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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ENTENDA PARA QUE SERVEM AS PRINCIPAIS ANÁLISES SANGUÍNEAS E O BENEFÍCIO DO CHECK-UP

Todo mundo já fez um check-up pelo menos uma vez na vida. Algumas pessoas exageram e procuram seu médico de 6 em 6 meses para realizar seus exames.



Quem é que nunca recebeu suas análises de sangue cheia de números, termos técnicos e palavras desconhecidas ? E quando surge um resultado fora do valor de referência? Aquele número em negrito logo se transforma em uma ameaça de doença oculta. Já perdi a conta de quantos amigos e familiares já não me ligaram por causa desse temido valor fora da referência. A pergunta é sempre a mesma - Isso é algo grave?



Bom, antes de explicar o básico dos exames de sangue e check-ups é preciso esclarecer alguns pontos.



1.) Os exames são chamados de "exames complementares" porque complementam a avaliação médica. Nunca a substitui. Um resultado de exame de sangue sem uma história clínica e uma exame físico do paciente pode causar mais confusão do que elucidações. Às vezes recebo e-mails ou comentários de pessoas que eu nunca vi na vida, trazendo o resultado isolado de alguma análise e uma solicitação de diagnóstico. Não é assim que as coisas funcionam.



2.) Qualquer exame complementar, seja de sangue, urina, imagem etc... é passível de erros. Estes erros podem ser tanto de interpretação, como erros nas máquinas que os produzem. É preciso um médico para saber interpretar os resultados. O quadro clínico do doente é sempre soberano. Deve-se diagnosticar e tratar o paciente, nunca o exame.



3.) Não se pede exames sem motivo. O conceito do check-up completo é errado. Como os exames podem apresentar erros, não faz sentido solicitá-los se não há uma hipótese diagnóstica a ser investigada.



4.) É preciso saber diferenciar exames de rastreamento (screening) do check-up. Os exames de rastreamento são aqueles realizados para se identificar doenças prevalentes em um determinado grupo ou faixa etária. São exames que se mostraram benéficos quando solicitados periodicamente. Um exemplo é a mamografia para o câncer de mama ou um exame ginecológico de rastreamento de câncer de colo de útero. Não faz sentido, por exemplo, solicitar ressonâncias magnéticas de crânio em todo mundo para tentar descobrir tumores cerebrais.



5.) O que muitas empresas fazem, solicitando vários exames a novos empregados e encaminhando-os a especialistas quando aparece alguma alteração, é uma aberração. Primeiro, é gasto desnecessário de recursos da saúde, segundo, vários desses exames poderiam ser descartados com uma simples consulta, e terceiro, resultados errados levam a ansiedade desnecessária por parte do paciente, que às vezes, é rotulado como doente, quando na verdade não o é.



6.) Alguns pacientes confundem o que é um exame de sangue. Não existe uma solicitação única, que engloba todos as análises existentes. Existem centenas de dosagens diferente em uma análise de sangue. O médico precisa especificar no pedido quais análises ele gostaria de receber. Se o médico não solicitar uma dosagem de colesterol, este não virá nos resultados. Não é porque foi colhido uma amostra de sangue, que sempre será feito hemograma, colesterol, glicose ou qualquer outra dosagem. O laboratório só fornece o que foi pedido, e o médico só pede o que acha ser relevante para aquele momento.



Bom, vamos então imaginar que seu médico após uma criteriosa avaliação do seu estado de saúde, dos seus antecedentes patológicos, do histórico familiar e de seus hábitos de vida, resolveu solicitar alguns exames para complementar sua avaliação.



Eis os exames de sangue mais frequentes na prática clínica.



A) HEMOGRAMA



O hemograma é o exame para avaliar as três principais linhagens de células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). É o mais complexo e o que merece maiores explicações. Concentre-se apenas naqueles que explicarei.



1- Hemácias (glóbulos vermelhos)



Serve para o diagnóstico de anemia (leia: O QUE É ANEMIA ? ) que é a redução do número de células vermelhas.



São levados em conta principalmente os valores do hematócrito e da hemoglobina. Valores um pouco fora da faixa de referência podem não ter significado clínico. Mulheres podem ter hematócrito/hemoglobina um pouco mais baixo devido a perdas de sangue na menstruação. Fumantes costumam tê-los um pouco elevado devido a pior oxigenação do sangue pelos seus pulmões. Repito: esses valores devem sempre ser interpretados



2- Leucócitos (glóbulos brancos)



São as nossas células de defesa. É o exército ou a polícia do organismo. Chamamos de leucocitose quando estão aumentados. Normalmente indicam uma resposta do organismo a um processo infeccioso em curso. Doentes com pneumonia (leia: QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA PNEUMONIA ? ) ou um abscesso (leia: O que é o pus ? O que é um abscesso? O que é uma inflamação? )costumam ter seu número de leucócitos aumentados. A ausência de leucocitose de modo algum descarta uma infecção. Mais uma vez, o quadro clínico é sempre soberano.



Grandes elevações podem indicar leucemia (leia: LEUCEMIA - Sintomas e Tratamento). Leucopenia é o nome que se dá a baixa contagem dos leucócitos. Significa uma supressão da imunidade e maior susceptibilidade a infecções.



Os leucócitos são divididos em 5 grupos de células com funções diferentes na defesa do organismo:



Neutrófilos

Eosinófilos

Basófilos

Linfócitos

Monócitos



Essas dosagens servem para se identificar qual linhagem é a responsável pela leucocitose ou leucopenia



3- Plaquetas



São as células responsáveis pelo processo de coagulação do sangue. Elevações são chamadas de trombocitose e a diminuição de trombocitopenia. Pacientes com plaquetas muito baixas são mais propensos a sangramentos. Plaquetas muito elevadas podem favorecer a formação de trombos.



A dosagem das plaquetas são necessárias antes de cirurgias ou procedimentos susceptíveis a sangramentos. Também são importantes na distinção da forma hemorrágica e clássica da dengue (leia: TUDO SOBRE DENGUE E SEUS SINTOMAS )



Para saber informações mais detalhadas sobre o hemograma, leia: HEMOGRAMA - Entenda os seus resultados



B) Tempo de tromboplastina ativada (PTT ou TTP) e tempo de protrombina (TAP ou TP)



Medem o tempo que o sangue demora para coagular. Obviamente, tempos maiores indicam maior propensão a sangramentos. A cascata da coagulação inicia-se com a ativação das plaquetas e é completada pela ação dos fatores da coagulação. O TAP e o PTT medem a funcionamento desses fatores. A avaliação completa do estado da coagulação, feita com o TAP, PTT e plaquetas, é muitas vezes chamado de coagulograma.



