, segundo Paganoto, geralmente é fazer pichações em sites ou conseguir dados após os “tumultos de acesso”.

Paganoto disse ainda que as tentativas de invasão aos sites são frequentes, mas reforçou que o Serpro tem sistemas sofisticados e pessoas altamente treinadas acompanhando esse tipo de ataques durante 24 horas, todos os dias do ano. Segundo ele, para fazer os acessos foram usados provedores da Itália, mas podem ter outra origem. As questões legais do caso estão sendo tratadas pelo Gabinete de Segurança da Presidência da República e pela Polícia Federal.

ESTE É 1 DOS CASOS DELES...


O grupo hacktivista Anonymous voltou a fazer ameaças na Internet, desta vez acusando a Sony de censurar informações sobre o PlayStation 3 e comprometer informações privadas de milhares de usuários. Em uma mensagem para a empresa japonesa, o grupo critica a Sony por "reprimir informações em nome da ganância corporativa e controlar completamente seus usuários".



Durante o dia de hoje, diversos usuários norte-americanos e europeus reclamaram sobre a queda do serviço da PlayStation Network e do site da Sony. Enquanto o grupo Anonymous assumiu a responsabilidade do ataque, a Sony afirmou por meio de um tuíte que a queda se devia a "manutenções esporádicas" da PSN.



FONTE: AQUIVOS DO SITE ESPORTE.GOV.BR!


ESTADO QUANTO PAGOU QUANTO RECEBEU

RN 1.423.354.053 5.094.159.613

CE 4.845.815,127 10.819.258.582

BA 9.830.083.697 17.275.802.517

PE 7.228.568.171 11.035.453.758

MT 2.080.530.301 3,864.140.162

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Veja que esses 5 estados, mais recebem do que contribuem com o

governo e mesmo assim terão seus estádios contruidos com dinheiro público.

Na Bahia, por exemplo, a diferença alcança mais de 7 bilhões de reais.

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AM 6.283.046.181 3.918.321.477

MG 26.555.017.385 17.075.765.819

RJ 101.964.282.068 16.005.043.355

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Nestes 3, há superavit entre receitas e despesas. O Rio de Janeiro

por exemplo tem uma diferença a favor da ordem de 86 bilhões.

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PR 21.686.569.502 9.219.952.960

RS 21.978.881.645 9.199.070.109

SP 204.151.379.293 22.737.265.407



Perceba que a diferença em São Paulo é de 181 bilhões.

Reflita sobre esses números e chegue à sua conclusão.

Mais: São Paulo contribui com 204 bilhões.

A soma de todos os outros estados da união é de 238 bilhões.

E a soma só dos estados que serão sede de Copa 200 bilhões.

Não consideramos aqui o Distrito Federal, onde o estádio de Brasília vai levar mais de 1 bilhão

Ou seja 438 bilhões sendo investidos como princípio, somos contra.

Gastar esse dinheiro público em obras privadas?

ACORDA DILMA!


Estamos precisando
Saúde!

Educação!

Hospitais!


Super farutamento de obras?

Orçamentos sigilosos?

Medidas provisorias?

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O governo está a fazer o povo de imbecil


Hackers que invadiram sites do Governo podem pegar até cinco anos de prisão.


Desde a madrugada da última quarta-feira (22), vários sites ligados ao Governo do Brasil sofreram ataques de hackers: em alguns, o acesso ficou indisponível por várias horas (caso da Presidência da República) e em outros casos foram divulgadas supostas informações do Governo. Porém, os autores dessas ações podem pegar até cinco anos de prisão, segundo prevê o Código Penal.

No caso de usuários que ajudaram a derrubar sites, explica Rony Vainzof, sócio do Opice Blum Advogados, escritório especializado em Direito Eletrônico, há, basicamente, duas possibilidades de enquadramento de crime.

A primeira é de atentando contra a segurança de serviço público. Neste caso, há o entendimento que sites ligados a órgãos governamentais são de utilidade pública e precisam estar disponíveis. A pena desta infração varia de um a cinco anos de prisão. O período de reclusão é definido em juízo conforme a gravidade do ato.

Na segunda situação, os hackers podem ser enquadrados pelo crime de dano, mais especificamente por inutilizar ou deteriorar a coisa alheia – no caso, por terem deixado um site inoperante ou alterado. A pena prevista para essa infração é de seis meses a três anos.



Vazamento de informações

Há ainda um cenário específico que diz respeito ao vazamento de informações confidenciais do Governo. Neste caso, os hackers, que agiram dessa forma, podem ser condenados por atentado contra um serviço de utilidade pública – a situação do usuário que for pego pode piorar com a gravidade do material subtraído, sobretudo se for de matéria essencial para o serviço público. O réu, que for condenado por isso, pode pegar de um a quatro anos de reclusão.

