Réveillon sem fogos de artifício não é Réveillon. Mas cuidados são necessários para evitar acidentes com os artefatos, que podem ocasionar perda de dedos e partes da mão, queimaduras, lesões oculares e auditivas.
Pais não podem deixar crianças manusearem fogos de artifício. Além disso, quem compra o produto deve seguir exatamente as orientações impressas na embalagem.
Os acidentes com fogos de artifício são uma das ocorrências comuns em hospitais e pronto-socorros na virada do ano. As pessoas que mais correm risco manipulando os artefatos são homens, entre 14 e 45 anos, segundo o médico pediatra José Eduardo Vianna, do setor de Queimados do Hospital Evangélico, em Curitiba.
Caso o acidente ocorra, os primeiros socorros devem ser colocar a área atingida em água fria corrente e limpa. Depois, é necessário pegar um pano limpo, cobrir a região e procurar um hospital imediatamente. O Corpo de Bombeiros atende e orienta os casos por meio do telefone 193. Na virada do ano, o Hospital Evangélico estará de plantão 24 horas.
Com a chegada do fim de ano, nas celebrações muitas pessoas acabam associando o consumo de bebidas alcóolicas à manipulação inadequada dos fogos de artifício. O resultado, é claro, só poderia ser explosivo. A Associação Brasileira de Cirurgia de Mão (ABCM) alerta que durante o Rèveillon e as festas juninas os acidentes com fogos de artíficios crescem e o resultado são sequelas para toda a vida. De acordo com estatísticas da ABCM, uma em cada dez pessoas que sofrem acidentes com fogos de artifício tem membros amputados, principalmente os dedos.
Os dados da ABCM apontam que o uso de fogos de artifício pode provocar queimaduras em 70% dos casos; lesões com cortes e lacerações em 20% e amputações em 10%.
Confira algumas dicas para soltar fogos de artifício com segurança:
- Não compre fogos de artifícios clandestinos, na maioria das vezes não são testados. Esses fogos são vendidos de forma avulsa e não trazem as orientações do fabricante na embalagem.
- Sigas as dicas do fabricante e peça orientações de como proceder no momento da compra do artefato.
- Compre artefatos que venham com a base para encaixar no suporte dos fogos de artifício, para que seja possível colocar no chão. Dessa forma, não é preciso segurá-los com as mãos.
- Nunca deixe crianças soltar fogos.
- A distância para explodir os fogos com segurança é de 30 a 50 metros de pessoas, edificações e carros.
- Se os fogos não estourarem, não tente reaproveitá-los. Molhe-os para apagar o pavil e evitar acidentes e leve na loja em que comprou para trocá-los.
- Se for guardar fogos de artifício em casa, deixe-os em um local seco e longe de fogões, isqueiros e do acesso a fumantes.
Como evitar acidentes
Comprar fogos somente em locais autorizados.
Verificar o estado da bombinha ou rojão.
Jamais carregar as bombinhas no bolso.
Nunca acender próximo ao rosto.
Nunca guardar fogos em casa.
Não segurar os fogos de artifício com as mãos. Prenda o rojão em uma armação, cerca ou muro e não fique próximo na hora de acender.
Não tente acender fogos que falharem.
Dispare os fogos somente ao ar livre, um de cada vez.
Veja se não há substâncias inflamáveis ou redes elétricas nas proximidades.
Tenha um balde de água perto para colocar foguetes usados ou aqueles que falharam, para não haver riscos de novas explosões.
Confira sempre o certificado de garantia do foguete.
Nunca associe bebida alcoólica ao uso de fogos, pois os reflexos ficam reduzidos.
Não tente fazer foguetes ou bombinhas caseiras.
Jamais dê qualquer tipo de fogos de artifícios para menores de 18 anos.
Evite que as crianças estejam expostas aos riscos das explosões. Não existe forma segura de utilizar os fogos de artifício, mas no caso do uso, as pessoas devem seguir as normas de segurança e instrução dos fabricantes para não transformar a sua festa de final de ano em uma tragédia. Jamais deve se dar qualquer tipo de fogos de artifícios para menores de 18 anos e evite que as crianças estejam expostas aos riscos das explosões.
CLASSIFICAÇÃO DOS FOGOS (De acordo com a legislação em vigor)
Classe-A: São permitidos para quaisquer idades.
Classe-B: São permitidos para quaisquer idades, mas aconselháveis para maiores de 14 anos.
Classe-C: São permitidos somente para maiores de 18 anos.
Classe-D: Somente restrito para uso profissional.
BEBIDA ALCOÓLICA E DIREÇÃO
Nestas datas onde acontecem muitas festas, quase sempre acompanhadas de muita bebida alcoólica, exageros que aliados à direção acabam causando acidentes graves. Aqueles teimosos que até hoje não perceberam, ou melhor, não querem perceber o grande risco que correm, não é só risco para suas próprias vidas, mas também para as de pessoas inocentes que muitas vezes estão trabalhando ou se divertindo de maneira equilibrada e sadia.
Você sabia que depois dos assassinatos, os acidentes de trânsito são o principal motivo de morte entre os jovens brasileiros com faixa etária entre 15 a 24 anos?
Os Acidentes de Trânsito acontecem com muita freqüência principalmente nas estradas onde a velocidade é maior do que nas ruas das cidades. No Brasil o número de acidentes com vítimas fatais chega a aproximadamente 40.000 pessoas anualmente e esses são dados da estatística que pode não estar exata e por isso esse número pode ser bem maior. Esses acidentes de transito acontecem em proporções muito elevadas nas rodovias paulistas e federais e as mortes são muitas e na maioria das vezes jovens que fazem a união de direção e bebidas.
VERDADES E MENTIRAS SOBRE A BEBIDA
Vou tomar café forte." - Apesar de estimulante, o café de nada altera o estado de embriaguez.
"Vou tomar banho frio." - Água fria apenas dá a sensação de "acordar" no instante da ducha. Os efeitos do álcool, porém, permanecem inalterados.
"Vou tomar vento." - Os efeitos do álcool não se dissipam com um "ventinho". Só o passar do tempo elimina o álcool do organismo.
"Vou comer antes de beber." - Os efeitos do álcool variam de pessoa para pessoa, mas uma coisa é certa: o álcool sempre produzirá alterações em sua percepção, ainda que você esteja muito bem alimentado.
"Vou tomar um remédio." - A ciência não conseguiu produzir qualquer droga que elimine os efeitos do álcool. Nenhum comprimido, nenhuma receita milagrosa.
"Vou beber porque conheço o meu limite" - Ninguém está tão acostumado a beber a ponto de ficar livre dos efeitos do álcool. É difícil saber exatamente a hora de parar. Até porque a primeira função a ser comprometida pela bebida é a capacidade crítica.
"Vou beber esse tipo de bebida porque é mais fraca." - Não existem bebidas fracas. O que determina o estado de alcoolemia é a quantidade de álcool ingerido. Ingerir 340ml de uísque ou cachaça não faz muita diferença. O certo é que, quem bebe, diminui os reflexos e não pode de maneira alguma, dirigir.
LEI SECA :
A nova Lei 11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, proíbe o consumo de praticamente qualquer quantidade de bebida alcoólica por condutores de veículos. A partir de agora, motoristas flagrados excedendo o limite de 0,2 grama de álcool por litro de sangue pagarão multa de 957 reais, perderão a carteira de motorista por um ano e ainda terão o carro apreendido. Para alcançar o valor-limite, basta beber uma única lata de cerveja ou uma taça de vinho. Quem for apanhado pelos já famosos "bafômetros" com mais de 0,6 grama de álcool por litro de sangue (equivalente três latas de cerveja) poderá ser preso. Entenda melhor a nova "Lei seca" brasileira.
1. O que diz a lei que restringe o consumo de bebidas alcoólicas por motoristas?
A lei considera crime conduzir veículos com praticamente qualquer teor alcoólico no organismo. Quem for pego sofrerá punições que variam da multa até a cadeia. O homicídio praticado por um motorista alcoolizado será considerado doloso (com intenção de matar). A lei prevê também a proibição da venda de bebidas alcoólicas nas das rodovias federais em zonas rurais.
2. Qual é o objetivo da lei?
Diminuir os acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados. O consumo de bebidas alcoólicas é uma das principais causas de acidentes automobilísticos no país, segundo estatística da Polícia Rodoviária Federal.
3. Por que a lei foi endurecida?
Antes, acreditava-se que havia um "nível seguro" de álcool no organismo – até esse limite, não haveria alterações severas de consciência que impedissem uma pessoa de dirigir. Porém, estudos comprovaram que as pessoas são diferentes entre si e que o tal "nível seguro" não existe em matéria de álcool. "É muito mais seguro seguir a orientação de não ingerir nenhuma substância psicoativa – que muda o comportamento e desempenho do ser humano", avalia o médico Alberto Sabbag, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
4. Outras nações adotam a "lei seca"?
Sim. Em uma lista de 92 países pesquisados pelo International Center For Alcohol Policies (Icap), instituição sediada em Washington (EUA), o Brasil agora se enquadra entre os 20 que possuem a legislação mais rígida sobre o tema. A lei aqui é mais restritiva do que as de outras 63 nações pesquisadas, mas ainda é superada pelas regras de outros 13 países. Cinco nações têm o mesmo nível de rigor do Brasil: Estônia, Polônia, Noruega, Mongólia e Suécia. Na América do Sul, o Brasil ficou em segundo lugar, atrás apenas da Colômbia, onde o limite é zero. Vizinhos como Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Venezuela estipulam limites de 0,5 g/l, 0,8 g/l, 0,8 g/l, 0,7 g/l e 0,5 g/l, respectivamente. Estados Unidos (0,8 g/l), Canadá (0,8 g/l) e alguns países europeus – Reino Unido (0,8 g/l), Alemanha (0,5 g/l), França (0,5 g/l), Itália (0,5 g/l) e Espanha (0,5 g/l) – também são mais tolerantes no assunto.
5. Quais as punições aos infratores?
Quem for flagrado com uma dosagem superior a 0,2 gramas de álcool por litro de sangue (equivalente à ingestão de uma lata de cerveja ou um cálice de vinho) pagará multa de 957 reais, receberá sete pontos na carteira de motorista e terá suspenso o direito de dirigir por um ano. Aqueles cuja dosagem de álcool no sangue superar 0,6 g/l (duas latas de cerveja) deverão ser presos em flagrante. As penas poderão variar de seis meses a três anos de cadeia, sendo afiançáveis por valores entre 300 e 1.200 reais. Os infratores também perderão o direito de dirigir por um ano.
6. Como foram estabelecidos os limites?
Na verdade, o limite de 0,2 g/l se refere à margem de erro do próprio bafômetro, explica o relator da lei, deputado Hugo Leal (PSC-RJ). "Para que não haja conflito, estabeleceu-se uma pequena margem de erro na questão da aferição do aparelho". Esse limite, porém, poderá ser revisto pelo governo, a partir de estudos que analisam a dosagem de álcool em itens como anti-sépticos e até doces com licor.
7. Quanto é permitido beber antes de dirigir?
A partir de agora, praticamente nada – limite de 0,2 grama de álcool por litro de sangue. Antes, somente motoristas cuja dosagem de álcool no sangue superava 0,6 grama de álcool por litro de sangue (duas latas de cerveja) eram punidos.
8. Após beber, quanto tempo é preciso esperar antes de dirigir?
O tempo de permanência do álcool no organismo varia de uma pessoa para outra. Fatores como estar com o estômago vazio ou cheio, ser homem ou mulher, branco ou negro e até estar mais ou menos acostumado à bebida influenciam. "Para uma pessoa, por exemplo, que passou a noite em claro, o efeito de uma lata de cerveja é triplicado", explica o médico Alberto Sabbag, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). De maneira geral, um copo de cerveja ou um cálice de vinho demora cerca de seis horas para ser eliminado pelo organismo – já uma dose de uísque leva mais tempo. Por isso, independentemente do volume ou tipo de bebida ingerida, é mais prudente que o motorista só reassuma o volante 24 horas depois de beber. Assim mesmo, passado esse intervalo, se persistirem sintomas do álcool, o melhor a fazer é não dirigir. A alternativa é tomar um táxi, transporte coletivo ou então entregar a direção a quem não bebeu.
9. Comer um chocolate com licor, por exemplo, pode provocar um resultado positivo no teste do bafômetro?
Sim. Dois bombons com recheio de licor, por exemplo, são suficientes para o resultado positivo.
10. Fazer bochecho com anti-séptico bucal que contenha álcool dá um resultado positivo?
Sim. O bafômetro é um aparelho sensível, dizem os especialistas. Caso aconteça isso, o motorista pode pedir para repetir o teste após um intervalo de cerca de 20 minutos – o resultado não acusará mais a presença de álcool.
11. Como o índice de álcool no organismo será verificado e por quem?
Há três maneiras de realizar o teste: com o bafômetro, por meio de exame de sangue ou ainda exame clínico – que serve para indicar sinais de embriaguez. Esses testes só poderão ser realizados por fiscais de trânsito, policiais militares e agentes das polícias rodoviárias. A autoridade de trânsito também poderá levar o motorista suspeito para um exame clínico, caso não tenha um bafômetro no local.
12. É obrigatório fazer o teste do bafômetro?
Não. O motorista pode se recusar a fazer qualquer teste, já que, no Brasil, ninguém é obrigado a produzir uma prova contra si. Nesse caso, porém, o condutor sofrerá a mesma punição destinada a pessoas comprovadamente alcoolizadas – ou seja, multa de 957 reais e suspensão do direito de dirigir por um ano. Esse, aliás, é um ponto polêmico da lei: a Ordem dos Advogados do Brasil-SP deve fazer uma representação ao presidente da OAB federal para que seja providenciada uma ação direta de inconstitucionalidade, segundo o presidente da Comissão de Trânsito da OAB, Cyro Vidal. Por ora, caso o motorista use a artimanha de se negar a fazer o exame, entrando posteriormente com um recurso na Justiça, a lei prevê que o testemunho do agente de trânsito ou policial rodoviário tem força de prova diante do juiz.