A dosagem do INR é uma outra maneira de avaliar o TAP. Atualmente é a mais usada por ser mais confiável.



C) COLESTEROL



O colesterol total é composto da soma das frações HDL+LDL+VLDL.



HDL - colesterol bom. Protege os vasos da aterosclerose (Placas de gordura). Quanto mais elevado melhor.



LDL e VLDL - Colesterol ruim, formador da aterosclerose que obstrui os vasos sanguíneos e leva a doenças como infarto. Quanto mais baixo melhor.



Triglicerídeos - Estão relacionados ao VLDL. Normalmente equivale a 5x o seu valor. Um paciente com 150 mg/dl de triglicerídeos apresenta 30 mg/dl de VLDL.



Há algum tempo se sabe que o colesterol total não é tão importante quanto os valores de suas frações. Pois vejamos 2 pacientes distintos:



1- HDL = 70, LDL= 100, VLDL= 30. Colesterol total = 200 mg/dl

2- HDL = 20, LDL = 160, VLDL = 20. Colesterol toal = 200 mg/dl



Sem dúvida o primeiro paciente tem muito menos risco de desenvolver ateroesclerose que o segundo, apesar de terem o colesterol total igual. Não basta ver a quantidade, é necessário saber a qualidade. Para saber mais sobre o colesterol, leia: COLESTEROL BOM (HDL) E COLESTEROL RUIM (LDL).



D) UREIA e CREATININA



São as análise que avaliam a função dos rins.



Seus valores são usados para cálculos do volume de sangue filtrado pelos rins a cada minuto. Os melhores laboratórios já fazem esse cálculo automaticamente para o médico e normalmente vem com o nome de "clearance de creatinina" ou "taxa de filtração glomerular".



Valores aumentados de ureia e creatinina indicam diminuição da filtração pelo rim.

Valores menores que 60 ml/minuto de clearance de creatinina indicam insuficiência renal.



Este é um dos exames que mais requerem interpretação do médico, pois o mesmo valor de creatinina pode ser normal para uma pessoa, e significar insuficiência renal para outra.



Para saber mais leia: VOCÊ SABE O QUE É CREATININA ?



E) GLICOSE



A dosagem de glicose é importante para o diagnóstico ou controle do tratamento do diabetes mellitus. Só tem valor se realizada com um jejum mínimo de 8 horas.

• Valores menores que 100 mg/dl são normais

• Valores entre 100 e 125 mg/dl são considerados pré-diabetes.

• Valores acima de 126 mg/dl são compatíveis com diabetes (deve ser sempre repetido para confirmação do diagnóstico)

Para saber mais sobre os valores da glicose e diabetes, leia: DIAGNÓSTICO E SINTOMAS DO DIABETES e OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA



Para saber mais sobre outros exames do diabetes como a hemoglobina glicosilada e a frutosamina, leia: GLICEMIA
HEMOGLOBINA GLICOSILADA
Diagnóstico do diabetes



F) TGO (AST) TGP (ALP)



São exames para se avaliar o fígado. Valores elevados indicam lesão das células hepáticas. Normalmente traduzem algum tipo de hepatite, seja viral, medicamentosa ou isquêmica.

Leia: AS DIFERENÇAS ENTRE AS HEPATITES e O QUE SIGNIFICA AST (TGO) E ALT (TGP)?



G) Sódio (Na+), Potássio (K+), Cálcio (Ca++) e Fósforo(P-)



São chamados de eletrólitos. Valores elevados ou diminuídos devem ser tratados e investigados, pois podem trazer risco de morte se estiverem muito alterados.



H) TSH e T4 livre



São análises para se avaliar a função da tireóide, um pequeno órgão que se encontra na região anterior do nosso pescoço e controla nosso metabolismo. São com eles que diagnosticamos e controlamos o hipertireoidismo e o hipotireoidismo.



Leia: HIPOTIREOIDISMO ( TIREOIDITE DE HASHIMOTO ), HIPERTIREOIDISMO E DOENÇA DE GRAVES e DOENÇAS E SINTOMAS DA TIREÓIDE



I) ÁCIDO ÚRICO



O ácido úrico é o metabólito resultante da metabolização de algumas proteínas pelo organismo. Níveis elevados são fatores de risco para gota (leia: SINTOMAS DA GOTA E ÁCIDO ÚRICO), cálculo renal (leia: CÁLCULO RENAL (PEDRA NOS RINS) - Por que ele surge? ) e estão associados a hipertensão e doenças cardiovasculares (leia: SINTOMAS E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO (PRESSÃO ALTA) e SINTOMAS DO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E ANGINA )



J) PCR



É uma proteína que se eleva em estados inflamatórios. Ela é inespecífica. Normalmente indica processo infeccioso em andamento, mas também pode estar alta nas neoplasias e doenças inflamatórias. Uma PCR elevada associado a leucocitose é forte indicador de infecção em curso.



Para saber mais sobre PCR leia: EXAMES DE SANGUE
VHS, PCR, Ferritina e CK





K) PSA



Proteína que se eleva em caso de câncer de próstata. Aumentos do tamanho da próstata com a idade, chamada de hiperplasia prostática benigna, também podem levar a elevações, mas não nos níveis da neoplasia. Leia: SINTOMAS DO CÂNCER DE PRÓSTATA



L) ALBUMINA



A albumina é a proteína mais abundante no sangue. É uma marcador de nutrição. Como é sintetizada pelo fígado também serve para avaliação da função hepática em doentes cirróticos.



M) VHS ou VS



É mais um teste não específico de inflamação. É menos sensível que o PCR. Costuma estar muito elevado nas doenças auto-imunes. Leia: DOENÇA AUTO-IMUNE



Para saber m,ais sobre o VHS, leia: EXAMES DE SANGUE
VHS, PCR, Ferritina e CK





N) EAS ou Urina Tipo I (leia: ENTENDA SEU EXAME DE URINA )



É o exame básico de urina. Permite a detecção de doenças renais ocultas e pode sugerir a presença de infecções urinarias.



Com ele podemos avaliar a presença na urina de pus, sangue, glicose, proteínas etc... substâncias que em geral não deveriam estar presentes.