Por fim, outra possibilidade prevista é o de crime de divulgação de segredo. O artigo 153 do Código Penal define a penalidade como “Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem”.

Após essa série de ataques a órgãos públicos, o Governo solicitou que a Polícia Federal iniciasse uma investigação sobre o ocorrido. Depois de reunir informações, o órgão entrará com uma ação contra os hackers.

Legislação de crimes eletrônicos

Apesar de não ter uma legislação especial sobre a internet, de acordo com Vainzof, as leis brasileiras dão conta da maioria dos casos. “Quase tudo que acontece já tem uma previsão. Não há uma legislação específica para crimes eletrônicos. Porém, a [legislação] vigente dá conta.”

Dentre os casos em que a lei não tem recomendações claras estão os de crimes de disseminação de código malicioso e o de invasão de domicílio eletrônico. Ambos os casos já estão em tramitação no Congresso.



TRÊS GRUPOS ASSUMEM ATAQUES A SITES DE PREFEITURAS

Aproximadamente 500 sites de prefeituras em todo o Brasil saíram do ar nesta sexta-feira por conta de ataques de hackers. A autoria desses ataques, no entanto, é totalmente incerta. Pelo menos três grupos assumem a autoria. Além do LulzSec e do Anonymous, autores de ações nos últimos dias, a novidade é o grupo brasileiro Fatal Error Crew.

Pelo seu perfil no Twitter, o Fatal Error Crew assumiu os ataques desta sexta-feira e se diz diferente dos grupos internacionais, que já atacaram a Sony, Visa e outras multinacionais. O grupo afirma ter uma ideologia e a maioria dos seus posts no Twitter é de protestos contra a corrupção. Eles não se dizem criminosos: "Aqui ninguém é criminoso, criminoso é quem usa terno e gravata", diz um post.

Não é a primeira vez que esse grupo assume autoria de ataques a sites do governo. Em 1º de janeiro deste ano, dia da posse da presidente Dilma Roussef, o Fatal Error Crew afirmou em sua conta no Twitter que havia derrubado o site da presidência da República(brasil.gov.br).

Ao contrário dos outros grupos, eles vêm expondo na web dados dos governos. No último dia 18, a vítima foi o Exército brasileiro. Nesta sexta-feira, alguns dados de prefeituras do Espírito Santo e do Mato Grosso do Sul estavam postados com links na conta do Fatal Error Crew no Twitter. A intenção do grupo seria mostrar fraudes em licitações.

A maioria dos dados postados no Twitter não fornece provas de corrupção, apesar de mostrar relatório de reuniões e instruções relativas a licitações que poderiam abrir caminho para investigações.

Entenda o caso

Na quarta-feira (22), sites do governo brasileiro saíram do ar por causa de ataques assumidos pelo LulzSecBrazil, o braço brasileiro de um grupo internacional da hackers. Foram alvo os sites da Presidência da República, do governo federal, da Previdência, da Petrobras e da Receita Federal. Na quinta-feira (23), as páginas da Presidência da República, do Senado e do Ministério dos Esportes sofreram com a ação dos hackers. Eles utilizam o chamado DDoS (sigla em inglês para distributed denial-of-service, ataque distribuído de negação de serviço), que usa robôs (máquinas) em várias partes do mundo para sobrecarregar um sistema. O objetivo dessas ações não é invadir o sistema, mas sim tirar o site do ar.

HACKERS DIVULGARAM NESTA SEXTA-FEIRA DADOS DO SUPOSTO LÍDER DA LULZSEC BRASIL.

Ele seria o responsável por atacar o site da Presidência da República, da Petrobras e por divulgar dados pessoais da presidente Dilma Rouseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O Jornal do Brasil teve acesso ao documento, divulgado pelo braço internacional da Lulz Security. De acordo com os hackers, o goiano Alexandre Brasil de Abreu teria usado indevidamente o nome da LulzSec para atrair a atenção da mídia e estaria envolvido com com fraudes bancárias na internet.

Alexandre também seria o líder, segundo os hackers, do antigo Silver Lords, grupo brasileiro que ficou famoso ao assumir a liderança do ranking da Alldas, site que elegia os hackers mais perigosos do mundo. O comunicado, que se espalhou rapidamente pela comunidade underground de hackers, critica os ataques da facção brasileira.

"Eles quis se afiliar à LulzSec, criando a LulzSec Brasil e conseguindo bastante atenção da mídia. No entanto, o que ele não sabe é que ele está trazendo desordem para qualquer operação séria (nós não estamos aqui para atacar qualquer site que aparece na nossa frente)", diz o comunicado, que também contém uma foto e o CPF de Alexandre.

Nesta sexta-feira, a reportagem entrou em contato com hackers da cena brasileira, que criticaram duramente as ações do LulzSec, classificando-as como anarquistas.