13. O que diz a lei sobre a venda de bebidas nas rodovias?
A lei permite a venda de bebidas alcoólicas nos perímetros urbanos das rodovias federais, mas prevê multa de 1.500 reais para quem comercializá-las nas áreas rurais das estradas. Em casos de reincidência, o valor da multa será dobrado.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
ENTENDA PARA QUE SERVEM AS PRINCIPAIS ANÁLISES SANGUÍNEAS E O BENEFÍCIO DO CHECK-UP
Todo mundo já fez um check-up pelo menos uma vez na vida. Algumas pessoas exageram e procuram seu médico de 6 em 6 meses para realizar seus exames.
Quem é que nunca recebeu suas análises de sangue cheia de números, termos técnicos e palavras desconhecidas ? E quando surge um resultado fora do valor de referência? Aquele número em negrito logo se transforma em uma ameaça de doença oculta. Já perdi a conta de quantos amigos e familiares já não me ligaram por causa desse temido valor fora da referência. A pergunta é sempre a mesma - Isso é algo grave?
Bom, antes de explicar o básico dos exames de sangue e check-ups é preciso esclarecer alguns pontos.
1.) Os exames são chamados de "exames complementares" porque complementam a avaliação médica. Nunca a substitui. Um resultado de exame de sangue sem uma história clínica e uma exame físico do paciente pode causar mais confusão do que elucidações. Às vezes recebo e-mails ou comentários de pessoas que eu nunca vi na vida, trazendo o resultado isolado de alguma análise e uma solicitação de diagnóstico. Não é assim que as coisas funcionam.
2.) Qualquer exame complementar, seja de sangue, urina, imagem etc... é passível de erros. Estes erros podem ser tanto de interpretação, como erros nas máquinas que os produzem. É preciso um médico para saber interpretar os resultados. O quadro clínico do doente é sempre soberano. Deve-se diagnosticar e tratar o paciente, nunca o exame.
3.) Não se pede exames sem motivo. O conceito do check-up completo é errado. Como os exames podem apresentar erros, não faz sentido solicitá-los se não há uma hipótese diagnóstica a ser investigada.
4.) É preciso saber diferenciar exames de rastreamento (screening) do check-up. Os exames de rastreamento são aqueles realizados para se identificar doenças prevalentes em um determinado grupo ou faixa etária. São exames que se mostraram benéficos quando solicitados periodicamente. Um exemplo é a mamografia para o câncer de mama ou um exame ginecológico de rastreamento de câncer de colo de útero. Não faz sentido, por exemplo, solicitar ressonâncias magnéticas de crânio em todo mundo para tentar descobrir tumores cerebrais.
5.) O que muitas empresas fazem, solicitando vários exames a novos empregados e encaminhando-os a especialistas quando aparece alguma alteração, é uma aberração. Primeiro, é gasto desnecessário de recursos da saúde, segundo, vários desses exames poderiam ser descartados com uma simples consulta, e terceiro, resultados errados levam a ansiedade desnecessária por parte do paciente, que às vezes, é rotulado como doente, quando na verdade não o é.
6.) Alguns pacientes confundem o que é um exame de sangue. Não existe uma solicitação única, que engloba todos as análises existentes. Existem centenas de dosagens diferente em uma análise de sangue. O médico precisa especificar no pedido quais análises ele gostaria de receber. Se o médico não solicitar uma dosagem de colesterol, este não virá nos resultados. Não é porque foi colhido uma amostra de sangue, que sempre será feito hemograma, colesterol, glicose ou qualquer outra dosagem. O laboratório só fornece o que foi pedido, e o médico só pede o que acha ser relevante para aquele momento.
Bom, vamos então imaginar que seu médico após uma criteriosa avaliação do seu estado de saúde, dos seus antecedentes patológicos, do histórico familiar e de seus hábitos de vida, resolveu solicitar alguns exames para complementar sua avaliação.
Eis os exames de sangue mais frequentes na prática clínica.
A) HEMOGRAMA
O hemograma é o exame para avaliar as três principais linhagens de células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). É o mais complexo e o que merece maiores explicações. Concentre-se apenas naqueles que explicarei.
1- Hemácias (glóbulos vermelhos)
Serve para o diagnóstico de anemia (leia: O QUE É ANEMIA ? ) que é a redução do número de células vermelhas.
São levados em conta principalmente os valores do hematócrito e da hemoglobina. Valores um pouco fora da faixa de referência podem não ter significado clínico. Mulheres podem ter hematócrito/hemoglobina um pouco mais baixo devido a perdas de sangue na menstruação. Fumantes costumam tê-los um pouco elevado devido a pior oxigenação do sangue pelos seus pulmões. Repito: esses valores devem sempre ser interpretados
2- Leucócitos (glóbulos brancos)
São as nossas células de defesa. É o exército ou a polícia do organismo. Chamamos de leucocitose quando estão aumentados. Normalmente indicam uma resposta do organismo a um processo infeccioso em curso. Doentes com pneumonia (leia: QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA PNEUMONIA ? ) ou um abscesso (leia: O que é o pus ? O que é um abscesso? O que é uma inflamação? )costumam ter seu número de leucócitos aumentados. A ausência de leucocitose de modo algum descarta uma infecção. Mais uma vez, o quadro clínico é sempre soberano.
Grandes elevações podem indicar leucemia (leia: LEUCEMIA - Sintomas e Tratamento). Leucopenia é o nome que se dá a baixa contagem dos leucócitos. Significa uma supressão da imunidade e maior susceptibilidade a infecções.
Os leucócitos são divididos em 5 grupos de células com funções diferentes na defesa do organismo:
Neutrófilos
Eosinófilos
Basófilos
Linfócitos
Monócitos
Essas dosagens servem para se identificar qual linhagem é a responsável pela leucocitose ou leucopenia
3- Plaquetas
São as células responsáveis pelo processo de coagulação do sangue. Elevações são chamadas de trombocitose e a diminuição de trombocitopenia. Pacientes com plaquetas muito baixas são mais propensos a sangramentos. Plaquetas muito elevadas podem favorecer a formação de trombos.
A dosagem das plaquetas são necessárias antes de cirurgias ou procedimentos susceptíveis a sangramentos. Também são importantes na distinção da forma hemorrágica e clássica da dengue (leia: TUDO SOBRE DENGUE E SEUS SINTOMAS )
Para saber informações mais detalhadas sobre o hemograma, leia: HEMOGRAMA - Entenda os seus resultados
B) Tempo de tromboplastina ativada (PTT ou TTP) e tempo de protrombina (TAP ou TP)
Medem o tempo que o sangue demora para coagular. Obviamente, tempos maiores indicam maior propensão a sangramentos. A cascata da coagulação inicia-se com a ativação das plaquetas e é completada pela ação dos fatores da coagulação. O TAP e o PTT medem a funcionamento desses fatores. A avaliação completa do estado da coagulação, feita com o TAP, PTT e plaquetas, é muitas vezes chamado de coagulograma.
A dosagem do INR é uma outra maneira de avaliar o TAP. Atualmente é a mais usada por ser mais confiável.
C) COLESTEROL
O colesterol total é composto da soma das frações HDL+LDL+VLDL.
HDL - colesterol bom. Protege os vasos da aterosclerose (Placas de gordura). Quanto mais elevado melhor.
LDL e VLDL - Colesterol ruim, formador da aterosclerose que obstrui os vasos sanguíneos e leva a doenças como infarto. Quanto mais baixo melhor.
Triglicerídeos - Estão relacionados ao VLDL. Normalmente equivale a 5x o seu valor. Um paciente com 150 mg/dl de triglicerídeos apresenta 30 mg/dl de VLDL.
Há algum tempo se sabe que o colesterol total não é tão importante quanto os valores de suas frações. Pois vejamos 2 pacientes distintos:
1- HDL = 70, LDL= 100, VLDL= 30. Colesterol total = 200 mg/dl
2- HDL = 20, LDL = 160, VLDL = 20. Colesterol toal = 200 mg/dl
Sem dúvida o primeiro paciente tem muito menos risco de desenvolver ateroesclerose que o segundo, apesar de terem o colesterol total igual. Não basta ver a quantidade, é necessário saber a qualidade. Para saber mais sobre o colesterol, leia: COLESTEROL BOM (HDL) E COLESTEROL RUIM (LDL).
D) UREIA e CREATININA
São as análise que avaliam a função dos rins.
Seus valores são usados para cálculos do volume de sangue filtrado pelos rins a cada minuto. Os melhores laboratórios já fazem esse cálculo automaticamente para o médico e normalmente vem com o nome de "clearance de creatinina" ou "taxa de filtração glomerular".
Valores aumentados de ureia e creatinina indicam diminuição da filtração pelo rim.
Valores menores que 60 ml/minuto de clearance de creatinina indicam insuficiência renal.
Este é um dos exames que mais requerem interpretação do médico, pois o mesmo valor de creatinina pode ser normal para uma pessoa, e significar insuficiência renal para outra.
Para saber mais leia: VOCÊ SABE O QUE É CREATININA ?
E) GLICOSE
A dosagem de glicose é importante para o diagnóstico ou controle do tratamento do diabetes mellitus. Só tem valor se realizada com um jejum mínimo de 8 horas.
• Valores menores que 100 mg/dl são normais
• Valores entre 100 e 125 mg/dl são considerados pré-diabetes.
• Valores acima de 126 mg/dl são compatíveis com diabetes (deve ser sempre repetido para confirmação do diagnóstico)
Para saber mais sobre os valores da glicose e diabetes, leia: DIAGNÓSTICO E SINTOMAS DO DIABETES e OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA
Para saber mais sobre outros exames do diabetes como a hemoglobina glicosilada e a frutosamina, leia: GLICEMIA
HEMOGLOBINA GLICOSILADA
Diagnóstico do diabetes
F) TGO (AST) TGP (ALP)
São exames para se avaliar o fígado. Valores elevados indicam lesão das células hepáticas. Normalmente traduzem algum tipo de hepatite, seja viral, medicamentosa ou isquêmica.
Leia: AS DIFERENÇAS ENTRE AS HEPATITES e O QUE SIGNIFICA AST (TGO) E ALT (TGP)?
G) Sódio (Na+), Potássio (K+), Cálcio (Ca++) e Fósforo(P-)
São chamados de eletrólitos. Valores elevados ou diminuídos devem ser tratados e investigados, pois podem trazer risco de morte se estiverem muito alterados.
H) TSH e T4 livre
São análises para se avaliar a função da tireóide, um pequeno órgão que se encontra na região anterior do nosso pescoço e controla nosso metabolismo. São com eles que diagnosticamos e controlamos o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.
Leia: HIPOTIREOIDISMO ( TIREOIDITE DE HASHIMOTO ), HIPERTIREOIDISMO E DOENÇA DE GRAVES e DOENÇAS E SINTOMAS DA TIREÓIDE
I) ÁCIDO ÚRICO
O ácido úrico é o metabólito resultante da metabolização de algumas proteínas pelo organismo. Níveis elevados são fatores de risco para gota (leia: SINTOMAS DA GOTA E ÁCIDO ÚRICO), cálculo renal (leia: CÁLCULO RENAL (PEDRA NOS RINS) - Por que ele surge? ) e estão associados a hipertensão e doenças cardiovasculares (leia: SINTOMAS E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO (PRESSÃO ALTA) e SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ANGINA )
J) PCR
É uma proteína que se eleva em estados inflamatórios. Ela é inespecífica. Normalmente indica processo infeccioso em andamento, mas também pode estar alta nas neoplasias e doenças inflamatórias. Uma PCR elevada associado a leucocitose é forte indicador de infecção em curso.
Para saber mais sobre PCR leia: EXAMES DE SANGUE
VHS, PCR, Ferritina e CK
K) PSA
Proteína que se eleva em caso de câncer de próstata. Aumentos do tamanho da próstata com a idade, chamada de hiperplasia prostática benigna, também podem levar a elevações, mas não nos níveis da neoplasia. Leia: SINTOMAS DO CÂNCER DE PRÓSTATA
L) ALBUMINA
A albumina é a proteína mais abundante no sangue. É uma marcador de nutrição. Como é sintetizada pelo fígado também serve para avaliação da função hepática em doentes cirróticos.
M) VHS ou VS
É mais um teste não específico de inflamação. É menos sensível que o PCR. Costuma estar muito elevado nas doenças auto-imunes. Leia: DOENÇA AUTO-IMUNE
Para saber m,ais sobre o VHS, leia: EXAMES DE SANGUE
VHS, PCR, Ferritina e CK
N) EAS ou Urina Tipo I (leia: ENTENDA SEU EXAME DE URINA )
É o exame básico de urina. Permite a detecção de doenças renais ocultas e pode sugerir a presença de infecções urinarias.
Com ele podemos avaliar a presença na urina de pus, sangue, glicose, proteínas etc... substâncias que em geral não deveriam estar presentes.
Leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA
O) UROCULTURA (leia: EXAME UROCULTURA
Indicações e como colher)
É o exame de escolha para diagnosticar infecção urinária. Com ele conseguimos identificar a bactéria responsável e ainda testar quais são os antibióticos efetivos e resistentes
Leia também: INFECÇÃO URINÁRIA ( CISTITE ) e PIELONEFRITE ( INFECÇÃO DOS RINS )
P) EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES
É o exame solicitado para investigar a presença de parasitas, conhecido vulgarmente por vermes
Leia: VERMES E EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES
Existem inúmeras outras análises que são pedidas no sangue, fezes e urina. Estas são as mais comuns.
Pergunte sempre ao seu médico o porquê de cada exame solicitado. Não existe pedir exame apenas por pedir. A boa prática médica pede que todo exame solicitado tenha um motivo.