Leia: PROTEINÚRIA, URINA ESPUMOSA E SÍNDROME NEFRÓTICA



O) UROCULTURA (leia: EXAME UROCULTURA
Indicações e como colher)



É o exame de escolha para diagnosticar infecção urinária. Com ele conseguimos identificar a bactéria responsável e ainda testar quais são os antibióticos efetivos e resistentes



Leia também: INFECÇÃO URINÁRIA ( CISTITE ) e PIELONEFRITE ( INFECÇÃO DOS RINS )



P) EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES



É o exame solicitado para investigar a presença de parasitas, conhecido vulgarmente por vermes

Leia: VERMES E EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES



Existem inúmeras outras análises que são pedidas no sangue, fezes e urina. Estas são as mais comuns.



Pergunte sempre ao seu médico o porquê de cada exame solicitado. Não existe pedir exame apenas por pedir. A boa prática médica pede que todo exame solicitado tenha um motivo.

FICAM AQUI ALGUNS DOS OS EXAMES DE SAÚDE MAIS IMPORTANTES PARA O HOMEM E A MELHOR IDADE PARA O FAZER: AOS 30, AOS 40 OU AOS 50 ANOS DE IDADE. SAIBA QUE COM A SAÚDE NÃO SE BRINCA INDEPENDENTEMENTE DA IDADE.



Aos 30 anos

Exame: Gordura no sangue – Glicose

Frequência: uma vez por ano

A glicose em excesso pode provocar a diabetes. Estima-se que, hoje em dia, esta doença seja uma das mais ameaçadoras. Existem muitos homens com este problema e muitas vezes só o detectam tarde demais. Pode-se evitar que a doença chegue a um estado avançado fazendo apenas um simples teste à glicose no sangue. Saiba que esta doença pode ser prevenida com mudanças no estilo de vida. Se fizer exercício físico pelo menos 30 minutos por dia e perder 5% do peso através de uma dieta rica em fibras, legumes e frutas, reduz o risco de desenvolver esta doença em 60%.

Exame: HIV

Frequência: de 2 em 2 anos

Mais de 35 milhões de pessoas vivem com o vírus VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana). Todas as pessoas, mesmo as de grupos considerados baixo-risco, devem fazer este teste. Deve sempre fazer o teste 2 vezes: uma para saber e outra para confirmar, pois outras condições como o Lúpus, sífilis, doença de Lyme podem produzir um resultado positivo falso.

Exame: Exame aos testículos

Frequência: mensal

O cancro dos testículos é um dos mais comuns em homens dos 15 aos 34 anos. Também é um tipo de cancro com uma das taxas de sobrevivência maior, mais de 90%, devendo para tal, ser detectado na sua fase inicial, e na fase em que a dor é um sintoma muito ocasional. É importante que faça um auto-exame frequentemente. Procure um inchaço anormal, e use os seus dedos polegares e indicadores para sentir inchaços ou protuberâncias, que são usualmente do tamanho de uma ervilha. Ajuda fazer este exame depois de um banho quente, altura em que o escroto está mais relaxado.

Exame: Colesterol e Triglicerídeos - HDL, LDL e VLDL

Frequência: anualmente

Este teste fornece um quadro geral da saúde circulatória e permite ao seu médico a oportunidade de ver outro tipo de problemas. O HDL (colesterol bom), o LDL (colesterol mau) e o VHDL (muito rico em triglicerídeos) são os tipos de colesterol aos quais deve estar atento. O nível elevado de colesterol é o maior responsável por ataques cardíacos e pelas tromboses cerebrais (AVC), que causam uma morte a cada 33 segundos. Se tem um historial familiar de colesterol elevado, ou tem uma má alimentação, deve fazer este tipo de exame. Se o seu nível de colesterol é superior a 190, significa que tem um risco maior de desenvolver uma doença cardíaca. Deve realizar um exame de sangue para avaliar os valores do colesterol e dos triglicerídeos. Os triglicéridos são um outro tipo de gorduras também presentes no sangue, que em nível muito elevado pode torná-lo num sério candidato a doença coronária prematura.

Aos 40 anos

Exame: Índice de massa corporal (IMC)

Frequência: cada 2 anos, ou sempre que ganhar peso

A obesidade é um problema actual e bastante real. Muitos de nós tendem a desvalorizar e a descuidar o problema, deixando-o tomar conta da vida por completo. A obesidade está associada a diversas doenças como: pressão sanguínea elevada, diabetes, doenças do coração, e mesmo o cancro. Use o índice de massa corporal, que estima a gordura corporal baseando-se na altura e no peso para controlar a sua saúde. Um resultado entre 18.5 e 24.9 é um resultado normal. Este tipo de teste não inclui o perímetro abdominal, nem a massa muscular, por isso deve sempre mencionar isto ao seu médico.

Exame: Pressão arterial

Frequência: 1 vez por ano

Uma leitura abaixo de 120/80 mmHg é uma leitura desejada; acima de 140/90 mmHg é uma causa de preocupações. Se está entre estes dois valores (entre 120/80 e 139/89 mmHg) tome nota: sofre de “pré-hipertensão,” o que significa que é provável que desenvolva hipertensão arterial, e se não tomar medidas preventivas imediatamente poderá desenvolver arteriosclerose, AVC (acidente vascular cerebral), insuficiência renal ou enfarte do miocárdio.

Exame: Exame dental

Frequência: 2 vezes por ano

Existe uma ligação muito grande entre a doença periodontal e os problemas de coração. Quando as bactérias orais andam na corrente sanguínea, pode fazer com que o fígado liberte a proteína CRP também conhecida por proteína C-reativa e responsável pela inflamação. A inflamação daí resultante pode ser um factor causador de arteriosclerose. Felizmente, a doença relacionada com a inflamação das gengivas é reversível se for detectada em estágios iniciais.

Exame: Ultra-som às carótidas

Frequência: uma vez aos 40, depois, dependendo dos resultados mais ou menos vezes.

Este exame avalia o fluxo sanguíneo e é utilizado para detectar endurecimento, coágulos e oclusões nas artérias. Os derrames são uma das grandes causas de morte, e um teste ultra-som às carótidas pode demonstrar se está em maior ou menor risco de sofrer um. Este exame não invasivo providencia a visão das artérias que se localizam no pescoço, podendo revelar a obstrução das mesmas e o efeito dessa obstrução no fornecimento do sangue ao cérebro. 80% dos derrames cerebrais são devidos a coágulos sanguíneos, que só são detectados no próprio momento em que ocorre o derrame, não espere pelo sintoma.