"Os caras estão atacando sites do governo, sites que prestam serviço à população. Será que alguém acha legal isso? Por que isso?", critica um brasileiro que atende pelo pseudônimo de Murder. "Esse Alexandre participa de uma rede de troca de senha de cartões de crédito chamada FullNetwork. Ele trabalha com fraude. Os integrantes do LulzSecBrazil são estelionatários que mantêm bancos de dados com cartões de crédito, contas bancárias e coisas parecidas, por isso não damos suporte a eles".

Também brasileiro, Bonny acusou os hackers brasileiros da LulzSec de estarem arruinando a reputação do país na internet.

"Defendemos ações que não prejudicam o povo. A partir do momento que eles começam a atacar órgãos públicos, a gente se mete. A Polícia Federal brasileira não tem nenhum preparo para lidar com esses caras".

Antes de atacar o brasileiro, a LulzSec chegou a elogiar as ações realizadas no país.

"Nossa unidade brasileira está fazendo progresso. Parabéns, irmãos da @LulzSecBrazil", disse a LulzSec Internacional, no seu perfil do Twitter.

Nesta sexta-feira, o FBI e a CIA fazem uma varredura nos Estados Unidos para encontrar membros da LulzSec. Apesar de tirar sites do ar e revelar dados sigilosos, os ataques do grupo parecem não ter fins lucrativos. O nome "Lulz" vem da gíria online "lol", que significa "laugh out loud" (rindo alto, em tradução livre). Em todos as suas ações, o LulzSec deixa mensagens e imagens sarcásticas hospedadas nos endereços das vítimas.


E O BICHO TA PEGANDO :


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APÓS AMEAÇA DE HACKERS, SITE DA PETROBRAS FICA FORA DO AR

O site da Petrobras ficou fora do ar por volta das 13h desta quarta-feira (22), depois que um grupo de hackers ameaçou fazer um ataque ao portal – o grupo, chamado Lulz Security, também diz ter invadido os sites da Presidência, do Portal Brasil e da Receita Federal durante a madrugada de hoje.

Hoje, o grupo postou mensagens contra a Petrobras no Twitter.

– Acorda, Brasil! Não queremos mais comprar combustível a R$ 2,75 a R$2,98 e exportar a menos da metade do preço! ACORDA, DILMA!

Procurada, a Petrobras ainda não se pronunciou sobre o assunto. O grupo de piratas virtuais (hackers) Lulz Security, responsável por ataques recentes ao site da CIA e à rede PSN, da Sony, anunciou na madrugada desta quarta-feira (22) que seu “braço brasileiro” foi o responsável por derrubar dois sites do governo federal do Brasil.

Durante a madrugada, os sites www.presidencia.gov.br e www.brasil.gov.br ficaram inacessíveis. Os hackers postaram em seu site a mensagem 'TANGO DOWN', publicada cada vez que eles invadem algum site, seguida dos dois endereços web.

- Nossa unidade no Brasil está fazendo progressos. Muito bem, irmãos do LulzSec Brasil!

A Serpro (Serviço de Processamento de Dados) diz que a ameaça foi identificada e bloqueada.

– O Serpro (Serviço de Processamento de Dados) detectou nesta madrugada, entre 0h30 e 3h, uma tentativa de ataque de robôs eletrônicos aos sites Presidência da República; Portal Brasil e Receita Federal. O sistema de segurança do Serpro, onde estes portais estão hospedados, bloqueou todas as ações dos hackers, o que levou ao congestionamento das redes, deixando os sites indisponíveis durante cerca de uma hora.







HACKERS, WIKILEAKS E O FUTURO DA REDE.

Reação ao vazamento de telegramas de diplomatas americanos aumentou discussão sobre transparência, privacidade e sobre o futuro da internet.



Há coisas que o Wikileaks não pode fazer. Para todas as outras, há a Operation Payback." Assim, com uma referência ao slogan da Mastercad, um grupo de hackers conhecido como Anonymous comemorou o feito de tirar do ar, na quarta-feira (8), o site da operadora de cartões de crédito, mastercard.com, usando um ataque DDoS [é como se um número muito grande de pessoas tentasse entrar no endereço ao mesmo tempo]. O ataque foi lançado como forma de retaliação às empresas e organizações que se posicionaram contra o vazamento de informações confidenciais das embaixadas dos Estados Unidos e do Departamento de Estado americano pelo site Wikileaks, iniciado no dia 28 de novembro com a participação de cinco veículos da imprensa tradicional, os jornais El País, da Espanha, Le Monde, da França, Guardian, do Reino Unido, e New York Times, dos EUA, e a revista Der Spiegel, da Alemanha.