Aos 30 anos
Exame: Gordura no sangue – Glicose
Frequência: uma vez por ano
A glicose em excesso pode provocar a diabetes. Estima-se que, hoje em dia, esta doença seja uma das mais ameaçadoras. Existem muitos homens com este problema e muitas vezes só o detectam tarde demais. Pode-se evitar que a doença chegue a um estado avançado fazendo apenas um simples teste à glicose no sangue. Saiba que esta doença pode ser prevenida com mudanças no estilo de vida. Se fizer exercício físico pelo menos 30 minutos por dia e perder 5% do peso através de uma dieta rica em fibras, legumes e frutas, reduz o risco de desenvolver esta doença em 60%.
Exame: HIV
Frequência: de 2 em 2 anos
Mais de 35 milhões de pessoas vivem com o vírus VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana). Todas as pessoas, mesmo as de grupos considerados baixo-risco, devem fazer este teste. Deve sempre fazer o teste 2 vezes: uma para saber e outra para confirmar, pois outras condições como o Lúpus, sífilis, doença de Lyme podem produzir um resultado positivo falso.
Exame: Exame aos testículos
Frequência: mensal
O cancro dos testículos é um dos mais comuns em homens dos 15 aos 34 anos. Também é um tipo de cancro com uma das taxas de sobrevivência maior, mais de 90%, devendo para tal, ser detectado na sua fase inicial, e na fase em que a dor é um sintoma muito ocasional. É importante que faça um auto-exame frequentemente. Procure um inchaço anormal, e use os seus dedos polegares e indicadores para sentir inchaços ou protuberâncias, que são usualmente do tamanho de uma ervilha. Ajuda fazer este exame depois de um banho quente, altura em que o escroto está mais relaxado.
Exame: Colesterol e Triglicerídeos - HDL, LDL e VLDL
Frequência: anualmente
Este teste fornece um quadro geral da saúde circulatória e permite ao seu médico a oportunidade de ver outro tipo de problemas. O HDL (colesterol bom), o LDL (colesterol mau) e o VHDL (muito rico em triglicerídeos) são os tipos de colesterol aos quais deve estar atento. O nível elevado de colesterol é o maior responsável por ataques cardíacos e pelas tromboses cerebrais (AVC), que causam uma morte a cada 33 segundos. Se tem um historial familiar de colesterol elevado, ou tem uma má alimentação, deve fazer este tipo de exame. Se o seu nível de colesterol é superior a 190, significa que tem um risco maior de desenvolver uma doença cardíaca. Deve realizar um exame de sangue para avaliar os valores do colesterol e dos triglicerídeos. Os triglicéridos são um outro tipo de gorduras também presentes no sangue, que em nível muito elevado pode torná-lo num sério candidato a doença coronária prematura.
Aos 40 anos
Exame: Índice de massa corporal (IMC)
Frequência: cada 2 anos, ou sempre que ganhar peso
A obesidade é um problema actual e bastante real. Muitos de nós tendem a desvalorizar e a descuidar o problema, deixando-o tomar conta da vida por completo. A obesidade está associada a diversas doenças como: pressão sanguínea elevada, diabetes, doenças do coração, e mesmo o cancro. Use o índice de massa corporal, que estima a gordura corporal baseando-se na altura e no peso para controlar a sua saúde. Um resultado entre 18.5 e 24.9 é um resultado normal. Este tipo de teste não inclui o perímetro abdominal, nem a massa muscular, por isso deve sempre mencionar isto ao seu médico.
Exame: Pressão arterial
Frequência: 1 vez por ano
Uma leitura abaixo de 120/80 mmHg é uma leitura desejada; acima de 140/90 mmHg é uma causa de preocupações. Se está entre estes dois valores (entre 120/80 e 139/89 mmHg) tome nota: sofre de “pré-hipertensão,” o que significa que é provável que desenvolva hipertensão arterial, e se não tomar medidas preventivas imediatamente poderá desenvolver arteriosclerose, AVC (acidente vascular cerebral), insuficiência renal ou enfarte do miocárdio.
Exame: Exame dental
Frequência: 2 vezes por ano
Existe uma ligação muito grande entre a doença periodontal e os problemas de coração. Quando as bactérias orais andam na corrente sanguínea, pode fazer com que o fígado liberte a proteína CRP também conhecida por proteína C-reativa e responsável pela inflamação. A inflamação daí resultante pode ser um factor causador de arteriosclerose. Felizmente, a doença relacionada com a inflamação das gengivas é reversível se for detectada em estágios iniciais.
Exame: Ultra-som às carótidas
Frequência: uma vez aos 40, depois, dependendo dos resultados mais ou menos vezes.
Este exame avalia o fluxo sanguíneo e é utilizado para detectar endurecimento, coágulos e oclusões nas artérias. Os derrames são uma das grandes causas de morte, e um teste ultra-som às carótidas pode demonstrar se está em maior ou menor risco de sofrer um. Este exame não invasivo providencia a visão das artérias que se localizam no pescoço, podendo revelar a obstrução das mesmas e o efeito dessa obstrução no fornecimento do sangue ao cérebro. 80% dos derrames cerebrais são devidos a coágulos sanguíneos, que só são detectados no próprio momento em que ocorre o derrame, não espere pelo sintoma.
Aos 50 anos
Exame: Análise à PSA (Antígeno Prostático Específico)
Frequência: 1 vez por ano
O cancro da próstata é o tumor mais comum em homens com mais de 50 anos de idade. O exame à PSA é um exame sanguíneo. O PSA é uma proteína segregada pela próstata. Se um exame sanguíneo indicar valores acima de 75, significa que o risco de vir a sofrer de cancro na próstata é muito elevado. A idade ideal para ser iniciada a vigilância através deste exame é a partir dos 40 anos de idade, para que se vá tendo uma noção dos valores e da sua variação ao longo do tempo; no entanto, aos 50 anos de idade é essencial fazê-lo. O aumento da taxa de PSA no sangue, excluídas as causas benignas desse aumento, pode indicar a presença de cancro na próstata. É importante que o seu médico tenha em atenção o tamanho da sua próstata, pois quanto maior for, maior será a segregação desta proteína.
Exame: Exame dermatológico
Frequência: exame anual em auto exame, e por um dermatologista a cada 5 anos
Se é alguém que passa muito tempo ao sol, ou passou, este exame é essencial. No entanto, se não passa muito tempo ao sol não exclua este exame, pois não significa que esteja isento do surgimento de melanomas. Examinar a sua pele: todos os sinais, manchas, sinais de nascença, é essencial pois o cancro da pele é um dos cancros com maior sucesso de cura quando detectado precocemente. Deve procurar alterações assimétricas, mudanças no tamanho, mudança de cor, e diâmetro superior a 6 milímetros.
Exame: Angiotomografia coronária
Frequência: uma vez aos 40, e a cada 5 anos, dependendo dos resultados
Este exame é um exame não invasivo que lhe permite ter uma imagem nítida da sua anatomia coronária especialmente das artérias coronárias, substituindo, em certos casos, o cateterismo que é um exame invasivo. A angiotomografia coronária é capaz de detectar imagens do coração, especialmente do batimento cardíaco e revelá-las através de imagens realísticas a 3D. É fundamental para detectar rigidez ou flacidez nas artérias e dá-lhe uma ideia do risco de um ataque de coração futuro.
Exame: Pressão ocular
Frequência: uma vez a cada 2 anos
Serve para avaliar o risco de desenvolvimento de uma forma de Glaucoma. A pressão intra-ocular elevada pode levar a danos do nervo óptico causando uma perda da visão, geralmente em ambos os olhos. Esta perda começa frequentemente com uma diminuição subtil (na visão periférica do campo visual), e se o glaucoma não for diagnosticado e devidamente tratado, pode levar à perda de visão progressiva e à cegueira. Um simples exame aos olhos – que procura sintomas tais como a elevada pressão ocular e a deterioração da visão em geral – é tudo o que é necessário para apanhar a doença num estado inicial.
Exame: Colonoscopia
Frequência: uma vez cada 5 ou 10 ano, ou o necessário dependendo dos resultados
O cancro do cólon é a terceira forma mais frequente de cancro no homem, e a segunda de morte devido ao cancro. Existe uma boa razão para detectar o cancro numa fase inicial: a taxa de sobrevivência é de 94% se o cancro for detectado antes de se espalhar pelas paredes do cólon. Este teste é o mais eficaz para detectar o cancro do cólon. Se tem um historial familiar de cancro colorrectal este teste deve de ser feito 10 anos mais cedo do que a idade em que o cancro foi detectado no seu familiar.
Exame: Audição
Frequência: cada 3 anos
Com a idade a capacidade auditiva tende a diminuir. Mas na altura dos 60 é um acontecimento bastante provável, por isso visite o seu oftalmologista.
PERIGO AO ALCANCE DA MÃO
Tal como supermercado, quase toda farmácia tem atualmente gôndolas de remédios de venda livre, sem prescrição médica. Oferecem desde anti-sépticos bucais, desinfetantes de lentes, antiácidos, vitaminas, produtos fitoterápicos até colírios, descongestionantes nasais e analgésicos. São os chamados medicamentos OTC – sigla de over-the-counter. Para observar o consumo desses produtos, ‘NO’ fez plantão nas gôndolas de OTC de três farmácias em áreas movimentadas de São Paulo: rua Augusta (área nobre dos Jardins), Praça da Sé (centro) e avenida Penha de França (Zona Leste, operária).
Após 45 minutos em cada, a coincidência esperada: os analgésicos foram o principal alvo dos consumidores. Afinal, é a classe de remédios mais vendida no Brasil. Trinta e quatro pessoas levaram, pelo menos, uma cartela dos seguintes: ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina e Bufferin), dipirona (Anador e Novalgina), ibuprofeno (Advil), paracetamol ou acetaminofeno (Dôrico e Tylenol) e associações de drogas (Cibalena, Dorflex e Doril). Em tese, esses e os demais remédios de venda livre devem ser eficazes, de fácil utilização, com informações claras e objetivas na embalagem ou no cartucho e, claro, seguros. Na cabeça de muita gente, inofensivos, já que estão ao alcance da mão, inclusive de supermecados.
"Não há remédio 100% seguro e os analgésicos podem provocar, sim, intoxicações e problemas graves, apesar da fama de grande margem de segurança e poucos efeitos adversos", alerta o médico Anthony Wong, chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O Ceatox é o centro de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a segurança de medicamentos no Brasil. A base são estudos recentes chamando atenção para o risco dos analgésicos, mesmo em doses muito próximas às recomendadas.
Três agravantes: uso abusivo, combinação de analgésicos e associação com outros remédios, como a que freqüentemente se faz com antiinflamatórios sem esteróides (que não contêm cortisona). Por sinal, dos 34 clientes observados por ‘NO’ comprando analgésicos, três tinham nas mãos caixas de Cataflam, Nisulide e Tandrilax, apanhados com vendedores no balcão. Anthony Wong reprova: "O uso concomitante de antiinflamatórios não-esteroidais e analgésicos à base de paracetamol, ibuprofeno e ácido acetilsalicílico pode causar hemorragias gastrintestinais e, eventualmente, nefrite (inflamação nos rins) analgésica, capaz de levar em meses à insuficiência renal".
Por isso, aliás, a Agência Nacional de Vigilância de Medicamentos (Anvisa) estuda proibir, como já acontece em países como Canadá, Finlândia e Austrália, remédios que associam no mesmo produto analgésicos e antiinflamatórios não-esteroidais. Na mira restritiva do Ministério da Saúde, estão também as combinações de vitaminas com antiinflamatórios e de vitaminas com analgésicos. "São formulações absurdas do ponto de vista médico e farmacêutico", afirma Wong. "No caso da associação antiinflamatórios não-esteroidais e analgésicos, o risco é maior do que o benefício."
Riscos de cada analgésico
O ácido acetilsalicílico, mais conhecido por aspirina, tem propriedades analgésicas, antitérmicas e antiinflamatórias. O ibuprofeno, de acordo com a dose, pode ser analgésico ou antiinflamatório. Já a dipirona (também denominada metamizol) possui ação analgésica e antitérmica. O paracetamol idem. Cada um tem riscos próprios:
Ácido acetilsalicílico – Em crianças e adolescentes com certas doenças virais, como gripe e catapora, eventualmente precipita a síndrome de Reye: hepatite fulminante rara, fatal em 75% a 80% dos casos. O abuso ocasiona sangramento gastrintestinal, freqüentemente grave. Mesmo risco corre quem usa com bebidas alcoólicas. Em pessoas com problemas de coagulação, aumenta o sangramento.
Dipirona – Pode provocar queda de pressão arterial. Já foi relacionada à redução drástica de granulócitos, uma das células brancas do sangue, que servem à defesa do organismo. Estudos recentes mostraram incidência de agranulocitose (queda brusca na produção de células brancas) por dipirona igual ou até inferior à que ocorre espontaneamente na população.
Ibuprofeno – Nefrite (inflamação renal) analgésica, alterações visuais reversíveis e queda acentuada de temperatura já foram relatadas.
Paracetamol – Nos EUA e na Grã-Bretanha, é a principal causa de hepatite tóxica fulminante, em geral por consumo excessivo. Nos últimos quatro anos, foi o medicamento mais mencionado em óbitos relatados aos centros americanos de intoxicação. Tanto que, para evitar a superdosagem, o número de comprimidos vendidos é controlado em diversos países da Europa. Porém, mesmo em doses usuais, o paracetamol pode aumentar o risco de lesão do fígado se estiver associado a estes fatores: febre elevada, hepatite viral, diarréia intensa, jejum prolongado, vômitos abundantes, ingestão de bebida alcoólica (inclusive vinho) e uso simultâneo de certos medicamentos – barbitúricos, rifampicina, fenitoína, carbamazepina, além dos antiinflamatórios. Outro problema: o paracetamol está presente em remédios para gripe, reumatismo, cólicas e enxaqueca. Em conseqüência, muitas pessoas tomam vários remédios com a droga, superando os limites seguros.
Erva-de-são-joão e colírios
Nas gôndolas de remédios OTC, há outros riscos potenciais à saúde. Um deles é a erva-de-são-joão, consagrada pelo uso popular como antidepressivo natural. O alerta é da OMS: o hipérico interfere na ação de outros remédios, diminuindo em até 40% a eficácia de anti-retrovirais para Aids, ciclosporina (para evitar rejeição de transplante), pílulas anticoncepcionais, tranquilizantes e remédios cardíacos. Ou seja, perdem parte do efeito terapêutico, o que é particularmente grave em Aids e transplantes de órgãos.