Aos 50 anos

Exame: Análise à PSA (Antígeno Prostático Específico)

Frequência: 1 vez por ano

O cancro da próstata é o tumor mais comum em homens com mais de 50 anos de idade. O exame à PSA é um exame sanguíneo. O PSA é uma proteína segregada pela próstata. Se um exame sanguíneo indicar valores acima de 75, significa que o risco de vir a sofrer de cancro na próstata é muito elevado. A idade ideal para ser iniciada a vigilância através deste exame é a partir dos 40 anos de idade, para que se vá tendo uma noção dos valores e da sua variação ao longo do tempo; no entanto, aos 50 anos de idade é essencial fazê-lo. O aumento da taxa de PSA no sangue, excluídas as causas benignas desse aumento, pode indicar a presença de cancro na próstata. É importante que o seu médico tenha em atenção o tamanho da sua próstata, pois quanto maior for, maior será a segregação desta proteína.

Exame: Exame dermatológico

Frequência: exame anual em auto exame, e por um dermatologista a cada 5 anos

Se é alguém que passa muito tempo ao sol, ou passou, este exame é essencial. No entanto, se não passa muito tempo ao sol não exclua este exame, pois não significa que esteja isento do surgimento de melanomas. Examinar a sua pele: todos os sinais, manchas, sinais de nascença, é essencial pois o cancro da pele é um dos cancros com maior sucesso de cura quando detectado precocemente. Deve procurar alterações assimétricas, mudanças no tamanho, mudança de cor, e diâmetro superior a 6 milímetros.

Exame: Angiotomografia coronária

Frequência: uma vez aos 40, e a cada 5 anos, dependendo dos resultados

Este exame é um exame não invasivo que lhe permite ter uma imagem nítida da sua anatomia coronária especialmente das artérias coronárias, substituindo, em certos casos, o cateterismo que é um exame invasivo. A angiotomografia coronária é capaz de detectar imagens do coração, especialmente do batimento cardíaco e revelá-las através de imagens realísticas a 3D. É fundamental para detectar rigidez ou flacidez nas artérias e dá-lhe uma ideia do risco de um ataque de coração futuro.

Exame: Pressão ocular

Frequência: uma vez a cada 2 anos

Serve para avaliar o risco de desenvolvimento de uma forma de Glaucoma. A pressão intra-ocular elevada pode levar a danos do nervo óptico causando uma perda da visão, geralmente em ambos os olhos. Esta perda começa frequentemente com uma diminuição subtil (na visão periférica do campo visual), e se o glaucoma não for diagnosticado e devidamente tratado, pode levar à perda de visão progressiva e à cegueira. Um simples exame aos olhos – que procura sintomas tais como a elevada pressão ocular e a deterioração da visão em geral – é tudo o que é necessário para apanhar a doença num estado inicial.

Exame: Colonoscopia

Frequência: uma vez cada 5 ou 10 ano, ou o necessário dependendo dos resultados

O cancro do cólon é a terceira forma mais frequente de cancro no homem, e a segunda de morte devido ao cancro. Existe uma boa razão para detectar o cancro numa fase inicial: a taxa de sobrevivência é de 94% se o cancro for detectado antes de se espalhar pelas paredes do cólon. Este teste é o mais eficaz para detectar o cancro do cólon. Se tem um historial familiar de cancro colorrectal este teste deve de ser feito 10 anos mais cedo do que a idade em que o cancro foi detectado no seu familiar.

Exame: Audição

Frequência: cada 3 anos

Com a idade a capacidade auditiva tende a diminuir. Mas na altura dos 60 é um acontecimento bastante provável, por isso visite o seu oftalmologista.









PERIGO AO ALCANCE DA MÃO




Tal como supermercado, quase toda farmácia tem atualmente gôndolas de remédios de venda livre, sem prescrição médica. Oferecem desde anti-sépticos bucais, desinfetantes de lentes, antiácidos, vitaminas, produtos fitoterápicos até colírios, descongestionantes nasais e analgésicos. São os chamados medicamentos OTC – sigla de over-the-counter. Para observar o consumo desses produtos, ‘NO’ fez plantão nas gôndolas de OTC de três farmácias em áreas movimentadas de São Paulo: rua Augusta (área nobre dos Jardins), Praça da Sé (centro) e avenida Penha de França (Zona Leste, operária).

Após 45 minutos em cada, a coincidência esperada: os analgésicos foram o principal alvo dos consumidores. Afinal, é a classe de remédios mais vendida no Brasil. Trinta e quatro pessoas levaram, pelo menos, uma cartela dos seguintes: ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina e Bufferin), dipirona (Anador e Novalgina), ibuprofeno (Advil), paracetamol ou acetaminofeno (Dôrico e Tylenol) e associações de drogas (Cibalena, Dorflex e Doril). Em tese, esses e os demais remédios de venda livre devem ser eficazes, de fácil utilização, com informações claras e objetivas na embalagem ou no cartucho e, claro, seguros. Na cabeça de muita gente, inofensivos, já que estão ao alcance da mão, inclusive de supermecados.

"Não há remédio 100% seguro e os analgésicos podem provocar, sim, intoxicações e problemas graves, apesar da fama de grande margem de segurança e poucos efeitos adversos", alerta o médico Anthony Wong, chefe do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O Ceatox é o centro de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a segurança de medicamentos no Brasil. A base são estudos recentes chamando atenção para o risco dos analgésicos, mesmo em doses muito próximas às recomendadas.

Três agravantes: uso abusivo, combinação de analgésicos e associação com outros remédios, como a que freqüentemente se faz com antiinflamatórios sem esteróides (que não contêm cortisona). Por sinal, dos 34 clientes observados por ‘NO’ comprando analgésicos, três tinham nas mãos caixas de Cataflam, Nisulide e Tandrilax, apanhados com vendedores no balcão. Anthony Wong reprova: "O uso concomitante de antiinflamatórios não-esteroidais e analgésicos à base de paracetamol, ibuprofeno e ácido acetilsalicílico pode causar hemorragias gastrintestinais e, eventualmente, nefrite (inflamação nos rins) analgésica, capaz de levar em meses à insuficiência renal".