Na terça-feira (7), Julian Assange, líder e rosto do Wikileaks, se entregara à polícia de Londres - não pelo vazamento parcial de 250 mil telegramas diplomáticas, mas por acusação de crimes sexuais na Suécia. Mesmo assim, houve quem interpretasse a prisão como parte de um esforço do governo dos EUA para reprimir a organização. Antes disso, o Wikileaks ficou fora do ar - vítima de ataques similares ao usado para derrubar o mastercad.com -, foi expulsa da hospedagem da Amazon [alegadamente por violar o termo de serviços], seus fundos de emergência foram congelados pelo banco suíço PostFinance, e o PayPal e a Visa, além da Mastercard, pararam de repassar doações para a organização. Os sites dessas empresas também foram alvo da Operation Payback do Anonymous, junto com o endereço.

Mas não foram só os hackers do Anonymous que reagiram à confusão criada em torno do Wikileaks. De um lado, americanos como o senador Joe Lieberman e Sarah Palin, candidata à vice-presidência pelo partido Republicano nas últimas eleições no país, afirmaram que o Wikileaks devia ser tratada como uma organização terrorista, que Assange deveria ser caçado, preso, processado por espionagem. De outro, defensores da organização - nem todos a favor de DDoS - criam mais de mil cópias do site Wikileaks para que seja impossível tirar a página totalmente da internet e compartilham um arquivo criptografado com todos os telegramas confidenciais entregue pelo Wikileaks a cetenas de milhares de apoiadores. A favor ou não do Wikileaks, simpático ou não a Julian Assange, o que ocorreu na última semana abriu uma discussão séria sobre privacidade, transparência, liberdade de expressão e o futuro da internet.



"Acredito que vamos olhar para esse episódio como um dos eventos políticos mais importante da última década, pelo menos", disse Glenn Greenwald, advogado americano e colunista da revista online Salon, em entrevista a ÉPOCA. Greenwald acredita que estamos vivendo o início de uma "guerra pelo controle da internet". "A reação do governo dos EUA e das empresas privadas para as divulgações do Wikileaks se assemelha de muitas maneiras a uma guerra", afirma. De acordo com Greenwald, o governo dos EUA está ameaçando processar o Wikileaks "por fazer o que jornais fazem todos os dias: publicar segredos sobre o governo". Greenwald afirma ainda que o governo "tem ameaçado e intimidado empresas privadas para não fazerem negócios com WikiLeaks". Das companhias que pararam de trabalhar com o Wikileaks, apenas o PayPal admitiu ter sido pressionado pelo Departamento de Estado americano.



Greenwald não é o único a enxergar uma guerra nas movimentações dos últimos dias. A guerra na internet aparece também na InfoWorld: "É a primeira guerra cibernética, não entre nações, mas entre as facções: aqueles que concordam com o que o Wikileaks está tentando fazer, e aqueles que se opõem." No Independent: "Nós podemos ser espectadores do início da grande cyber guerra - e eles acabaram de derrubar Francisco Ferdinando". Na Time: Por que a Wikileaks está ganhando esta info guerra. John Perry Barlow, ex-letrista da banda Grateful Dead e fundador da Electronic Frontier Foundation, organização que defende os direitos digitais, escreveu em seu Twitter: "A primeira infoguerra importante começou agora. O campo de batalha é o Wikileaks. Vocês são as tropas".



Quem está mais falando em guerra é quem teme as consequências de uma vitória daqueles que se opõem ao Wikileaks. "Se o governo conseguir aprisionar Assange, ou impedir o Wikileaks de operar, isso será um grande golpe nos eforços para trazer responsabilidade e controle para os maiores centro de poder do mundo", afirma Greenwald. "Isso também vai intimidar outros que possam pensar em usar a internet para tentar desafiar a autoridade e o sigilo de governos." O pior efeito possível seria uma internet totalmente controlada. E apesar dos EUA defenderem a internet livre em países autoritários, como a China e o Irã ["redes de informação estão ajudando pessoas a descobrir novos fatos e fazer governos mais responsáveis", afirmou Hillary Clinton, em janeiro de 2010, criticando a censura na internet], existe no país um projeto de lei para dar ao presidente o poder de "desligar" a internet.



Essa pode ser a única forma de impedir totalmente que informações confidenciais vazadas circulem na internet. John Naughton escreveu no Guardian "nossos governantes têm que fazer uma escolha: ou eles aprendem a viver em um mundo com Wikileaks, com tudo o que implica em termos de seu comportamento futuro, ou eles desligam a internet". O jornalista irlandês nota que a Wikileaks não depende apenas da web. Cópias dos telegramas secretos estão sendo distribuídas através da tecnologia peer-to-peer, a mesma usada para compartilhamento - legal e ilegal - de músicas e filmes. E há o surgimento de novos sites com propostas similares à do Wikileaks: Daniel Domscheit-Berg, que deixou a organização em setembro depois de desentendimentos com Assange, vai lançar a rival Openleaks. Já há uma organização que promete informações sobre a Europa e uma sobre a Rússia.