"Algumas rejeições decorrem de a pessoa usar a erva-de-são-joão sem informar o médico, achando que, por ser natural, não faz mal", observa Anthony Wong. "Muitos médicos também desconhecem esse risco."
Entre eles, o próprio presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, José Osmar Medina Pestana. "Como faltam estudos sobre interação medicamentosa, orientamos os pacientes transplantados a não utilizar plantas medicinais, mas do risco da erva-de-são-joão eu não sabia", admite Medina Pestana, também coordenador da equipe de transplantes renais do Hospital do Rim/Unifesp. "Vou passar já esse alerta aos médicos dos nossos ambulatórios."
Como ele, freqüentemente muitos médicos não têm idéia de que remédios à base de cânfora e mentol algumas vezes são perigosos, desencadeando convulsões e problemas cardíacos em pessoas sensíveis. Outro risco: os descongestionantes nasais e colírios à base de substâncias como nafazolina e oximetazolina. Se por engano o produto de adulto for usado em criança, é desastroso. Em bebês com menos de um ano de idade, podem provocam queda de pressão e parada cardiorrespiratória.
Isso sem falar dos riscos dos remédios de tarja vermelha, a rigor de "venda sob prescrição médica", como está na embalagem. Na prática, o alerta é uma bobagem. Em toda Europa, nos Estados Unidos e no Canadá, não há remédios de tarja vermelha ou preta. Nesses países, o remédio é ou não é de prescrição médica. E a determinação funciona. Aqui, qualquer balconista de qualquer farmácia receita e vende qualquer medicamento. Entram aí antibióticos, diuréticos, anti-hipertensivos, antiinflamatórios esteroidais e não-esteroidais, broncodilatadores, vasodilatadores cardíacos e muito mais. As conseqüências são a autoprescrição, o abuso e – o que poucos se dão conta – a perigosa interação entre vários medicamentos.
"Use o mínimo de remédios possível", recomenda Anthony Wong. O risco de efeitos adversos e até de intoxicação aumenta exponencialmente de acordo com a quantidade usada. Até três remédios diferentes por dia, a chance de a interação causar problema grave é inferior a 1%. De quatro a sete, 7%. De 8 a 15 medicamentos diários, salta para 27%. De 16 a 19, atinge 30%. Já de 20 a 24 diferentes remédios diariamente, o risco de danos à saúde alcança 47%.
Portanto, com remédios livres ou não, cautela é a melhor receita. Devido a características próprias, há pessoas mais sensíveis do que outras aos efeitos adversos, mesmo tomando o remédio em doses usuais. Caso algum não funcione ou faça mal, comunique ao seu médico. Ele tem a obrigação de informar à vigilância sanitária. No primeiro caso, pode ser falsificação ou erro na fabricação. No segundo, pode-se estar diante de efeito adverso não mostrado em pesquisas com poucas pessoas e só detectado no uso em larga escala.
Foi assim que o Lipobay (para reduzir colesterol) saiu recentemente do mercado, livrando a saúde de consumidores de uma associação perigosa. A substância cerivastatina produzia lesão da fibra muscular, levando à insuficiência renal, principalmente se usada junto com genfibrozila, medicamento para diminuir os triglicérides (gorduras) no sangue.
DEZ DICAS PARA SUA SAUDE BUCAL.
1. Escovar sempre os dentes ao acordar, depois de cada refeição e antes de dormir;
2. Manter uma alimentação sempre saudável, rica em fibras e com baixo teor de açúcares e carboidratos;
3. O grande risco dos açúcares para os dentes é a freqüência em que eles são ingeridos e não a quantidade;
4. Após as refeições, sempre passar o fio dental e realizar escovações com pasta fluoretada;
5. As escovas devem ser individuais e trocadas com freqüência;
6. O fio dental é indispensável, pois os dentes possuem cinco faces e algumas delas não são alcançadas pelas escovas;
7. Não esquecer de escovar sempre a língua ou utilizar limpadores de língua para remover a “saburra“restos de alimentos e células que deixam a língua com aspecto esbranquiçado/amarelado);
8. Evitar alimentos e bebidas com corantes que possam manchar os dentes e as restaurações de resina;
9. Evitar ingerir refrigerantes e bebidas ácidas, assim como chupar frutas cítricas com muita freqüência. Elas podem causar erosões dentárias e sensibilidade excessiva;
10. Previna problemas odontológicos visitando seu dentista a cada seis meses.
SEUS DIREITOS OU DIREITOS DO PACIENTE.
1) O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, pôr parte de todos os profissionais de saúde. Tem direito a um local digno e adequado para seu atendimento.
2) O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas.
3) O paciente tem direito a receber do funcionário adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria de seu conforto e bem-estar.
4) O paciente tem direito a identificar o profissional por crachá preenchido com o nome completo, função e cargo.
5) O paciente tem direito a consultas marcadas, antecipadamente, de forma que o tempo de espera não ultrapasse a trinta (30) minutos
6) O paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado seja rigorosamente esterilizado, ou descartável e manipulado segundo normas de higiene e prevenção.
7) O paciente tem direito de receber explicações claras sobre o exame a que vai ser submetido e para qual finalidade irá ser coletado o material para exame de laboratório.
8) O paciente tem direito a informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do tratamento, a localização, a localização de sua patologia, se existe necessidade de anestesia, qual o instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas pelos procedimentos.
9) O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e desenvolvimento da sua patologia.
10) O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido à experimentação ou pesquisas. No caso de impossibilidade de expressar sua vontade, o consentimento deve ser dado por escrito por seus familiares ou responsáveis.
11) O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos, diagnósticos ou terapêuticas a serem nele realizados. Deve consentir de forma livre, voluntária, esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o consentimento foi dado, este deverá ser renovado.
12) O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a qualquer instante, pôr decisão livre, consciente e esclarecida, sem que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.
13) O paciente tem o direito de ter seu prontuário médico elaborado de forma legível e de consultá-lo a qualquer momento. Este prontuário deve conter o conjunto de documentos padronizados do histórico do paciente, princípio e evolução da doença, raciocínio clínico, exames, conduta terapêutica e demais relatórios e anotações clínicas.
14) O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento por escrito, identificado com o nome do profissional, de saúde e seu registro no respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legível.
15) O paciente tem direito de receber medicamentos básicos, e também medicamentos e equipamentos de alto custo, que mantenham a vida e a saúde.
16) O paciente tem o direito de receber os medicamentos acompanhados de bula impressa de forma compreensível e clara e com data de fabricação e prazo de validade.
17) O paciente tem o direito de receber as receitas com o nome genérico do medicamento ( Lei do Genérico), e não em código, datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia perfeitamente legível, e com assinatura e carimbo contendo o número do registro do respectivo Conselho Profissional.
18. O paciente tem direito de conhecer a procedência e verificar antes de receber sangue ou hemoderivados para a transfusão, se o mesmo contém carimbo nas bolsas de sangue atestando as sorologias efetuadas e sua validade.
19) O paciente tem direito, no caso de estar inconsciente, de ter anotado em seu prontuário, medicação, sangue ou hemoderivados, com dados sobre a origem, tipo e prazo de validade.
20) O paciente tem direito de saber com segurança e antecipadamente, através de testes ou exames, que não é diabético, portador de algum tipo de anemia, ou alérgico a determinados medicamentos (anestésicos, penicilina, sulfas, soro antitetânico, etc.) antes de lhe serem administrados.
21) O paciente tem direito a sua segurança e integridade física nos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.
22) O paciente tem direito de ter acesso às contas detalhadas referentes às despesas de seu tratamento, exames, medicação, internação e outros procedimentos médicos. (Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93- art.8º e nº74 de 04/05/94).
23) O paciente tem direito de não sofrer discriminação nos serviços de saúde por ser portador de qualquer tipo de patologia, principalmente no caso de ser portador de HIV / AIDS ou doenças infecto- contagiosas.
24) O paciente tem direito de ser resguardado de seus segredos, através da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública. Os segredos do paciente correspondem a tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, possa o profissional de saúde ter acesso e compreender através das informações obtidas no histórico do paciente, exames laboratoriais e radiológicos.
25) O paciente tem direito a manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades fisiológicas, inclusive alimentação adequada e higiênicas, quer quando atendido no leito, ou no ambiente onde está internado ou aguardando atendimento.
26) O paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto nas consultas, como nas internações. As visitas de parentes e amigos devem ser disciplinadas em horários compatíveis, desde que não comprometam as atividades médico / sanitárias. Em caso de parto, a parturiente poderá solicitar a presença do pai.
27) O paciente tem direito de exigir que a maternidade, além dos profissionais comumente necessários, mantenha a presença de um neonatologista, por ocasião do parto.
28) O paciente tem direito de exigir que a maternidade realize o "teste do pezinho" para detectar a fenilcetonúria nos recém- nascidos.
29) O paciente tem direito à indenização pecuniária no caso de qualquer complicação em suas condições de saúde motivadas por imprudência, negligência ou imperícia dos profissionais de saúde.
30) O paciente tem direito à assistência adequada, mesmo em períodos festivos, feriados ou durante greves profissionais.
31) O paciente tem direito de receber ou recusar assistência moral, psicológica, social e religiosa.
32) O paciente tem direito a uma morte digna e serena, podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou responsável, por local ou acompanhamento e ainda se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e extraordinários para prolongar a vida.
33) O paciente tem direito à dignidade e respeito, mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser avisados imediatamente após o óbito.
34) O paciente tem o direito de não ter nenhum órgão retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação.
35) O paciente tem direito a órgão jurídico de direito específico da saúde, sem ônus e de fácil acesso.
Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93 - art.8º e nº74 de 04/05/94)
ATESTADO MÉDICO: CID PARA DOENÇAS E ACIDENTES DE TRABALHO
Por Lei, o trabalhador não é obrigado a informar, em um atestado médico, o CID da sua doença. O médico deveria escrever o código apenas se solicitado pelo paciente, e não porque a empresa exige. Mas, na prática, os empregadores exigem, sim, que o motivo do afastamento esteja declarado no atestado.
Muitos leitores do blog entram em contato por esse motivo. O médico não escreve o CID no atestado e a empresa não o aceita. Muitos trabalhadores, então, acrescentam por conta própria o código, procurando na Internet por listas com o CID das doenças mais comuns e acidentes relacionados ao trabalho.
O ideal seria que as empresas não exigissem o CID. A princípio, deveria haver confiança na relação empresa-funcionário. Como isso não tem acontecido, e para evitar que haja desconto no salário, o correto é que se entre em contato com o médico que o atendeu, solicitando que ele acrescente a informação no atestado médico.
Conforme a resolução 1.819/2007 do CFM (Conselho Federal de Medicina), publicada em 22 de maio de 2007, que proibe a colocação do diagnóstico codificado (CID) na papelada que sai do consultório (atestados, solicitação de exames etc.), cabo ao médico “Vedar ao médico o preenchimento, nas guias de consulta e solicitação de exames das operadoras de planos de saúde, dos campos referentes à Classificação Internacional de Doenças (CID) e tempo de doença concomitantemente com qualquer outro tipo de identificação do paciente ou qualquer outra informação sobre diagnóstico, haja vista que o sigilo na relação médico-paciente é um direito inalienável do paciente, cabendo ao médico a sua proteção e guarda.” (Art. 1º)
O Capítulo IX do Código de Ética Médica, em seu artigo 105, diz que:
É vedado ao médico:
Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive
por exigência dos dirigentes de empresas ou instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos
empregados ou da comunidade.
Ou seja, o médico não pode colocar essa informação, a não ser que o paciente solicite. Mas, ainda assim, os empregadores exigem…
Além disso, o Código Penal, no artigo 154, diz que existe o direito à privacidade sobre o estado de saúde.
PACIENTE TEM DIREITO DE ESCOLHA NO SEU TRATAMENTO, DESDE QUE HAJA EMBASAMENTO CIENTÍFICO.
Depois de dois anos de discussão entrou essa semana em vigor as mudanças no Código de Ética Médica, que envolveu 400 delegados de conselhos que definiram 118 normas estabelecedoras de como o médico deve atuar em clínicas, hospitais, consultórios e outros serviços de saúde. Normas que causam polêmica como o direito da escolha do paciente, a conduta quanto aos pacientes terminais, sexagem, entre outros que foram tratados em uma coletiva dada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Bilo, gravada pelo Midiamax, onde ele explicita as novidades e mudanças no código.
Novidades
O código não é novo, é um código revisto, atualizado e ampliado, nós temos uma série de destaques. Eu vejo que estão dando enfoque em algumas coisas que já existiam no código anterior. Não é um novo código, é um código revisto, atualizado e ampliado depois de aproximadamente dois anos de trabalho junto ao conselho federal, entidades médicas, associação médica, sindicato dos médicos, trabalhos que tivemos com juristas e filósofos, chamando toda sociedade para participar com sugestões.
Abandono do paciente
O médico não pode abandonar o paciente que está sob seus cuidados. Ele pode encaminhar para um outro médico, informando o paciente e tendo o aceite do outro médico. Ele tem que dar sequencia ao atendimento do paciente dele, a não ser que seja um caso passado para outro médico, e isso tem que ser documentado, não se pode passar verbalmente, até para defesa do médico ele tem que escrever. O médico tem que fazer todas as anotações pertinentes a todos pacientes e casos que atende.
Emergência e urgência
O médico nunca pode se negar a atender emergência e urgência. Elas são prioridades, claro que se está passando do horário dele de plantão, outro médico está assumindo, é natural que ele passe o caso para o outro, mas tudo isso tem que ser documentado e o paciente sempre deve ser informado.
Anúncios profissionais
É obrigatório incluir o número do registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) nos anúncios. Esses anúncios envolvem tudo, anúncios em placas, jornais, blocos de receituários, num cartão de visita. Sempre tem que constar o número de registro dele no CRM.