Por isso, aliás, a Agência Nacional de Vigilância de Medicamentos (Anvisa) estuda proibir, como já acontece em países como Canadá, Finlândia e Austrália, remédios que associam no mesmo produto analgésicos e antiinflamatórios não-esteroidais. Na mira restritiva do Ministério da Saúde, estão também as combinações de vitaminas com antiinflamatórios e de vitaminas com analgésicos. "São formulações absurdas do ponto de vista médico e farmacêutico", afirma Wong. "No caso da associação antiinflamatórios não-esteroidais e analgésicos, o risco é maior do que o benefício."



Riscos de cada analgésico

O ácido acetilsalicílico, mais conhecido por aspirina, tem propriedades analgésicas, antitérmicas e antiinflamatórias. O ibuprofeno, de acordo com a dose, pode ser analgésico ou antiinflamatório. Já a dipirona (também denominada metamizol) possui ação analgésica e antitérmica. O paracetamol idem. Cada um tem riscos próprios:

Ácido acetilsalicílico – Em crianças e adolescentes com certas doenças virais, como gripe e catapora, eventualmente precipita a síndrome de Reye: hepatite fulminante rara, fatal em 75% a 80% dos casos. O abuso ocasiona sangramento gastrintestinal, freqüentemente grave. Mesmo risco corre quem usa com bebidas alcoólicas. Em pessoas com problemas de coagulação, aumenta o sangramento.

Dipirona – Pode provocar queda de pressão arterial. Já foi relacionada à redução drástica de granulócitos, uma das células brancas do sangue, que servem à defesa do organismo. Estudos recentes mostraram incidência de agranulocitose (queda brusca na produção de células brancas) por dipirona igual ou até inferior à que ocorre espontaneamente na população.

Ibuprofeno – Nefrite (inflamação renal) analgésica, alterações visuais reversíveis e queda acentuada de temperatura já foram relatadas.

Paracetamol – Nos EUA e na Grã-Bretanha, é a principal causa de hepatite tóxica fulminante, em geral por consumo excessivo. Nos últimos quatro anos, foi o medicamento mais mencionado em óbitos relatados aos centros americanos de intoxicação. Tanto que, para evitar a superdosagem, o número de comprimidos vendidos é controlado em diversos países da Europa. Porém, mesmo em doses usuais, o paracetamol pode aumentar o risco de lesão do fígado se estiver associado a estes fatores: febre elevada, hepatite viral, diarréia intensa, jejum prolongado, vômitos abundantes, ingestão de bebida alcoólica (inclusive vinho) e uso simultâneo de certos medicamentos – barbitúricos, rifampicina, fenitoína, carbamazepina, além dos antiinflamatórios. Outro problema: o paracetamol está presente em remédios para gripe, reumatismo, cólicas e enxaqueca. Em conseqüência, muitas pessoas tomam vários remédios com a droga, superando os limites seguros.



Erva-de-são-joão e colírios

Nas gôndolas de remédios OTC, há outros riscos potenciais à saúde. Um deles é a erva-de-são-joão, consagrada pelo uso popular como antidepressivo natural. O alerta é da OMS: o hipérico interfere na ação de outros remédios, diminuindo em até 40% a eficácia de anti-retrovirais para Aids, ciclosporina (para evitar rejeição de transplante), pílulas anticoncepcionais, tranquilizantes e remédios cardíacos. Ou seja, perdem parte do efeito terapêutico, o que é particularmente grave em Aids e transplantes de órgãos.

"Algumas rejeições decorrem de a pessoa usar a erva-de-são-joão sem informar o médico, achando que, por ser natural, não faz mal", observa Anthony Wong. "Muitos médicos também desconhecem esse risco."

Entre eles, o próprio presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, José Osmar Medina Pestana. "Como faltam estudos sobre interação medicamentosa, orientamos os pacientes transplantados a não utilizar plantas medicinais, mas do risco da erva-de-são-joão eu não sabia", admite Medina Pestana, também coordenador da equipe de transplantes renais do Hospital do Rim/Unifesp. "Vou passar já esse alerta aos médicos dos nossos ambulatórios."

Como ele, freqüentemente muitos médicos não têm idéia de que remédios à base de cânfora e mentol algumas vezes são perigosos, desencadeando convulsões e problemas cardíacos em pessoas sensíveis. Outro risco: os descongestionantes nasais e colírios à base de substâncias como nafazolina e oximetazolina. Se por engano o produto de adulto for usado em criança, é desastroso. Em bebês com menos de um ano de idade, podem provocam queda de pressão e parada cardiorrespiratória.

Isso sem falar dos riscos dos remédios de tarja vermelha, a rigor de "venda sob prescrição médica", como está na embalagem. Na prática, o alerta é uma bobagem. Em toda Europa, nos Estados Unidos e no Canadá, não há remédios de tarja vermelha ou preta. Nesses países, o remédio é ou não é de prescrição médica. E a determinação funciona. Aqui, qualquer balconista de qualquer farmácia receita e vende qualquer medicamento. Entram aí antibióticos, diuréticos, anti-hipertensivos, antiinflamatórios esteroidais e não-esteroidais, broncodilatadores, vasodilatadores cardíacos e muito mais. As conseqüências são a autoprescrição, o abuso e – o que poucos se dão conta – a perigosa interação entre vários medicamentos.

"Use o mínimo de remédios possível", recomenda Anthony Wong. O risco de efeitos adversos e até de intoxicação aumenta exponencialmente de acordo com a quantidade usada. Até três remédios diferentes por dia, a chance de a interação causar problema grave é inferior a 1%. De quatro a sete, 7%. De 8 a 15 medicamentos diários, salta para 27%. De 16 a 19, atinge 30%. Já de 20 a 24 diferentes remédios diariamente, o risco de danos à saúde alcança 47%.

Portanto, com remédios livres ou não, cautela é a melhor receita. Devido a características próprias, há pessoas mais sensíveis do que outras aos efeitos adversos, mesmo tomando o remédio em doses usuais. Caso algum não funcione ou faça mal, comunique ao seu médico. Ele tem a obrigação de informar à vigilância sanitária. No primeiro caso, pode ser falsificação ou erro na fabricação. No segundo, pode-se estar diante de efeito adverso não mostrado em pesquisas com poucas pessoas e só detectado no uso em larga escala.

Foi assim que o Lipobay (para reduzir colesterol) saiu recentemente do mercado, livrando a saúde de consumidores de uma associação perigosa. A substância cerivastatina produzia lesão da fibra muscular, levando à insuficiência renal, principalmente se usada junto com genfibrozila, medicamento para diminuir os triglicérides (gorduras) no sangue.