Greenwald acredita que "a internet é poderosa demais para ser controlada pelo poder central, e a vontade dos cidadãos ao redor do mundo para resistir a esse tipo de autoritarismo está crescendo e foi encorajada pelo heroísmo do Wikileaks". No dia 2 de dezembro, o filósofo italiano Umberto Eco já havia afirmado que o Wikileaks altera a relação de controle entre o poder e o cidadão. "Quando se demonstra, como acontece agora, que mesmo as criptas dos segredos do poder não escapam ao controle de um pirata informático, a relação de controle deixa de ser unidirecional e torna-se circular. O poder controla cada cidadão, mas cada cidadão, ou pelo menos um pirata informático - qual vingador do cidadão -, pode aceder a todos os segredos do poder", escreveu.



Evgeny Morozov, pesquisador bielorusso, autor do livro The Net Delusion: The Dark Side of Internet Freedom, que será lançado em 2011, não acredita que haja uma guerra. "Acho que 'info guerra' é apenas um rótulo ruim", disse Morozov em entrevista a ÉPOCA. "Eu não compro o cenário de info guerra - até porque eu realmente não vejo o governo dos EUA lutando contra nada até agora." Mas Morozov não diminui a importância da discussão iniciada nos últimos dias. "O Wikileaks pode se transformar em um movimento político global abrangendo várias questões diferentes da internet, da reforma do copyright até governos abertos. Esse movimento pode ser destrutivo e violento, ou pode ser contrutivo e benévolo; tudo depende da forma como o governo dos EUA escolhe reagir ao WikiLeaks", disse. Um possibilidade seria o Wikileaks se aproximar dos Partidos Piratas - o sueco já apoia a organização - e seguir o caminho traçado pelos Partidos Verdes europeus no século 20.



A Economist também não exerga uma guerra. Em um texto sobre o Anonymous, o repórter escreve que eles "entendem suas limitações". "Aqueles com quem eu falei sabem que derrubar o site de um promotor sueco não impede o processo na Suécia. Eles descreveram suas motivações, variavelmente, como uma tentativa de 'sensibilizar', 'para mostrar ao procurador que temos a capacidade de agir' e 'danos e atenção'", afirma. "Isso é tudo que um ataque de negação de serviço pode fazer: registrar um protesto. Não é uma ciberguerra. É um golpe de propaganda. E é limitada a um conjunto limitado de sites: vulneráveis, mas importantes."



Morozov afirma que ataques DDoS podem ser entendidos como desobediência civil. "Eu não acho que esses ataques sejam, necessariamente, ilegais ou imorais. Enquanto eles não invadam os computadores de outras pessoas, lançar ataques DDoS não deve ser tratado como um crime por padrão. Temos que pensar sobre as circunstâncias específicas em que cada ataque foi lançado e os seus alvos", escreveu Morozov em seu blog na Foreign Policy. "Eu gosto de pensar em DDoS como equivalentes de sit-ins [forma de protestos em que pessoas ocupam uma área de forma não-violenta]: ambos visam a interromper brevemente um serviço ou uma instituição a fim de mostrar um propósito. Enquanto nós não criminalizamos todos os sit-ins, eu não acho que devemos criminalizar todos os DDoS."



Lilian Edwards, professora de direito da internet na Universidade de Sheffield, por outro lado, escreveu no Guardian que "esta luta é realmente entre o governo dos EUA e o Wikileaks, não entre os intermediários [Amazon, Paypal, etc.] e o Resto do Mundo." "Em um universo ideal, isso seria resolvido por um processo aberto e transparente contra o Wikileaks, onde um tribunal poderia decidir se as leis foram ou não quebradas", escreveu Edwards. "As pessoas atualmente atacando anonimamente a Mastercard e o PayPal fariam melhor em perseguir seus deputados (ou representantes similares) para levá-los a perguntar em público o que diabos está acontecendo."



No fim, a discussão é muito maior do que a existência ou não de informações importantes nos documentos vazados pelo Wikileaks (pouco mais de mil dos 250 mil estão disponíveis no site até agora). O Wikileaks é só um site. Julian Assange é só um cara. Marshall McLuhan afirmou em 1968 que a "Terceira Guerra Mundial será uma guerra de guerrilhas da informação, sem divisão entre a participação de militares e civis". É bem possível que seja, mas talvez não agora. É aqui que deve iniciar uma discussão séria sobre o futuro da internet e da transparência. Quanta liberdade, o que regulamentar, como serão os modelos de sigilo governamental, isso tudo é o que ainda precisa ser discutido.

ATAQUES DE SÁBADO INDICAM POSSÍVEIS AÇÕES DE OUTROS GRUPOS HACKERS CONTRA O GOVERNO.