Propaganda
Ele pode noticiar, trazer ao conhecimento da população o que é uma patologia ou novos tratamentos, mas isso não é e nem deve caracterizar uma propaganda pessoal. È uma informação de conhecimento médico.
Direito de escolha
O médico deve aceitar as escolhas do paciente, o médico é obrigado a informar sobre os procedimentos que deverá realizar em determinado caso e, se o paciente tiver opção, desde que cientificamente embasado e que seja melhor para o paciente, o médico tem que respeitar a escolha do paciente.
Tratamentos alternativos e religião
O médico pode e deve aceitar aquilo que for comprovado cientificamente, naquilo que não for deverá valer a autonomia do médico, mesmo porque ele está buscando o bem-estar do paciente. No risco de morte, sempre o médico tem autonomia, independente da religião, claro que ele sabendo que poderá pagar um preço por um por isso, até mesmo ser processo. Por isso, a necessidade de documentação, o médico precisa escrever e escrever de forma clara e concisa para que qualquer um que tiver acesso ao prontuário possa entender. Ele está zelando pela vida do paciente que é o mais importante. Sobre os desdobramentos é que não se tem controle e ele poderá ter uma queixa contra ele nesse sentido na qual vai apresentar sua defesa, porque ele zelou pela vida do paciente. Ele é obrigado a não deixar o paciente morrer.
Pacientes terminais
Pacientes terminais em que realmente não há mais recurso, a medicina não consegue mais trazer ele de volta, isso claro conversado com a família, a família sempre orientada, não é que ele vai fazer com que o paciente morra, ele vai se preocupar com os cuidados paliativos para que essa pessoa seja assistida no seu momento de morte. Ele não vai abreviar a morte. Não é eutanásia, ele não está fazendo morrer, é a distanasia onde se você não tem mais recursos, aí tem que dar assistência, dar cuidado paliativo, para que essa pessoa nos seus finais de vida tenha conforto, se é que se pode falar em conforto, ou pelo menos minorar a dor dele, mas sempre informando a família. Se o paciente está impossibilitado, o responsável por ele é quem decide. Até o menor de idade tem que ser informado e pode decidir, independente da vontade dos pais, se ele quer ser se submetido a um procedimento. Não se falou em idade mínima, tem que se avaliar a questão do bom senso no momento para ver se a criança tem compreensão do que ele está vivendo. O médico tem que avaliar muito bem, para ver se essa criança tem discernimento para tomar essa decisão.
Plantão
O médico não pode faltar ao plantão, não pode abandonar o plantão, a não ser que tenha substituto, se não houver substituto, a responsabilidade cai sobre o diretor-técnico que cada instituição é orientada a ter e deve ter. O conselho fiscaliza permanentemente para levar essa obrigatoriedade. É normal que nos atendimentos aos postos de saúde a gente tenha dificuldade, todo médico que concorda ser diretor-clínico sabe que tem sobre ele uma responsabilidade muito grande. Nessa questão do plantão, o código está claro: a responsabilidade do substituto é do diretor-técnico.
Atestado médico
Atestado médico é para ser um documento de fé pública, ele é muito mal utilizado porque as pessoas não entendem da maneira como deve ser. O médico que dá um atestado indevido está cometendo um erro grave porque, quando ele atesta, ele está afirmando que a pessoa não pode comparecer ao trabalho porque estava sob cuidados médicos. Isso acontece muito na esfera pública; na privada, ele acaba sendo demitido. Acontece que nós recebemos várias denúncias de empresários que estão recebendo vários atestados que estão comprometendo o estabelecimento dele. O médico não pode dar um atestado que conste um período antes do atendimento. Tem que do atendimento em diante. Se a pessoa precisa de um atestado para o dia inteiro, isso é um problema trabalhista dele, nós não podemos chamar nossa responsabilidade para isso.
Sexagem
O médico não pode mexer no genoma, ele não pode determinar qual vai ser o sexo do bebê, antes não existia essa proibição. Agora, ele não pode alterar o genoma e definir o que vai ser uma pessoa.
Letra Legível
Isso já existe desde o código anterior, o médico é obrigado a escrever com letra legível, não havendo isso, o paciente poderia cobrar do médico e dizer “doutor, eu não estou entendendo o que está escrito aqui”.
CONHEÇA OS MITOS E AS VERDADES SOBRE A RESSACA.
Mulheres ficam bêbadas mais rápido? Misturar bebidas dá dor de cabeça? E comer massa, ajuda a curar a ressaca? O clínico geral Luis Fernando Barros Correia, chefe da emergência do hospital Samaritano tira as dúvidas sobre os mitos e dá algumas dicas para acabar com a ressaca nessa época de festas.
Mito: misturar bebidas dá ressaca. Beber muito álcool intoxica o organismo e dá a sensação de mal-estar da ressaca, mas segundo o médico é uma questão de adequação: - Muitas vezes a pessoa está acostumada com um tipo de bebida e sabe seu limite. Ao experimentar outra bebida, acaba perdendo a mão e fica bêbada.
Verdade: beber de estômago vazio faz a pessoa ficar bêbada rapidamente. - A comida retarda a absorção do álcool e a consequente intoxicação que causa a ressaca - explica Luis Fernando.
Mito: mulheres ficam bêbadas mais rápido que homens. Os homens têm uma área corporal maior e por isso processam uma maior quantidade de álcool, mas uma mulher grande também tem a mesma capacidade, segundo o médico.
Verdade: alternar álcool com água ou refrigerante evita a ressaca. Esse truque faz com que a pessoa beba mais devagar e o organismo vá absorvendo o álcool aos poucos. Outra medida é colocar uma pedra de gelo na bebida.
Mito: algumas bebidas favorecem a ressaca. Nada disso. A concentração de álcool é maior nos destilados, mas quem bebe uma quantidade grande de cerveja também tem ressaca.
Verdade: comer um doce corta o efeito do álcool. Sim! Com o açúcar o corpo funciona mais rápido, ajuda a quebrar o álcool e ainda anima. Dá sensação de bem-estar.
Mito: só o refrigerante comum alivia os sintomas da ressaca. Os refrigerantes diet têm menos açúcar, substância que contribui para a quebra do álcool, então perdem para os comuns nesse quesito. Mas os diet com cafeína fazem a circulação sanguínea aumentar e promovem a sensação de energia. Como o estômago fica irritado com o álcool, a bebida gasosa o dilata e ajuda a abrir a passagem entre estômago e intestino, dando alívio.
Verdade: comer massa ajuda a curar a ressaca. O ideal depois da bebedeira é ingerir bastante líquido e alimentos leves porque o estômago já está irritado pelo álcool. A massa tem processamento rápido e pode ser incluída nesse S.O.S, mas tem que ter cuidado com o molho. - Se for de tomate, ótimo. É o indicado para maratonistas depois de uma prova. Folhas, legumes e frutas também são indicados, principalmente frutas, porque têm frutose e água - diz o médico.
Mito: beber leite ou azeite antes do álcool previne a ressaca. A crença seria que azeite e leite fariam uma película gordurosa no estômago, impedindo a absorção do álcool. Segundo o médico não é bom negócio e pode irritar o estômago.
Quem é que nunca recebeu suas análises de sangue cheia de números, termos técnicos e palavras desconhecidas ? E quando surge um resultado fora do valor de referência? Aquele número em negrito logo se transforma em uma ameaça de doença oculta. Já perdi a conta de quantos amigos e familiares já não me ligaram por causa desse temido valor fora da referência. A pergunta é sempre a mesma - Isso é algo grave?
Bom, antes de explicar o básico dos exames de sangue e check-ups é preciso esclarecer alguns pontos.
1.) Os exames são chamados de "exames complementares" porque complementam a avaliação médica. Nunca a substitui. Um resultado de exame de sangue sem uma história clínica e uma exame físico do paciente pode causar mais confusão do que elucidações. Às vezes recebo e-mails ou comentários de pessoas que eu nunca vi na vida, trazendo o resultado isolado de alguma análise e uma solicitação de diagnóstico. Não é assim que as coisas funcionam.
2.) Qualquer exame complementar, seja de sangue, urina, imagem etc... é passível de erros. Estes erros podem ser tanto de interpretação, como erros nas máquinas que os produzem. É preciso um médico para saber interpretar os resultados. O quadro clínico do doente é sempre soberano. Deve-se diagnosticar e tratar o paciente, nunca o exame.
3.) Não se pede exames sem motivo. O conceito do check-up completo é errado. Como os exames podem apresentar erros, não faz sentido solicitá-los se não há uma hipótese diagnóstica a ser investigada.
4.) É preciso saber diferenciar exames de rastreamento (screening) do check-up. Os exames de rastreamento são aqueles realizados para se identificar doenças prevalentes em um determinado grupo ou faixa etária. São exames que se mostraram benéficos quando solicitados periodicamente. Um exemplo é a mamografia para o câncer de mama ou um exame ginecológico de rastreamento de câncer de colo de útero. Não faz sentido, por exemplo, solicitar ressonâncias magnéticas de crânio em todo mundo para tentar descobrir tumores cerebrais.
5.) O que muitas empresas fazem, solicitando vários exames a novos empregados e encaminhando-os a especialistas quando aparece alguma alteração, é uma aberração. Primeiro, é gasto desnecessário de recursos da saúde, segundo, vários desses exames poderiam ser descartados com uma simples consulta, e terceiro, resultados errados levam a ansiedade desnecessária por parte do paciente, que às vezes, é rotulado como doente, quando na verdade não o é.
6.) Alguns pacientes confundem o que é um exame de sangue. Não existe uma solicitação única, que engloba todos as análises existentes. Existem centenas de dosagens diferente em uma análise de sangue. O médico precisa especificar no pedido quais análises ele gostaria de receber. Se o médico não solicitar uma dosagem de colesterol, este não virá nos resultados. Não é porque foi colhido uma amostra de sangue, que sempre será feito hemograma, colesterol, glicose ou qualquer outra dosagem. O laboratório só fornece o que foi pedido, e o médico só pede o que acha ser relevante para aquele momento.
Bom, vamos então imaginar que seu médico após uma criteriosa avaliação do seu estado de saúde, dos seus antecedentes patológicos, do histórico familiar e de seus hábitos de vida, resolveu solicitar alguns exames para complementar sua avaliação.
Eis os exames de sangue mais frequentes na prática clínica.
A) HEMOGRAMA
O hemograma é o exame para avaliar as três principais linhagens de células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). É o mais complexo e o que merece maiores explicações. Concentre-se apenas naqueles que explicarei.
1- Hemácias (glóbulos vermelhos)
Serve para o diagnóstico de anemia (leia: O QUE É ANEMIA ? ) que é a redução do número de células vermelhas.
São levados em conta principalmente os valores do hematócrito e da hemoglobina. Valores um pouco fora da faixa de referência podem não ter significado clínico. Mulheres podem ter hematócrito/hemoglobina um pouco mais baixo devido a perdas de sangue na menstruação. Fumantes costumam tê-los um pouco elevado devido a pior oxigenação do sangue pelos seus pulmões. Repito: esses valores devem sempre ser interpretados
2- Leucócitos (glóbulos brancos)
São as nossas células de defesa. É o exército ou a polícia do organismo. Chamamos de leucocitose quando estão aumentados. Normalmente indicam uma resposta do organismo a um processo infeccioso em curso. Doentes com pneumonia (leia: QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA PNEUMONIA ? ) ou um abscesso (leia: O que é o pus ? O que é um abscesso? O que é uma inflamação? )costumam ter seu número de leucócitos aumentados. A ausência de leucocitose de modo algum descarta uma infecção. Mais uma vez, o quadro clínico é sempre soberano.
Grandes elevações podem indicar leucemia (leia: LEUCEMIA - Sintomas e Tratamento). Leucopenia é o nome que se dá a baixa contagem dos leucócitos. Significa uma supressão da imunidade e maior susceptibilidade a infecções.
Os leucócitos são divididos em 5 grupos de células com funções diferentes na defesa do organismo:
Neutrófilos
Eosinófilos
Basófilos
Linfócitos
Monócitos
Essas dosagens servem para se identificar qual linhagem é a responsável pela leucocitose ou leucopenia
3- Plaquetas
São as células responsáveis pelo processo de coagulação do sangue. Elevações são chamadas de trombocitose e a diminuição de trombocitopenia. Pacientes com plaquetas muito baixas são mais propensos a sangramentos. Plaquetas muito elevadas podem favorecer a formação de trombos.
A dosagem das plaquetas são necessárias antes de cirurgias ou procedimentos susceptíveis a sangramentos. Também são importantes na distinção da forma hemorrágica e clássica da dengue (leia: TUDO SOBRE DENGUE E SEUS SINTOMAS )
Para saber informações mais detalhadas sobre o hemograma, leia: HEMOGRAMA - Entenda os seus resultados
B) Tempo de tromboplastina ativada (PTT ou TTP) e tempo de protrombina (TAP ou TP)
Medem o tempo que o sangue demora para coagular. Obviamente, tempos maiores indicam maior propensão a sangramentos. A cascata da coagulação inicia-se com a ativação das plaquetas e é completada pela ação dos fatores da coagulação. O TAP e o PTT medem a funcionamento desses fatores. A avaliação completa do estado da coagulação, feita com o TAP, PTT e plaquetas, é muitas vezes chamado de coagulograma.
A dosagem do INR é uma outra maneira de avaliar o TAP. Atualmente é a mais usada por ser mais confiável.
C) COLESTEROL
O colesterol total é composto da soma das frações HDL+LDL+VLDL.
HDL - colesterol bom. Protege os vasos da aterosclerose (Placas de gordura). Quanto mais elevado melhor.
LDL e VLDL - Colesterol ruim, formador da aterosclerose que obstrui os vasos sanguíneos e leva a doenças como infarto. Quanto mais baixo melhor.
Triglicerídeos - Estão relacionados ao VLDL. Normalmente equivale a 5x o seu valor. Um paciente com 150 mg/dl de triglicerídeos apresenta 30 mg/dl de VLDL.