DEZ DICAS PARA SUA SAUDE BUCAL.



1. Escovar sempre os dentes ao acordar, depois de cada refeição e antes de dormir;

2. Manter uma alimentação sempre saudável, rica em fibras e com baixo teor de açúcares e carboidratos;

3. O grande risco dos açúcares para os dentes é a freqüência em que eles são ingeridos e não a quantidade;

4. Após as refeições, sempre passar o fio dental e realizar escovações com pasta fluoretada;

5. As escovas devem ser individuais e trocadas com freqüência;

6. O fio dental é indispensável, pois os dentes possuem cinco faces e algumas delas não são alcançadas pelas escovas;

7. Não esquecer de escovar sempre a língua ou utilizar limpadores de língua para remover a “saburra“restos de alimentos e células que deixam a língua com aspecto esbranquiçado/amarelado);

8. Evitar alimentos e bebidas com corantes que possam manchar os dentes e as restaurações de resina;

9. Evitar ingerir refrigerantes e bebidas ácidas, assim como chupar frutas cítricas com muita freqüência. Elas podem causar erosões dentárias e sensibilidade excessiva;

10. Previna problemas odontológicos visitando seu dentista a cada seis meses.







SEUS DIREITOS OU DIREITOS DO PACIENTE.


1) O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, pôr parte de todos os profissionais de saúde. Tem direito a um local digno e adequado para seu atendimento.

2) O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas.

3) O paciente tem direito a receber do funcionário adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria de seu conforto e bem-estar.

4) O paciente tem direito a identificar o profissional por crachá preenchido com o nome completo, função e cargo.

5) O paciente tem direito a consultas marcadas, antecipadamente, de forma que o tempo de espera não ultrapasse a trinta (30) minutos

6) O paciente tem direito de exigir que todo o material utilizado seja rigorosamente esterilizado, ou descartável e manipulado segundo normas de higiene e prevenção.

7) O paciente tem direito de receber explicações claras sobre o exame a que vai ser submetido e para qual finalidade irá ser coletado o material para exame de laboratório.

8) O paciente tem direito a informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações diagnósticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do tratamento, a localização, a localização de sua patologia, se existe necessidade de anestesia, qual o instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas pelos procedimentos.

9) O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e desenvolvimento da sua patologia.

10) O paciente tem direito de consentir ou recusar a ser submetido à experimentação ou pesquisas. No caso de impossibilidade de expressar sua vontade, o consentimento deve ser dado por escrito por seus familiares ou responsáveis.

11) O paciente tem direito a consentir ou recusar procedimentos, diagnósticos ou terapêuticas a serem nele realizados. Deve consentir de forma livre, voluntária, esclarecida com adequada informação. Quando ocorrerem alterações significantes no estado de saúde inicial ou da causa pela qual o consentimento foi dado, este deverá ser renovado.

12) O paciente tem direito de revogar o consentimento anterior, a qualquer instante, pôr decisão livre, consciente e esclarecida, sem que lhe sejam imputadas sanções morais ou legais.

13) O paciente tem o direito de ter seu prontuário médico elaborado de forma legível e de consultá-lo a qualquer momento. Este prontuário deve conter o conjunto de documentos padronizados do histórico do paciente, princípio e evolução da doença, raciocínio clínico, exames, conduta terapêutica e demais relatórios e anotações clínicas.

14) O paciente tem direito a ter seu diagnóstico e tratamento por escrito, identificado com o nome do profissional, de saúde e seu registro no respectivo Conselho Profissional, de forma clara e legível.

15) O paciente tem direito de receber medicamentos básicos, e também medicamentos e equipamentos de alto custo, que mantenham a vida e a saúde.

16) O paciente tem o direito de receber os medicamentos acompanhados de bula impressa de forma compreensível e clara e com data de fabricação e prazo de validade.

17) O paciente tem o direito de receber as receitas com o nome genérico do medicamento ( Lei do Genérico), e não em código, datilografadas ou em letras de forma, ou com caligrafia perfeitamente legível, e com assinatura e carimbo contendo o número do registro do respectivo Conselho Profissional.

18. O paciente tem direito de conhecer a procedência e verificar antes de receber sangue ou hemoderivados para a transfusão, se o mesmo contém carimbo nas bolsas de sangue atestando as sorologias efetuadas e sua validade.

19) O paciente tem direito, no caso de estar inconsciente, de ter anotado em seu prontuário, medicação, sangue ou hemoderivados, com dados sobre a origem, tipo e prazo de validade.

20) O paciente tem direito de saber com segurança e antecipadamente, através de testes ou exames, que não é diabético, portador de algum tipo de anemia, ou alérgico a determinados medicamentos (anestésicos, penicilina, sulfas, soro antitetânico, etc.) antes de lhe serem administrados.

21) O paciente tem direito a sua segurança e integridade física nos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados.

22) O paciente tem direito de ter acesso às contas detalhadas referentes às despesas de seu tratamento, exames, medicação, internação e outros procedimentos médicos. (Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93- art.8º e nº74 de 04/05/94).

23) O paciente tem direito de não sofrer discriminação nos serviços de saúde por ser portador de qualquer tipo de patologia, principalmente no caso de ser portador de HIV / AIDS ou doenças infecto- contagiosas.

24) O paciente tem direito de ser resguardado de seus segredos, através da manutenção do sigilo profissional, desde que não acarrete riscos a terceiros ou à saúde pública. Os segredos do paciente correspondem a tudo aquilo que, mesmo desconhecido pelo próprio cliente, possa o profissional de saúde ter acesso e compreender através das informações obtidas no histórico do paciente, exames laboratoriais e radiológicos.

25) O paciente tem direito a manter sua privacidade para satisfazer suas necessidades fisiológicas, inclusive alimentação adequada e higiênicas, quer quando atendido no leito, ou no ambiente onde está internado ou aguardando atendimento.

26) O paciente tem direito a acompanhante, se desejar, tanto nas consultas, como nas internações. As visitas de parentes e amigos devem ser disciplinadas em horários compatíveis, desde que não comprometam as atividades médico / sanitárias. Em caso de parto, a parturiente poderá solicitar a presença do pai.

27) O paciente tem direito de exigir que a maternidade, além dos profissionais comumente necessários, mantenha a presença de um neonatologista, por ocasião do parto.