Os hackers brasileiros do grupo LulzSec usaram o Twitter para reivindicar todos os grandes ataques a sites do Governo brasileiro realizados desde a madrugada de quarta-feira (22). Até as 15h30 deste sábado, no entanto, o grupo não havia assumido a autoria de nenhuma das ações registradas durante o dia em várias partes do país – o que indica a possível adesão de outros hackers neste movimento de comprometer sites do governo.

O perfil do grupo no Twitter, o @LulzSecBrazil, teria mudado para @LulzSec_BR. Na primeira conta, nada foi postado durante o dia. Na segunda, noticiaram o vazamento de dados e também um ataque, mas nenhum referente àqueles noticiados durante o dia: ações contra os sites da UnB (Universidade de Brasília), das secretarias da Comunicação e da Administração do governo de Mato Grosso, da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, da Polícia Militar de Goiás e da Assembleia Legislativa do Amazonas.

Na ação contra a Assembleia Legislativa do Amazonas, um grupo denominado Sophia Hacker Group 2011 - Owned by Alternative, sem qualquer aparente ligação com o LulzSec, assumiu a autoria do ataque.

Pelo padrão de comportamento observado nos últimos dias, é muito provável que o LulzSec tivesse divulgado o sucesso desses ataques, caso fossem de sua autoria. Após analisar uma conversa sigilosa entre membros do grupo, a publicação britânica “Guardian” chegou a defini-los como “obcecados com a mídia”, por conta da forma como gostam de exibir seus feitos.

Como nada foi mencionado por eles, surge a possibilidade de outros grupos ou indivíduos terem aderido à causa. “No momento em que esses jovens ficam sabendo que um certo grupo, no caso o LulzSec, conseguiu chamar a atenção mundial por suas ações, imediatamente eles se identificam com o movimento [seja ele qual for] e passam a querer fazer parte dele, seja individualmente, seja formando grupos menores de interesses semelhantes, geralmente motivados por um ideário”, afirmou o especialista em tecnologia Carlos Alberto Teixeira, em sua coluna em "O Globo".



GRUPO HACKER É DESORGANIZADO E OBCECADO COM A MÍDIA, DIZ JORNAL BRITÂNICO.

O jornal britânico “Guardian” divulgou nesta sexta-feira (24) ter obtido acesso a uma conversa sigilosa entre membros do grupo hacker LulzSec realizada via sistema de bate-papo IRC (o mesmo utilizado pelo UOL Tecnologia na entrevista com um participante brasileiro da organização). A análise do conteúdo, afirma a publicação, mostra um grupo desorganizado e obcecado com a cobertura da mídia.

Esses hackers apareceram pela primeira vez em maio, dizendo ter o objetivo de expor brechas na segurança de sistemas. No Twitter, eles se declararam responsáveis por ataques recentes a empresas de videogame como Sony e Nintendo, às redes de televisão americanas Fox e PBS e a órgãos governamentais americanos como a CIA (agência de inteligência americana) e o FBI (polícia federal), além do serviço público de saúde britânico, o NHS. O braço brasileiro do grupo, o LulzSecBrazil, reivindica os diversos ataques realizados nesta semana contra sites do governo.

Após analisar as conversas privadas, o “Guardian” afirmou que o LulzSec não é um grupo grande, como pode parecer: seriam de seis a oito membros no braço internacional.

Um membro identificado como Sabu -- possivelmente um consultor de segurança na faixa dos 30 anos – controlaria as ações estrangeiras. Outro participante, identificado como Kayla, seria o responsável por uma grande rede de máquinas infectadas, usadas nos ataques de negação de serviço (quando esses computadores zumbis são direcionados a um mesmo site, simultaneamente, fazendo com que saiam do ar). Já Topiary teria a missão de gerenciar a imagem do LulzSec, incluindo o perfil no Twitter.

IMAGEM

“Eles são obcecados com a cobertura da mídia, especialmente em jornais, trocando imagens do que foi publicado no ‘Wall Street Journal’ e outros jornais impressos”, diz o “Guardian”.

O LulzSec passa uma imagem jovial e exibe um perfil de diversão em suas ações, mas Sabu é bastante sério -- a publicação britânica o descreve como “dominador e às vezes quase um pai”. Apesar de coordenar o LulzSec, Sabu aparentemente não participa das atividades do grupo. Mas lembra os demais participantes, com frequência, sobre os perigos de serem rastreados pelas autoridades.

Em uma ocasião, por exemplo, um membro do grupo iniciou uma espécie de “perguntas e respostas” no site Reddit, para interagir com o público. A brincadeira, descreve o “Guardian”, causou a ira de Sabu. “Vocês criaram uma seção de perguntas e respostas no Reditt? Vou até suas casas matar vocês. Se vocês criaram isso, não entendem o que estamos fazendo aqui. Pensei que isso era senso comum... Chega de aparições públicas sem que sejam organizadas por nós.”