Há algum tempo se sabe que o colesterol total não é tão importante quanto os valores de suas frações. Pois vejamos 2 pacientes distintos:
1- HDL = 70, LDL= 100, VLDL= 30. Colesterol total = 200 mg/dl
2- HDL = 20, LDL = 160, VLDL = 20. Colesterol toal = 200 mg/dl
Sem dúvida o primeiro paciente tem muito menos risco de desenvolver ateroesclerose que o segundo, apesar de terem o colesterol total igual. Não basta ver a quantidade, é necessário saber a qualidade. Para saber mais sobre o colesterol, leia: COLESTEROL BOM (HDL) E COLESTEROL RUIM (LDL).
D) UREIA e CREATININA
São as análise que avaliam a função dos rins.
Seus valores são usados para cálculos do volume de sangue filtrado pelos rins a cada minuto. Os melhores laboratórios já fazem esse cálculo automaticamente para o médico e normalmente vem com o nome de "clearance de creatinina" ou "taxa de filtração glomerular".
Valores aumentados de ureia e creatinina indicam diminuição da filtração pelo rim.
Valores menores que 60 ml/minuto de clearance de creatinina indicam insuficiência renal.
Este é um dos exames que mais requerem interpretação do médico, pois o mesmo valor de creatinina pode ser normal para uma pessoa, e significar insuficiência renal para outra.
Para saber mais leia: VOCÊ SABE O QUE É CREATININA ?
E) GLICOSE
A dosagem de glicose é importante para o diagnóstico ou controle do tratamento do diabetes mellitus. Só tem valor se realizada com um jejum mínimo de 8 horas.
• Valores menores que 100 mg/dl são normais
• Valores entre 100 e 125 mg/dl são considerados pré-diabetes.
• Valores acima de 126 mg/dl são compatíveis com diabetes (deve ser sempre repetido para confirmação do diagnóstico)
Para saber mais sobre os valores da glicose e diabetes, leia: DIAGNÓSTICO E SINTOMAS DO DIABETES e OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA
Para saber mais sobre outros exames do diabetes como a hemoglobina glicosilada e a frutosamina, leia: GLICEMIA
HEMOGLOBINA GLICOSILADA
Diagnóstico do diabetes
F) TGO (AST) TGP (ALP)
São exames para se avaliar o fígado. Valores elevados indicam lesão das células hepáticas. Normalmente traduzem algum tipo de hepatite, seja viral, medicamentosa ou isquêmica.
Leia: AS DIFERENÇAS ENTRE AS HEPATITES e O QUE SIGNIFICA AST (TGO) E ALT (TGP)?
G) Sódio (Na+), Potássio (K+), Cálcio (Ca++) e Fósforo(P-)
São chamados de eletrólitos. Valores elevados ou diminuídos devem ser tratados e investigados, pois podem trazer risco de morte se estiverem muito alterados.
H) TSH e T4 livre
São análises para se avaliar a função da tireóide, um pequeno órgão que se encontra na região anterior do nosso pescoço e controla nosso metabolismo. São com eles que diagnosticamos e controlamos o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.
Leia: HIPOTIREOIDISMO ( TIREOIDITE DE HASHIMOTO ), HIPERTIREOIDISMO E DOENÇA DE GRAVES e DOENÇAS E SINTOMAS DA TIREÓIDE
I) ÁCIDO ÚRICO
O ácido úrico é o metabólito resultante da metabolização de algumas proteínas pelo organismo. Níveis elevados são fatores de risco para gota (leia: SINTOMAS DA GOTA E ÁCIDO ÚRICO), cálculo renal (leia: CÁLCULO RENAL (PEDRA NOS RINS) - Por que ele surge? ) e estão associados a hipertensão e doenças cardiovasculares (leia: SINTOMAS E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO (PRESSÃO ALTA) e SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ANGINA )
J) PCR
É uma proteína que se eleva em estados inflamatórios. Ela é inespecífica. Normalmente indica processo infeccioso em andamento, mas também pode estar alta nas neoplasias e doenças inflamatórias. Uma PCR elevada associado a leucocitose é forte indicador de infecção em curso.
Para saber mais sobre PCR leia: EXAMES DE SANGUE
VHS, PCR, Ferritina e CK
K) PSA
Proteína que se eleva em caso de câncer de próstata. Aumentos do tamanho da próstata com a idade, chamada de hiperplasia prostática benigna, também podem levar a elevações, mas não nos níveis da neoplasia. Leia: SINTOMAS DO CÂNCER DE PRÓSTATA
L) ALBUMINA
A albumina é a proteína mais abundante no sangue. É uma marcador de nutrição. Como é sintetizada pelo fígado também serve para avaliação da função hepática em doentes cirróticos.
M) VHS ou VS
É mais um teste não específico de inflamação. É menos sensível que o PCR. Costuma estar muito elevado nas doenças auto-imunes. Leia: DOENÇA AUTO-IMUNE
Para saber m,ais sobre o VHS, leia: EXAMES DE SANGUE
VHS, PCR, Ferritina e CK
N) EAS ou Urina Tipo I (leia: ENTENDA SEU EXAME DE URINA )
É o exame básico de urina. Permite a detecção de doenças renais ocultas e pode sugerir a presença de infecções urinarias.
Com ele podemos avaliar a presença na urina de pus, sangue, glicose, proteínas etc... substâncias que em geral não deveriam estar presentes.
Leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA
O) UROCULTURA (leia: EXAME UROCULTURA
Indicações e como colher)
É o exame de escolha para diagnosticar infecção urinária. Com ele conseguimos identificar a bactéria responsável e ainda testar quais são os antibióticos efetivos e resistentes
Leia também: INFECÇÃO URINÁRIA ( CISTITE ) e PIELONEFRITE ( INFECÇÃO DOS RINS )
P) EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES
É o exame solicitado para investigar a presença de parasitas, conhecido vulgarmente por vermes
Leia: VERMES E EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES
Existem inúmeras outras análises que são pedidas no sangue, fezes e urina. Estas são as mais comuns.
Pergunte sempre ao seu médico o porquê de cada exame solicitado. Não existe pedir exame apenas por pedir. A boa prática médica pede que todo exame solicitado tenha um motivo.
FICAM AQUI ALGUNS DOS OS EXAMES DE SAÚDE MAIS IMPORTANTES PARA O HOMEM E A MELHOR IDADE PARA O FAZER: AOS 30, AOS 40 OU AOS 50 ANOS DE IDADE. SAIBA QUE COM A SAÚDE NÃO SE BRINCA INDEPENDENTEMENTE DA IDADE.
Aos 30 anos
Exame: Gordura no sangue – Glicose
Frequência: uma vez por ano
A glicose em excesso pode provocar a diabetes. Estima-se que, hoje em dia, esta doença seja uma das mais ameaçadoras. Existem muitos homens com este problema e muitas vezes só o detectam tarde demais. Pode-se evitar que a doença chegue a um estado avançado fazendo apenas um simples teste à glicose no sangue. Saiba que esta doença pode ser prevenida com mudanças no estilo de vida. Se fizer exercício físico pelo menos 30 minutos por dia e perder 5% do peso através de uma dieta rica em fibras, legumes e frutas, reduz o risco de desenvolver esta doença em 60%.
Exame: HIV
Frequência: de 2 em 2 anos
Mais de 35 milhões de pessoas vivem com o vírus VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana). Todas as pessoas, mesmo as de grupos considerados baixo-risco, devem fazer este teste. Deve sempre fazer o teste 2 vezes: uma para saber e outra para confirmar, pois outras condições como o Lúpus, sífilis, doença de Lyme podem produzir um resultado positivo falso.
Exame: Exame aos testículos
Frequência: mensal
O cancro dos testículos é um dos mais comuns em homens dos 15 aos 34 anos. Também é um tipo de cancro com uma das taxas de sobrevivência maior, mais de 90%, devendo para tal, ser detectado na sua fase inicial, e na fase em que a dor é um sintoma muito ocasional. É importante que faça um auto-exame frequentemente. Procure um inchaço anormal, e use os seus dedos polegares e indicadores para sentir inchaços ou protuberâncias, que são usualmente do tamanho de uma ervilha. Ajuda fazer este exame depois de um banho quente, altura em que o escroto está mais relaxado.
Exame: Colesterol e Triglicerídeos - HDL, LDL e VLDL
Frequência: anualmente
Este teste fornece um quadro geral da saúde circulatória e permite ao seu médico a oportunidade de ver outro tipo de problemas. O HDL (colesterol bom), o LDL (colesterol mau) e o VHDL (muito rico em triglicerídeos) são os tipos de colesterol aos quais deve estar atento. O nível elevado de colesterol é o maior responsável por ataques cardíacos e pelas tromboses cerebrais (AVC), que causam uma morte a cada 33 segundos. Se tem um historial familiar de colesterol elevado, ou tem uma má alimentação, deve fazer este tipo de exame. Se o seu nível de colesterol é superior a 190, significa que tem um risco maior de desenvolver uma doença cardíaca. Deve realizar um exame de sangue para avaliar os valores do colesterol e dos triglicerídeos. Os triglicéridos são um outro tipo de gorduras também presentes no sangue, que em nível muito elevado pode torná-lo num sério candidato a doença coronária prematura.
Aos 40 anos
Exame: Índice de massa corporal (IMC)
Frequência: cada 2 anos, ou sempre que ganhar peso
A obesidade é um problema actual e bastante real. Muitos de nós tendem a desvalorizar e a descuidar o problema, deixando-o tomar conta da vida por completo. A obesidade está associada a diversas doenças como: pressão sanguínea elevada, diabetes, doenças do coração, e mesmo o cancro. Use o índice de massa corporal, que estima a gordura corporal baseando-se na altura e no peso para controlar a sua saúde. Um resultado entre 18.5 e 24.9 é um resultado normal. Este tipo de teste não inclui o perímetro abdominal, nem a massa muscular, por isso deve sempre mencionar isto ao seu médico.
Exame: Pressão arterial
Frequência: 1 vez por ano
Uma leitura abaixo de 120/80 mmHg é uma leitura desejada; acima de 140/90 mmHg é uma causa de preocupações. Se está entre estes dois valores (entre 120/80 e 139/89 mmHg) tome nota: sofre de “pré-hipertensão,” o que significa que é provável que desenvolva hipertensão arterial, e se não tomar medidas preventivas imediatamente poderá desenvolver arteriosclerose, AVC (acidente vascular cerebral), insuficiência renal ou enfarte do miocárdio.
Exame: Exame dental
Frequência: 2 vezes por ano
Existe uma ligação muito grande entre a doença periodontal e os problemas de coração. Quando as bactérias orais andam na corrente sanguínea, pode fazer com que o fígado liberte a proteína CRP também conhecida por proteína C-reativa e responsável pela inflamação. A inflamação daí resultante pode ser um factor causador de arteriosclerose. Felizmente, a doença relacionada com a inflamação das gengivas é reversível se for detectada em estágios iniciais.
Exame: Ultra-som às carótidas
Frequência: uma vez aos 40, depois, dependendo dos resultados mais ou menos vezes.
Este exame avalia o fluxo sanguíneo e é utilizado para detectar endurecimento, coágulos e oclusões nas artérias. Os derrames são uma das grandes causas de morte, e um teste ultra-som às carótidas pode demonstrar se está em maior ou menor risco de sofrer um. Este exame não invasivo providencia a visão das artérias que se localizam no pescoço, podendo revelar a obstrução das mesmas e o efeito dessa obstrução no fornecimento do sangue ao cérebro. 80% dos derrames cerebrais são devidos a coágulos sanguíneos, que só são detectados no próprio momento em que ocorre o derrame, não espere pelo sintoma.
Aos 50 anos
Exame: Análise à PSA (Antígeno Prostático Específico)
Frequência: 1 vez por ano
O cancro da próstata é o tumor mais comum em homens com mais de 50 anos de idade. O exame à PSA é um exame sanguíneo. O PSA é uma proteína segregada pela próstata. Se um exame sanguíneo indicar valores acima de 75, significa que o risco de vir a sofrer de cancro na próstata é muito elevado. A idade ideal para ser iniciada a vigilância através deste exame é a partir dos 40 anos de idade, para que se vá tendo uma noção dos valores e da sua variação ao longo do tempo; no entanto, aos 50 anos de idade é essencial fazê-lo. O aumento da taxa de PSA no sangue, excluídas as causas benignas desse aumento, pode indicar a presença de cancro na próstata. É importante que o seu médico tenha em atenção o tamanho da sua próstata, pois quanto maior for, maior será a segregação desta proteína.
Exame: Exame dermatológico
Frequência: exame anual em auto exame, e por um dermatologista a cada 5 anos
Se é alguém que passa muito tempo ao sol, ou passou, este exame é essencial. No entanto, se não passa muito tempo ao sol não exclua este exame, pois não significa que esteja isento do surgimento de melanomas. Examinar a sua pele: todos os sinais, manchas, sinais de nascença, é essencial pois o cancro da pele é um dos cancros com maior sucesso de cura quando detectado precocemente. Deve procurar alterações assimétricas, mudanças no tamanho, mudança de cor, e diâmetro superior a 6 milímetros.
Exame: Angiotomografia coronária
Frequência: uma vez aos 40, e a cada 5 anos, dependendo dos resultados
Este exame é um exame não invasivo que lhe permite ter uma imagem nítida da sua anatomia coronária especialmente das artérias coronárias, substituindo, em certos casos, o cateterismo que é um exame invasivo. A angiotomografia coronária é capaz de detectar imagens do coração, especialmente do batimento cardíaco e revelá-las através de imagens realísticas a 3D. É fundamental para detectar rigidez ou flacidez nas artérias e dá-lhe uma ideia do risco de um ataque de coração futuro.