28) O paciente tem direito de exigir que a maternidade realize o "teste do pezinho" para detectar a fenilcetonúria nos recém- nascidos.

29) O paciente tem direito à indenização pecuniária no caso de qualquer complicação em suas condições de saúde motivadas por imprudência, negligência ou imperícia dos profissionais de saúde.

30) O paciente tem direito à assistência adequada, mesmo em períodos festivos, feriados ou durante greves profissionais.

31) O paciente tem direito de receber ou recusar assistência moral, psicológica, social e religiosa.

32) O paciente tem direito a uma morte digna e serena, podendo optar ele próprio (desde que lúcido), a família ou responsável, por local ou acompanhamento e ainda se quer ou não o uso de tratamentos dolorosos e extraordinários para prolongar a vida.

33) O paciente tem direito à dignidade e respeito, mesmo após a morte. Os familiares ou responsáveis devem ser avisados imediatamente após o óbito.

34) O paciente tem o direito de não ter nenhum órgão retirado de seu corpo sem sua prévia aprovação.

35) O paciente tem direito a órgão jurídico de direito específico da saúde, sem ônus e de fácil acesso.

Portaria do Ministério da Saúde nº1286 de 26/10/93 - art.8º e nº74 de 04/05/94)


ATESTADO MÉDICO: CID PARA DOENÇAS E ACIDENTES DE TRABALHO

Por Lei, o trabalhador não é obrigado a informar, em um atestado médico, o CID da sua doença. O médico deveria escrever o código apenas se solicitado pelo paciente, e não porque a empresa exige. Mas, na prática, os empregadores exigem, sim, que o motivo do afastamento esteja declarado no atestado.

Muitos leitores do blog entram em contato por esse motivo. O médico não escreve o CID no atestado e a empresa não o aceita. Muitos trabalhadores, então, acrescentam por conta própria o código, procurando na Internet por listas com o CID das doenças mais comuns e acidentes relacionados ao trabalho.

O ideal seria que as empresas não exigissem o CID. A princípio, deveria haver confiança na relação empresa-funcionário. Como isso não tem acontecido, e para evitar que haja desconto no salário, o correto é que se entre em contato com o médico que o atendeu, solicitando que ele acrescente a informação no atestado médico.

Conforme a resolução 1.819/2007 do CFM (Conselho Federal de Medicina), publicada em 22 de maio de 2007, que proibe a colocação do diagnóstico codificado (CID) na papelada que sai do consultório (atestados, solicitação de exames etc.), cabo ao médico “Vedar ao médico o preenchimento, nas guias de consulta e solicitação de exames das operadoras de planos de saúde, dos campos referentes à Classificação Internacional de Doenças (CID) e tempo de doença concomitantemente com qualquer outro tipo de identificação do paciente ou qualquer outra informação sobre diagnóstico, haja vista que o sigilo na relação médico-paciente é um direito inalienável do paciente, cabendo ao médico a sua proteção e guarda.” (Art. 1º)

O Capítulo IX do Código de Ética Médica, em seu artigo 105, diz que:

É vedado ao médico:

Revelar informações confidenciais obtidas quando do exame médico de trabalhadores, inclusive

por exigência dos dirigentes de empresas ou instituições, salvo se o silêncio puser em risco a saúde dos

empregados ou da comunidade.

Ou seja, o médico não pode colocar essa informação, a não ser que o paciente solicite. Mas, ainda assim, os empregadores exigem…

Além disso, o Código Penal, no artigo 154, diz que existe o direito à privacidade sobre o estado de saúde.


PACIENTE TEM DIREITO DE ESCOLHA NO SEU TRATAMENTO, DESDE QUE HAJA EMBASAMENTO CIENTÍFICO.

Depois de dois anos de discussão entrou essa semana em vigor as mudanças no Código de Ética Médica, que envolveu 400 delegados de conselhos que definiram 118 normas estabelecedoras de como o médico deve atuar em clínicas, hospitais, consultórios e outros serviços de saúde. Normas que causam polêmica como o direito da escolha do paciente, a conduta quanto aos pacientes terminais, sexagem, entre outros que foram tratados em uma coletiva dada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, Antônio Carlos Bilo, gravada pelo Midiamax, onde ele explicita as novidades e mudanças no código.



Novidades

O código não é novo, é um código revisto, atualizado e ampliado, nós temos uma série de destaques. Eu vejo que estão dando enfoque em algumas coisas que já existiam no código anterior. Não é um novo código, é um código revisto, atualizado e ampliado depois de aproximadamente dois anos de trabalho junto ao conselho federal, entidades médicas, associação médica, sindicato dos médicos, trabalhos que tivemos com juristas e filósofos, chamando toda sociedade para participar com sugestões.


Abandono do paciente

O médico não pode abandonar o paciente que está sob seus cuidados. Ele pode encaminhar para um outro médico, informando o paciente e tendo o aceite do outro médico. Ele tem que dar sequencia ao atendimento do paciente dele, a não ser que seja um caso passado para outro médico, e isso tem que ser documentado, não se pode passar verbalmente, até para defesa do médico ele tem que escrever. O médico tem que fazer todas as anotações pertinentes a todos pacientes e casos que atende.

Emergência e urgência

O médico nunca pode se negar a atender emergência e urgência. Elas são prioridades, claro que se está passando do horário dele de plantão, outro médico está assumindo, é natural que ele passe o caso para o outro, mas tudo isso tem que ser documentado e o paciente sempre deve ser informado.

Anúncios profissionais

É obrigatório incluir o número do registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) nos anúncios. Esses anúncios envolvem tudo, anúncios em placas, jornais, blocos de receituários, num cartão de visita. Sempre tem que constar o número de registro dele no CRM.

Propaganda


Ele pode noticiar, trazer ao conhecimento da população o que é uma patologia ou novos tratamentos, mas isso não é e nem deve caracterizar uma propaganda pessoal. È uma informação de conhecimento médico.


Direito de escolha


O médico deve aceitar as escolhas do paciente, o médico é obrigado a informar sobre os procedimentos que deverá realizar em determinado caso e, se o paciente tiver opção, desde que cientificamente embasado e que seja melhor para o paciente, o médico tem que respeitar a escolha do paciente.