DISCÓRDIA

A iniciativa do Reditt, organizadas por um participante sem que os demais membros soubessem ou concordassem, não foi a única desse tipo. Kayla (responsável pela rede de computadores zumbis) foi acusado de dar códigos de um voucher roubado da Amazon para alguém de fora do grupo – o que poderia levar as autoridades a descobrir mais detalhes sobre as ações do grupo. Sabu também condenou essa atitude.

Alguns dos membros discordaram dos ataques de 3 de junho, quando o LulzSec atacou um site ligado ao FBI. Por conta disso, dois participantes ficaram nervosos e saíram, com medo do que o governo norte-americano poderia fazer.

MOTIVAÇÃO

“A LulzSec e o Anonymous acabaram de declarar guerra aberta contra todos os governos, bancos e grandes corporações do mundo. Eles estão convocando todos os hackers do mundo para se unirem ao propósito. O objetivo é expor corrupção e segredos obscuros“, diz um documento divulgado em parceria entre os grupos. A ação para derrubar os sites do governo brasileiro faz parte dessa mesma operação AntiSec – investida contra páginas de governos de todo o mundo.

Na quarta-feira (22), o UOL Tecnologia conversou com um dos representantes do braço local do LulzSec. Em entrevista realizada via sistema de bate-papo IRC, o hacker identificado apenas como bile_day afirmou que o objetivo das ações é “mostrar a podridão que está encubada no Governo”. “Estamos reunindo documentos obtidos nas investidas que fizemos e iremos colocá-los a disposição para que todos os brasileiros vejam e se juntem a nós”, afirmou.





COMO O GOVERNO TEM REAGIDO AOS ATAQUES?

De acordo com a Presidência da República, alguns sites do governo estão passando por serviços de manutenção para aumentar a segurança contra ataques. Na sexta-feira, a Polícia Federal (PF) anunciou que abriu uma investigação para chegar aos responsáveis pelos ataques aos sites do governo.

A ameaça de novos ataques fez com que o site da Infraero fosse tirado do ar durante uma hora hoje de forma preventiva. A empresa afirmou que resolveu adotar a medida para reforçar a segurança e evitar possíveis ataques virtuais. O grupo que invadiu o site do IBGE deixou uma mensagem afirmando que, neste mês, "o governo vivenciará o maior número de ataques de natureza virtual na sua história feito pelo Fail Shell".





QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DESSES ATAQUES?

Além de ter efeito negativo para a imagem do governo, os ataques podem comprometer a confiança que internautas brasileiros vêm desenvolvendo no uso de serviços públicos virtuais, aponta Karin Breitman. "Acho que a ação tem efeito parecido com a de terroristas. As pessoas ficam receosas com informações que estão na internet. Isso é horrível, porque pode fazer com que caminhemos dez anos para trás", diz.

De acordo com a professora do Departamento de Informática da PUC-Rio, a informatização de serviços oferecidos pelo Estado à população vem tornando o acesso a esses serviços mais eficientes e menos burocráticos. Os ataques injetam dúvidas sobre a segurança do ambiente virtual "num momento muito frágil e importante, onde a população está conseguindo acesso à internet". "Ataques desse tipo criam fantasias que são nocivas ao crescimento da utilização da internet, principalmente para a população que não conhece direito", diz.

Já o temor de que os hackers possam ter acesso a dados pessoais de funcionários ou a informações confidenciais sobre o governo é infundado, afirma ela. "Quando a gente acessa dados na internet, está acessando um espelho, uma cópia dos dados. Os originais ficam protegidos dentro de outros servidores que não têm acesso externo", explica, acrescentando que informações cadastrais de funcionários não ficam na mesma base de dados que as informações que vão para a internet.





OPOSIÇÃO QUER AUDIÊNCIA NA CÂMARA SOBRE ATAQUES DE HACKERS.

Conforme nota divulgada neste sábado, o deputado Sandro Alex (PPS-PR), integrante da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara, pretende convidar para uma reunião, na segunda-feira, especialistas e autoridades dos órgãos do governo que tiveram suas páginas na internet atacadas por hackers nesta semana. Entre os portais institucionais que apresentaram tais atividades estão os de Petrobras, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Ministério da Cultura, Receita Federal e Senado Federal.

O objetivo do encontro é saber, em detalhes, "o que ocorreu e qual o grau de vulnerabilidade das informações mais confidenciais e aquelas que podem comprometer a segurança nacional", dizia a nota.

"Hoje eles derrubaram os sites destas instituições. Até onde (hackers) podem ir, além daqui? O nosso sistema aéreo está cem por cento protegido? Então, são estas as respostas que precisamos levar para o Congresso Nacional e discutir formas de melhorar nossas redes de informação", afirmou o deputado.

Alex pretende incluir ainda no requerimento de audiência especialistas da Polícia Federal e do Serpro (Serviço de Processamento de Dados, que é ligado ao Ministério da Fazenda).