Exame: Pressão ocular
Frequência: uma vez a cada 2 anos
Serve para avaliar o risco de desenvolvimento de uma forma de Glaucoma. A pressão intra-ocular elevada pode levar a danos do nervo óptico causando uma perda da visão, geralmente em ambos os olhos. Esta perda começa frequentemente com uma diminuição subtil (na visão periférica do campo visual), e se o glaucoma não for diagnosticado e devidamente tratado, pode levar à perda de visão progressiva e à cegueira. Um simples exame aos olhos – que procura sintomas tais como a elevada pressão ocular e a deterioração da visão em geral – é tudo o que é necessário para apanhar a doença num estado inicial.
Exame: Colonoscopia
Frequência: uma vez cada 5 ou 10 ano, ou o necessário dependendo dos resultados
O cancro do cólon é a terceira forma mais frequente de cancro no homem, e a segunda de morte devido ao cancro. Existe uma boa razão para detectar o cancro numa fase inicial: a taxa de sobrevivência é de 94% se o cancro for detectado antes de se espalhar pelas paredes do cólon. Este teste é o mais eficaz para detectar o cancro do cólon. Se tem um historial familiar de cancro colorrectal este teste deve de ser feito 10 anos mais cedo do que a idade em que o cancro foi detectado no seu familiar.
Exame: Audição
Frequência: cada 3 anos
Com a idade a capacidade auditiva tende a diminuir. Mas na altura dos 60 é um acontecimento bastante provável, por isso visite o seu oftalmologista.
PERIGO AO ALCANCE DA MÃO
Tal como supermercado, quase toda farmácia tem atualmente gôndolas de remédios de venda livre, sem prescrição médica. Oferecem desde anti-sépticos bucais, desinfetantes de lentes, antiácidos, vitaminas, produtos fitoterápicos até colírios, descongestionantes nasais e analgésicos. São os chamados medicamentos OTC – sigla de over-the-counter. Para observar o consumo desses produtos, ‘NO’ fez plantão nas gôndolas de OTC de três farmácias em áreas movimentadas de São Paulo: rua Augusta (área nobre dos Jardins), Praça da Sé (centro) e avenida Penha de França (Zona Leste, operária).
Após 45 minutos em cada, a coincidência esperada: os analgésicos foram o principal alvo dos consumidores. Afinal, é a classe de remédios mais vendida no Brasil. Trinta e quatro pessoas levaram, pelo menos, uma cartela dos seguintes: ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina e Bufferin), dipirona (Anador e Novalgina), ibuprofeno (Advil), paracetamol ou acetaminofeno (Dôrico e Tylenol) e associações de drogas (Cibalena, Dorflex e Doril). Em tese, esses e os demais remédios de venda livre devem ser eficazes, de fácil utilização, com informações claras e objetivas na embalagem ou no cartucho e, claro, seguros. Na cabeça de muita gente, inofensivos, já que estão ao alcance da mão, inclusive de supermecados.
"Não há remédio 100% seguro e os analgésicos podem provocar, sim, intoxicações e problemas graves, apesar da fama de grande margem de segurança e poucos efeitos adversos", alerta o médico Anthony Wong, chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O Ceatox é o centro de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a segurança de medicamentos no Brasil. A base são estudos recentes chamando atenção para o risco dos analgésicos, mesmo em doses muito próximas às recomendadas.
Três agravantes: uso abusivo, combinação de analgésicos e associação com outros remédios, como a que freqüentemente se faz com antiinflamatórios sem esteróides (que não contêm cortisona). Por sinal, dos 34 clientes observados por ‘NO’ comprando analgésicos, três tinham nas mãos caixas de Cataflam, Nisulide e Tandrilax, apanhados com vendedores no balcão. Anthony Wong reprova: "O uso concomitante de antiinflamatórios não-esteroidais e analgésicos à base de paracetamol, ibuprofeno e ácido acetilsalicílico pode causar hemorragias gastrintestinais e, eventualmente, nefrite (inflamação nos rins) analgésica, capaz de levar em meses à insuficiência renal".
Por isso, aliás, a Agência Nacional de Vigilância de Medicamentos (Anvisa) estuda proibir, como já acontece em países como Canadá, Finlândia e Austrália, remédios que associam no mesmo produto analgésicos e antiinflamatórios não-esteroidais. Na mira restritiva do Ministério da Saúde, estão também as combinações de vitaminas com antiinflamatórios e de vitaminas com analgésicos. "São formulações absurdas do ponto de vista médico e farmacêutico", afirma Wong. "No caso da associação antiinflamatórios não-esteroidais e analgésicos, o risco é maior do que o benefício."
Riscos de cada analgésico
O ácido acetilsalicílico, mais conhecido por aspirina, tem propriedades analgésicas, antitérmicas e antiinflamatórias. O ibuprofeno, de acordo com a dose, pode ser analgésico ou antiinflamatório. Já a dipirona (também denominada metamizol) possui ação analgésica e antitérmica. O paracetamol idem. Cada um tem riscos próprios:
Ácido acetilsalicílico – Em crianças e adolescentes com certas doenças virais, como gripe e catapora, eventualmente precipita a síndrome de Reye: hepatite fulminante rara, fatal em 75% a 80% dos casos. O abuso ocasiona sangramento gastrintestinal, freqüentemente grave. Mesmo risco corre quem usa com bebidas alcoólicas. Em pessoas com problemas de coagulação, aumenta o sangramento.
Dipirona – Pode provocar queda de pressão arterial. Já foi relacionada à redução drástica de granulócitos, uma das células brancas do sangue, que servem à defesa do organismo. Estudos recentes mostraram incidência de agranulocitose (queda brusca na produção de células brancas) por dipirona igual ou até inferior à que ocorre espontaneamente na população.
Ibuprofeno – Nefrite (inflamação renal) analgésica, alterações visuais reversíveis e queda acentuada de temperatura já foram relatadas.
Paracetamol – Nos EUA e na Grã-Bretanha, é a principal causa de hepatite tóxica fulminante, em geral por consumo excessivo. Nos últimos quatro anos, foi o medicamento mais mencionado em óbitos relatados aos centros americanos de intoxicação. Tanto que, para evitar a superdosagem, o número de comprimidos vendidos é controlado em diversos países da Europa. Porém, mesmo em doses usuais, o paracetamol pode aumentar o risco de lesão do fígado se estiver associado a estes fatores: febre elevada, hepatite viral, diarréia intensa, jejum prolongado, vômitos abundantes, ingestão de bebida alcoólica (inclusive vinho) e uso simultâneo de certos medicamentos – barbitúricos, rifampicina, fenitoína, carbamazepina, além dos antiinflamatórios. Outro problema: o paracetamol está presente em remédios para gripe, reumatismo, cólicas e enxaqueca. Em conseqüência, muitas pessoas tomam vários remédios com a droga, superando os limites seguros.
Erva-de-são-joão e colírios
Nas gôndolas de remédios OTC, há outros riscos potenciais à saúde. Um deles é a erva-de-são-joão, consagrada pelo uso popular como antidepressivo natural. O alerta é da OMS: o hipérico interfere na ação de outros remédios, diminuindo em até 40% a eficácia de anti-retrovirais para Aids, ciclosporina (para evitar rejeição de transplante), pílulas anticoncepcionais, tranquilizantes e remédios cardíacos. Ou seja, perdem parte do efeito terapêutico, o que é particularmente grave em Aids e transplantes de órgãos.
"Algumas rejeições decorrem de a pessoa usar a erva-de-são-joão sem informar o médico, achando que, por ser natural, não faz mal", observa Anthony Wong. "Muitos médicos também desconhecem esse risco."
Entre eles, o próprio presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, José Osmar Medina Pestana. "Como faltam estudos sobre interação medicamentosa, orientamos os pacientes transplantados a não utilizar plantas medicinais, mas do risco da erva-de-são-joão eu não sabia", admite Medina Pestana, também coordenador da equipe de transplantes renais do Hospital do Rim/Unifesp. "Vou passar já esse alerta aos médicos dos nossos ambulatórios."
Como ele, freqüentemente muitos médicos não têm idéia de que remédios à base de cânfora e mentol algumas vezes são perigosos, desencadeando convulsões e problemas cardíacos em pessoas sensíveis. Outro risco: os descongestionantes nasais e colírios à base de substâncias como nafazolina e oximetazolina. Se por engano o produto de adulto for usado em criança, é desastroso. Em bebês com menos de um ano de idade, podem provocam queda de pressão e parada cardiorrespiratória.
Isso sem falar dos riscos dos remédios de tarja vermelha, a rigor de "venda sob prescrição médica", como está na embalagem. Na prática, o alerta é uma bobagem. Em toda Europa, nos Estados Unidos e no Canadá, não há remédios de tarja vermelha ou preta. Nesses países, o remédio é ou não é de prescrição médica. E a determinação funciona. Aqui, qualquer balconista de qualquer farmácia receita e vende qualquer medicamento. Entram aí antibióticos, diuréticos, anti-hipertensivos, antiinflamatórios esteroidais e não-esteroidais, broncodilatadores, vasodilatadores cardíacos e muito mais. As conseqüências são a autoprescrição, o abuso e – o que poucos se dão conta – a perigosa interação entre vários medicamentos.
"Use o mínimo de remédios possível", recomenda Anthony Wong. O risco de efeitos adversos e até de intoxicação aumenta exponencialmente de acordo com a quantidade usada. Até três remédios diferentes por dia, a chance de a interação causar problema grave é inferior a 1%. De quatro a sete, 7%. De 8 a 15 medicamentos diários, salta para 27%. De 16 a 19, atinge 30%. Já de 20 a 24 diferentes remédios diariamente, o risco de danos à saúde alcança 47%.
Portanto, com remédios livres ou não, cautela é a melhor receita. Devido a características próprias, há pessoas mais sensíveis do que outras aos efeitos adversos, mesmo tomando o remédio em doses usuais. Caso algum não funcione ou faça mal, comunique ao seu médico. Ele tem a obrigação de informar à vigilância sanitária. No primeiro caso, pode ser falsificação ou erro na fabricação. No segundo, pode-se estar diante de efeito adverso não mostrado em pesquisas com poucas pessoas e só detectado no uso em larga escala.
Foi assim que o Lipobay (para reduzir colesterol) saiu recentemente do mercado, livrando a saúde de consumidores de uma associação perigosa. A substância cerivastatina produzia lesão da fibra muscular, levando à insuficiência renal, principalmente se usada junto com genfibrozila, medicamento para diminuir os triglicérides (gorduras) no sangue.
DEZ DICAS PARA SUA SAUDE BUCAL.
1. Escovar sempre os dentes ao acordar, depois de cada refeição e antes de dormir;
2. Manter uma alimentação sempre saudável, rica em fibras e com baixo teor de açúcares e carboidratos;
3. O grande risco dos açúcares para os dentes é a freqüência em que eles são ingeridos e não a quantidade;
4. Após as refeições, sempre passar o fio dental e realizar escovações com pasta fluoretada;
5. As escovas devem ser individuais e trocadas com freqüência;
6. O fio dental é indispensável, pois os dentes possuem cinco faces e algumas delas não são alcançadas pelas escovas;
7. Não esquecer de escovar sempre a língua ou utilizar limpadores de língua para remover a “saburra“restos de alimentos e células que deixam a língua com aspecto esbranquiçado/amarelado);
8. Evitar alimentos e bebidas com corantes que possam manchar os dentes e as restaurações de resina;
9. Evitar ingerir refrigerantes e bebidas ácidas, assim como chupar frutas cítricas com muita freqüência. Elas podem causar erosões dentárias e sensibilidade excessiva;
10. Previna problemas odontológicos visitando seu dentista a cada seis meses.
SEUS DIREITOS OU DIREITOS DO PACIENTE.
1) O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, pôr parte de todos os profissionais de saúde. Tem direito a um local digno e adequado para seu atendimento.
2) O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas.
3) O paciente tem direito a receber do funcionário adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria de seu conforto e bem-estar.
4) O paciente tem direito a identificar o profissional por crachá preenchido com o nome completo, função e cargo.
5) O paciente tem direito a consultas marcadas, antecipadamente, de forma que o tempo de espera não ultrapasse a trinta (30) minutos
6) O paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado seja rigorosamente esterilizado, ou descartável e manipulado segundo normas de higiene e prevenção.
7) O paciente tem direito de receber explicações claras sobre o exame a que vai ser submetido e para qual finalidade irá ser coletado o material para exame de laboratório.
8) O paciente tem direito a informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do tratamento, a localização, a localização de sua patologia, se existe necessidade de anestesia, qual o instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas pelos procedimentos.
9) O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e desenvolvimento da sua patologia.
10) O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido à experimentação ou pesquisas. No caso de impossibilidade de expressar sua vontade, o consentimento deve ser dado por escrito por seus familiares ou responsáveis.
11) O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos, diagnósticos ou terapêuticas a serem nele realizados. Deve consentir de forma livre, voluntária, esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o consentimento foi dado, este deverá ser renovado.
12) O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a qualquer instante, pôr decisão livre, consciente e esclarecida, sem que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.
13) O paciente tem o direito de ter seu prontuário médico elaborado de forma legível e de consultá-lo a qualquer momento. Este prontuário deve conter o conjunto de documentos padronizados do histórico do paciente, princípio e evolução da doença, raciocínio clínico, exames, conduta terapêutica e demais relatórios e anotações clínicas.
14) O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento por escrito, identificado com o nome do profissional, de saúde e seu registro no respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legível.
15) O paciente tem direito de receber medicamentos básicos, e também medicamentos e equipamentos de alto custo, que mantenham a vida e a saúde.
16) O paciente tem o direito de receber os medicamentos acompanhados de bula impressa de forma compreensível e clara e com data de fabricação e prazo de validade.
17) O paciente tem o direito de receber as receitas com o nome genérico do medicamento ( Lei do Genérico), e não em código, datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia perfeitamente legível, e com assinatura e carimbo contendo o número do registro do respectivo Conselho Profissional.
18. O paciente tem direito de conhecer a procedência e verificar antes de receber sangue ou hemoderivados para a transfusão, se o mesmo contém carimbo nas bolsas de sangue atestando as sorologias efetuadas e sua validade.