Tratamentos alternativos e religião


O médico pode e deve aceitar aquilo que for comprovado cientificamente, naquilo que não for deverá valer a autonomia do médico, mesmo porque ele está buscando o bem-estar do paciente. No risco de morte, sempre o médico tem autonomia, independente da religião, claro que ele sabendo que poderá pagar um preço por um por isso, até mesmo ser processo. Por isso, a necessidade de documentação, o médico precisa escrever e escrever de forma clara e concisa para que qualquer um que tiver acesso ao prontuário possa entender. Ele está zelando pela vida do paciente que é o mais importante. Sobre os desdobramentos é que não se tem controle e ele poderá ter uma queixa contra ele nesse sentido na qual vai apresentar sua defesa, porque ele zelou pela vida do paciente. Ele é obrigado a não deixar o paciente morrer.

Pacientes terminais


Pacientes terminais em que realmente não há mais recurso, a medicina não consegue mais trazer ele de volta, isso claro conversado com a família, a família sempre orientada, não é que ele vai fazer com que o paciente morra, ele vai se preocupar com os cuidados paliativos para que essa pessoa seja assistida no seu momento de morte. Ele não vai abreviar a morte. Não é eutanásia, ele não está fazendo morrer, é a distanasia onde se você não tem mais recursos, aí tem que dar assistência, dar cuidado paliativo, para que essa pessoa nos seus finais de vida tenha conforto, se é que se pode falar em conforto, ou pelo menos minorar a dor dele, mas sempre informando a família. Se o paciente está impossibilitado, o responsável por ele é quem decide. Até o menor de idade tem que ser informado e pode decidir, independente da vontade dos pais, se ele quer ser se submetido a um procedimento. Não se falou em idade mínima, tem que se avaliar a questão do bom senso no momento para ver se a criança tem compreensão do que ele está vivendo. O médico tem que avaliar muito bem, para ver se essa criança tem discernimento para tomar essa decisão.


Plantão

O médico não pode faltar ao plantão, não pode abandonar o plantão, a não ser que tenha substituto, se não houver substituto, a responsabilidade cai sobre o diretor-técnico que cada instituição é orientada a ter e deve ter. O conselho fiscaliza permanentemente para levar essa obrigatoriedade. É normal que nos atendimentos aos postos de saúde a gente tenha dificuldade, todo médico que concorda ser diretor-clínico sabe que tem sobre ele uma responsabilidade muito grande. Nessa questão do plantão, o código está claro: a responsabilidade do substituto é do diretor-técnico.

Atestado médico


Atestado médico é para ser um documento de fé pública, ele é muito mal utilizado porque as pessoas não entendem da maneira como deve ser. O médico que dá um atestado indevido está cometendo um erro grave porque, quando ele atesta, ele está afirmando que a pessoa não pode comparecer ao trabalho porque estava sob cuidados médicos. Isso acontece muito na esfera pública; na privada, ele acaba sendo demitido. Acontece que nós recebemos várias denúncias de empresários que estão recebendo vários atestados que estão comprometendo o estabelecimento dele. O médico não pode dar um atestado que conste um período antes do atendimento. Tem que do atendimento em diante. Se a pessoa precisa de um atestado para o dia inteiro, isso é um problema trabalhista dele, nós não podemos chamar nossa responsabilidade para isso.


Sexagem

O médico não pode mexer no genoma, ele não pode determinar qual vai ser o sexo do bebê, antes não existia essa proibição. Agora, ele não pode alterar o genoma e definir o que vai ser uma pessoa.

Letra Legível

Isso já existe desde o código anterior, o médico é obrigado a escrever com letra legível, não havendo isso, o paciente poderia cobrar do médico e dizer “doutor, eu não estou entendendo o que está escrito aqui”.


CONHEÇA OS MITOS E AS VERDADES SOBRE A RESSACA.


Mulheres ficam bêbadas mais rápido? Misturar bebidas dá dor de cabeça? E comer massa, ajuda a curar a ressaca? O clínico geral Luis Fernando Barros Correia, chefe da emergência do hospital Samaritano tira as dúvidas sobre os mitos e dá algumas dicas para acabar com a ressaca nessa época de festas.

Mito: misturar bebidas dá ressaca. Beber muito álcool intoxica o organismo e dá a sensação de mal-estar da ressaca, mas segundo o médico é uma questão de adequação: - Muitas vezes a pessoa está acostumada com um tipo de bebida e sabe seu limite. Ao experimentar outra bebida, acaba perdendo a mão e fica bêbada.

Verdade: beber de estômago vazio faz a pessoa ficar bêbada rapidamente. - A comida retarda a absorção do álcool e a consequente intoxicação que causa a ressaca - explica Luis Fernando.

Mito: mulheres ficam bêbadas mais rápido que homens. Os homens têm uma área corporal maior e por isso processam uma maior quantidade de álcool, mas uma mulher grande também tem a mesma capacidade, segundo o médico.

Verdade: alternar álcool com água ou refrigerante evita a ressaca. Esse truque faz com que a pessoa beba mais devagar e o organismo vá absorvendo o álcool aos poucos. Outra medida é colocar uma pedra de gelo na bebida.

Mito: algumas bebidas favorecem a ressaca. Nada disso. A concentração de álcool é maior nos destilados, mas quem bebe uma quantidade grande de cerveja também tem ressaca.

Verdade: comer um doce corta o efeito do álcool. Sim! Com o açúcar o corpo funciona mais rápido, ajuda a quebrar o álcool e ainda anima. Dá sensação de bem-estar.

Mito: só o refrigerante comum alivia os sintomas da ressaca. Os refrigerantes diet têm menos açúcar, substância que contribui para a quebra do álcool, então perdem para os comuns nesse quesito. Mas os diet com cafeína fazem a circulação sanguínea aumentar e promovem a sensação de energia. Como o estômago fica irritado com o álcool, a bebida gasosa o dilata e ajuda a abrir a passagem entre estômago e intestino, dando alívio.

Verdade: comer massa ajuda a curar a ressaca. O ideal depois da bebedeira é ingerir bastante líquido e alimentos leves porque o estômago já está irritado pelo álcool. A massa tem processamento rápido e pode ser incluída nesse S.O.S, mas tem que ter cuidado com o molho. - Se for de tomate, ótimo. É o indicado para maratonistas depois de uma prova. Folhas, legumes e frutas também são indicados, principalmente frutas, porque têm frutose e água - diz o médico.

Mito: beber leite ou azeite antes do álcool previne a ressaca. A crença seria que azeite e leite fariam uma película gordurosa no estômago, impedindo a absorção do álcool. Segundo o médico não é bom negócio e pode irritar o estômago.

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