QUEM ESTÁ "NO TOPO" DEVE "DESCER DO SALTO", DEFENDEM HACKERS.

"Queremos obrigar os que estão no topo a descer do salto", defende o porta-voz de hackers da Lulz Security.

Um porta-voz dos hackers Lulz Security disse à BBC que o grupo tem como objetivo atacar os "que estão no topo" da sociedade a fim de obrigá-los a "descer do salto". Em um chat privado exibido em um programa de reportagens da BBC, Whirlpool (Redemoinho), que se descreve como "capitão do barco Lulz", afirmou que o grupo começou a hackear computadores há cerca de dois meses apenas "para se divertir" - mas que os objetivos se ampliaram desde então. "Hacking ético com objetivos políticos é mais recompensador", disse o hacker.

O Lulz Security tem ganhado proeminência nas últimas semanas com ataques cibernéticos a alvos altamente visados, que incluíram a agência de inteligência americana, a CIA, e a gigante de entretenimento Sony. No Brasil, o braço brasileiro do grupo, o LulzSecBrazil, reivindicou a responsabilidade feira por um ataque ao site da Presidência da República.

Na sexta-feira, os alvos foram os sites do Ministério da Cultura e do IBGE, que chegaram a ficar fora do ar. Após uma varredura no sistema, o instituto de estatística afirmou que nenhuma informação foi acessada em sua base de dados. A reportagem da BBC não se encontrou pessoalmente com Whirlpool, o porta-voz dos hackers. A produção do programa Newsnight, exibido na sexta-feira à noite, pôde confirmar que ele é usuário com acesso ao twitter @Lulzsec. A seguir, os principais trechos da conversa.

BBC - O que é a operação Antisec, que o grupo está encampando?

Whirlpool - Reunimos energia a partir de uma gota de operações pessoais para chegar a um movimento global de hackers contra as pessoas comuns que se consideram os opressores, em outras palavras, os governos do mundo. Nosso barco Lulz reuniu barcos aliados de grupos hackers como o Anonymous e outros, incluindo grupos proeminentes brasileiros, iranianos e espanhóis.

BBC - Pode explicar o que quer dizer com 'se consideram os opressores'?

Whirlpool - Aqueles que criam as regras para governar os oceanos não são corruptos por natureza, mas logo eles se dão conta de que ninguém questiona as regras que eles criam, então usam este sistema para cometer abusos. As pessoas temem novas regras, as pessoas temem os que estão no topo, e estamos obrigando-os a descer do salto um pouquinho.

BBC - Vocês acham que as regras é que estão erradas? Que são as pessoas erradas que estão fazendo as regras? Vocês concordariam com regras, desde que com mais transparência?

Whirlpool - Quando nosso barco quer navegar em uma livraria, não queremos pagar à Apple para ter um aparelho de leitura móvel e, em seguida, um aplicativo que nos permita ler livros, e depois ter de comprar os direitos de ler o livro em formato texto. Não ao direito à propriedade intelectual. O "errado" à propriedade intelectual é um inimigo constante dos mares.

BBC - Então o copyright é um dos temas, mas não deve ser a razão por trás dos ataques à polícia do Arizona. Pode explicar isto?

Whirlpool - Nosso ataque contra a polícia do Arizona foi para expor o preconceito racial e a corrupção na frota inimiga. Em um dos emails vazados, eles se referem aos mexicanos como imigrantes ilegais, e dizem que precisam construir um muro mais alto e maior para mantê-los fora (do território americano). Temos centenas de outros documentos prontos para divulgar a respeito de Estados corruptos semelhantes.

BBC - De propriedade intelectual à imigração - a sua agenda é bastante ampla...

Whirlpool - Nossos alvos são globais. Regras e leis corruptas definem bem o nosso vetor de ataque. Balas de canhão serão disparadas contra bancos, polícia e governos inteiros até que nós (a internet) estejamos satisfeitos.

BBC - Uma pergunta sobre seu nome - Lulz. Algumas pessoas pensam em "laughs" ('risada', em inglês). O grupo está ficando mais sério? Ou Lulz foi uma interpretação errada?

Whirlpool - Estamos violando as arcas do tesouro para nos divertir desde o twitter número um. Obtivemos os dados pessoais de mais de 73 mil participantes do X-Factor (o programa de calouros de grande sucesso do grupo Fox Entertainent) e temos mantido o ritmo. A nossa última operação, pouco antes de chegar a 250 mil seguidores, convida todo o resto da internet a se juntar a nós. Nesse sentido, a nossa missão é séria. Mas ainda queremos dar muita risada com ela.




MAIS SOBRE A MATERIA. - AONDE TUDO COMEÇOU.


http://anjocuritiba.blogspot.com/2010/12/wikileaks-libera-maior-vazamento-de.html