19) O paciente tem direito, no caso de estar inconsciente, de ter anotado em seu prontuário, medicação, sangue ou hemoderivados, com dados sobre a origem, tipo e prazo de validade.
20) O paciente tem direito de saber com segurança e antecipadamente, através de testes ou exames, que não é diabético, portador de algum tipo de anemia, ou alérgico a determinados medicamentos (anestésicos, penicilina, sulfas, soro antitetânico, etc.) antes de lhe serem administrados.
21) O paciente tem direito a sua segurança e integridade física nos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.
22) O paciente tem direito de ter acesso às contas detalhadas referentes às despesas de seu tratamento, exames, medicação, internação e outros procedimentos médicos. (Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93- art.8º e nº74 de 04/05/94).
23) O paciente tem direito de não sofrer discriminação nos serviços de saúde por ser portador de qualquer tipo de patologia, principalmente no caso de ser portador de HIV / AIDS ou doenças infecto- contagiosas.
24) O paciente tem direito de ser resguardado de seus segredos, através da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública. Os segredos do paciente correspondem a tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, possa o profissional de saúde ter acesso e compreender através das informações obtidas no histórico do paciente, exames laboratoriais e radiológicos.
25) O paciente tem direito a manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades fisiológicas, inclusive alimentação adequada e higiênicas, quer quando atendido no leito, ou no ambiente onde está internado ou aguardando atendimento.
26) O paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto nas consultas, como nas internações. As visitas de parentes e amigos devem ser disciplinadas em horários compatíveis, desde que não comprometam as atividades médico / sanitárias. Em caso de parto, a parturiente poderá solicitar a presença do pai.
27) O paciente tem direito de exigir que a maternidade, além dos profissionais comumente necessários, mantenha a presença de um neonatologista, por ocasião do parto.
28) O paciente tem direito de exigir que a maternidade realize o "teste do pezinho" para detectar a fenilcetonúria nos recém- nascidos.
29) O paciente tem direito à indenização pecuniária no caso de qualquer complicação em suas condições de saúde motivadas por imprudência, negligência ou imperícia dos profissionais de saúde.
30) O paciente tem direito à assistência adequada, mesmo em períodos festivos, feriados ou durante greves profissionais.
31) O paciente tem direito de receber ou recusar assistência moral, psicológica, social e religiosa.
32) O paciente tem direito a uma morte digna e serena, podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou responsável, por local ou acompanhamento e ainda se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e extraordinários para prolongar a vida.
33) O paciente tem direito à dignidade e respeito, mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser avisados imediatamente após o óbito.
34) O paciente tem o direito de não ter nenhum órgão retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação.
35) O paciente tem direito a órgão jurídico de direito específico da saúde, sem ônus e de fácil acesso.
Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93 - art.8º e nº74 de 04/05/94)
ATESTADO MÉDICO: CID PARA DOENÇAS E ACIDENTES DE TRABALHO
Por Lei, o trabalhador não é obrigado a informar, em um atestado médico, o CID da sua doença. O médico deveria escrever o código apenas se solicitado pelo paciente, e não porque a empresa exige. Mas, na prática, os empregadores exigem, sim, que o motivo do afastamento esteja declarado no atestado.
Muitos leitores do blog entram em contato por esse motivo. O médico não escreve o CID no atestado e a empresa não o aceita. Muitos trabalhadores, então, acrescentam por conta própria o código, procurando na Internet por listas com o CID das doenças mais comuns e acidentes relacionados ao trabalho.
O ideal seria que as empresas não exigissem o CID. A princípio, deveria haver confiança na relação empresa-funcionário. Como isso não tem acontecido, e para evitar que haja desconto no salário, o correto é que se entre em contato com o médico que o atendeu, solicitando que ele acrescente a informação no atestado médico.
Conforme a resolução 1.819/2007 do CFM (Conselho Federal de Medicina), publicada em 22 de maio de 2007, que proibe a colocação do diagnóstico codificado (CID) na papelada que sai do consultório (atestados, solicitação de exames etc.), cabo ao médico “Vedar ao médico o preenchimento, nas guias de consulta e solicitação de exames das operadoras de planos de saúde, dos campos referentes à Classificação Internacional de Doenças (CID) e tempo de doença concomitantemente com qualquer outro tipo de identificação do paciente ou qualquer outra informação sobre diagnóstico, haja vista que o sigilo na relação médico-paciente é um direito inalienável do paciente, cabendo ao médico a sua proteção e guarda.” (Art. 1º)
O Capítulo IX do Código de Ética Médica, em seu artigo 105, diz que:
É vedado ao médico:
Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive
por exigência dos dirigentes de empresas ou instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos
empregados ou da comunidade.
Ou seja, o médico não pode colocar essa informação, a não ser que o paciente solicite. Mas, ainda assim, os empregadores exigem…
Além disso, o Código Penal, no artigo 154, diz que existe o direito à privacidade sobre o estado de saúde.
PACIENTE TEM DIREITO DE ESCOLHA NO SEU TRATAMENTO, DESDE QUE HAJA EMBASAMENTO CIENTÍFICO.
Depois de dois anos de discussão entrou essa semana em vigor as mudanças no Código de Ética Médica, que envolveu 400 delegados de conselhos que definiram 118 normas estabelecedoras de como o médico deve atuar em clínicas, hospitais, consultórios e outros serviços de saúde. Normas que causam polêmica como o direito da escolha do paciente, a conduta quanto aos pacientes terminais, sexagem, entre outros que foram tratados em uma coletiva dada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Bilo, gravada pelo Midiamax, onde ele explicita as novidades e mudanças no código.
Novidades
O código não é novo, é um código revisto, atualizado e ampliado, nós temos uma série de destaques. Eu vejo que estão dando enfoque em algumas coisas que já existiam no código anterior. Não é um novo código, é um código revisto, atualizado e ampliado depois de aproximadamente dois anos de trabalho junto ao conselho federal, entidades médicas, associação médica, sindicato dos médicos, trabalhos que tivemos com juristas e filósofos, chamando toda sociedade para participar com sugestões.
Abandono do paciente
O médico não pode abandonar o paciente que está sob seus cuidados. Ele pode encaminhar para um outro médico, informando o paciente e tendo o aceite do outro médico. Ele tem que dar sequencia ao atendimento do paciente dele, a não ser que seja um caso passado para outro médico, e isso tem que ser documentado, não se pode passar verbalmente, até para defesa do médico ele tem que escrever. O médico tem que fazer todas as anotações pertinentes a todos pacientes e casos que atende.
Emergência e urgência
O médico nunca pode se negar a atender emergência e urgência. Elas são prioridades, claro que se está passando do horário dele de plantão, outro médico está assumindo, é natural que ele passe o caso para o outro, mas tudo isso tem que ser documentado e o paciente sempre deve ser informado.
Anúncios profissionais
É obrigatório incluir o número do registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) nos anúncios. Esses anúncios envolvem tudo, anúncios em placas, jornais, blocos de receituários, num cartão de visita. Sempre tem que constar o número de registro dele no CRM.
Propaganda
Ele pode noticiar, trazer ao conhecimento da população o que é uma patologia ou novos tratamentos, mas isso não é e nem deve caracterizar uma propaganda pessoal. È uma informação de conhecimento médico.
Direito de escolha
O médico deve aceitar as escolhas do paciente, o médico é obrigado a informar sobre os procedimentos que deverá realizar em determinado caso e, se o paciente tiver opção, desde que cientificamente embasado e que seja melhor para o paciente, o médico tem que respeitar a escolha do paciente.
Tratamentos alternativos e religião
O médico pode e deve aceitar aquilo que for comprovado cientificamente, naquilo que não for deverá valer a autonomia do médico, mesmo porque ele está buscando o bem-estar do paciente. No risco de morte, sempre o médico tem autonomia, independente da religião, claro que ele sabendo que poderá pagar um preço por um por isso, até mesmo ser processo. Por isso, a necessidade de documentação, o médico precisa escrever e escrever de forma clara e concisa para que qualquer um que tiver acesso ao prontuário possa entender. Ele está zelando pela vida do paciente que é o mais importante. Sobre os desdobramentos é que não se tem controle e ele poderá ter uma queixa contra ele nesse sentido na qual vai apresentar sua defesa, porque ele zelou pela vida do paciente. Ele é obrigado a não deixar o paciente morrer.
Pacientes terminais
Pacientes terminais em que realmente não há mais recurso, a medicina não consegue mais trazer ele de volta, isso claro conversado com a família, a família sempre orientada, não é que ele vai fazer com que o paciente morra, ele vai se preocupar com os cuidados paliativos para que essa pessoa seja assistida no seu momento de morte. Ele não vai abreviar a morte. Não é eutanásia, ele não está fazendo morrer, é a distanasia onde se você não tem mais recursos, aí tem que dar assistência, dar cuidado paliativo, para que essa pessoa nos seus finais de vida tenha conforto, se é que se pode falar em conforto, ou pelo menos minorar a dor dele, mas sempre informando a família. Se o paciente está impossibilitado, o responsável por ele é quem decide. Até o menor de idade tem que ser informado e pode decidir, independente da vontade dos pais, se ele quer ser se submetido a um procedimento. Não se falou em idade mínima, tem que se avaliar a questão do bom senso no momento para ver se a criança tem compreensão do que ele está vivendo. O médico tem que avaliar muito bem, para ver se essa criança tem discernimento para tomar essa decisão.
Plantão
O médico não pode faltar ao plantão, não pode abandonar o plantão, a não ser que tenha substituto, se não houver substituto, a responsabilidade cai sobre o diretor-técnico que cada instituição é orientada a ter e deve ter. O conselho fiscaliza permanentemente para levar essa obrigatoriedade. É normal que nos atendimentos aos postos de saúde a gente tenha dificuldade, todo médico que concorda ser diretor-clínico sabe que tem sobre ele uma responsabilidade muito grande. Nessa questão do plantão, o código está claro: a responsabilidade do substituto é do diretor-técnico.
Atestado médico
Atestado médico é para ser um documento de fé pública, ele é muito mal utilizado porque as pessoas não entendem da maneira como deve ser. O médico que dá um atestado indevido está cometendo um erro grave porque, quando ele atesta, ele está afirmando que a pessoa não pode comparecer ao trabalho porque estava sob cuidados médicos. Isso acontece muito na esfera pública; na privada, ele acaba sendo demitido. Acontece que nós recebemos várias denúncias de empresários que estão recebendo vários atestados que estão comprometendo o estabelecimento dele. O médico não pode dar um atestado que conste um período antes do atendimento. Tem que do atendimento em diante. Se a pessoa precisa de um atestado para o dia inteiro, isso é um problema trabalhista dele, nós não podemos chamar nossa responsabilidade para isso.
Sexagem
O médico não pode mexer no genoma, ele não pode determinar qual vai ser o sexo do bebê, antes não existia essa proibição. Agora, ele não pode alterar o genoma e definir o que vai ser uma pessoa.
Letra Legível
Isso já existe desde o código anterior, o médico é obrigado a escrever com letra legível, não havendo isso, o paciente poderia cobrar do médico e dizer “doutor, eu não estou entendendo o que está escrito aqui”.
CONHEÇA OS MITOS E AS VERDADES SOBRE A RESSACA.
Mulheres ficam bêbadas mais rápido? Misturar bebidas dá dor de cabeça? E comer massa, ajuda a curar a ressaca? O clínico geral Luis Fernando Barros Correia, chefe da emergência do hospital Samaritano tira as dúvidas sobre os mitos e dá algumas dicas para acabar com a ressaca nessa época de festas.
Mito: misturar bebidas dá ressaca. Beber muito álcool intoxica o organismo e dá a sensação de mal-estar da ressaca, mas segundo o médico é uma questão de adequação: - Muitas vezes a pessoa está acostumada com um tipo de bebida e sabe seu limite. Ao experimentar outra bebida, acaba perdendo a mão e fica bêbada.
Verdade: beber de estômago vazio faz a pessoa ficar bêbada rapidamente. - A comida retarda a absorção do álcool e a consequente intoxicação que causa a ressaca - explica Luis Fernando.
Mito: mulheres ficam bêbadas mais rápido que homens. Os homens têm uma área corporal maior e por isso processam uma maior quantidade de álcool, mas uma mulher grande também tem a mesma capacidade, segundo o médico.
Verdade: alternar álcool com água ou refrigerante evita a ressaca. Esse truque faz com que a pessoa beba mais devagar e o organismo vá absorvendo o álcool aos poucos. Outra medida é colocar uma pedra de gelo na bebida.
Mito: algumas bebidas favorecem a ressaca. Nada disso. A concentração de álcool é maior nos destilados, mas quem bebe uma quantidade grande de cerveja também tem ressaca.
Verdade: comer um doce corta o efeito do álcool. Sim! Com o açúcar o corpo funciona mais rápido, ajuda a quebrar o álcool e ainda anima. Dá sensação de bem-estar.
Mito: só o refrigerante comum alivia os sintomas da ressaca. Os refrigerantes diet têm menos açúcar, substância que contribui para a quebra do álcool, então perdem para os comuns nesse quesito. Mas os diet com cafeína fazem a circulação sanguínea aumentar e promovem a sensação de energia. Como o estômago fica irritado com o álcool, a bebida gasosa o dilata e ajuda a abrir a passagem entre estômago e intestino, dando alívio.
Verdade: comer massa ajuda a curar a ressaca. O ideal depois da bebedeira é ingerir bastante líquido e alimentos leves porque o estômago já está irritado pelo álcool. A massa tem processamento rápido e pode ser incluída nesse S.O.S, mas tem que ter cuidado com o molho. - Se for de tomate, ótimo. É o indicado para maratonistas depois de uma prova. Folhas, legumes e frutas também são indicados, principalmente frutas, porque têm frutose e água - diz o médico.
Mito: beber leite ou azeite antes do álcool previne a ressaca. A crença seria que azeite e leite fariam uma película gordurosa no estômago, impedindo a absorção do álcool. Segundo o médico não é bom negócio e pode irritar o estômago.
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